Operação Luthor

By _BiaSantos

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Uma coisa é de conhecimento comum para todos os agentes do FBI: Lionel Luthor fabrica drogas ilícitas. Mas o... More

Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 39
Capítulo 39 parte 2
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51

Capítulo 38

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By _BiaSantos

Oi,

Boa leitura :)



Andar de salto na grama era umas das piores idéias que ela já havia tido. A ponta fina do salto afundava na terra e a deixava irritantemente lenta.

Kara manteve seus olhos fixos em frente.

Então era isso.

Aquele era provavelmente seu penúltimo ou mesmo último dia com os Luthor.

Também era sua última chance.

Será que John sabia disso? Será que ele iria conversar com Roberts, tentar convencê-lo a lhe dar mais tempo? Mais tempo para quê?

Ela não havia feito diferença.

Para todos na mansão seria como se ela nunca tivesse existido.

Ela nunca antes havia fracassado em uma missão, e aquilo a estava comendo por dentro. E não era apenas o orgulho dela em jogo, ela simplesmente não conseguia aceitar que Lionel iria ficar solto.

Mais de um mês aturando todos os Luthor e os idiotas a reboque por nada? Depois de tudo ela iria voltar para casa e seguir com a vida medíocre que havia abandonado? Revirar os destroços e ver o que dava para salvar?

Ela tinha que estar deixando algo passar. Não era possível que estivesse dentro do ninho de cobras e que não houvesse nenhuma pele deixada para trás, nada que colocaria Lionel algumas dezenas de anos atrás das grandes.

Ele merecia!

Pelas agressões físicas e verbais aos filhos, por estar destruindo Lilian! Lionel merecia apodrecer atrás das grandes! E ela não podia fazer absolutamente nada!

Alguém agarrou o cotovelo de Kara, e ela afastou o braço com violência e se virou bruscamente.

—O que foi isso?– Lena perguntou olhando para ela com a expressão dividia entre confusão e desconfiança. Ela não usava mais os óculos escuros.

Kara suspirou.

—Nada.

Lena a olhou cética, mas disse:

—Preciso de ajuda para encontrar Luna.

—Ela estava no tobogã há alguns minutos atrás.

Lena balançou a cabeça.

—Louis disse que há viu cinco minutos atrás perto da estátua do velociraptor.

—Louis?– Kara fez uma careta.

Lena suspirou exasperada.

— Esse lugar está cheio de seguranças. – Kara disse—O anão das trevas deve estar por aí brincando.

Lena pareceu confusa por um segundo, mas seu rosto voltou à expressão de alarme.

—Preciso achá-la antes de a competição começar, Lex não vai competir com ela.

—Espera, achei que as crianças não pudessem escolher, elas não tinham que achar os números?

— Sim, mas Luna e Ruby não vão participar concorrendo aos prêmios, apenas por diversão.

— Então ela podia escolher e escolheu Lex? — A voz dela soou estranha até mesmo para ela.

—Quem você achou que ela iria escolher?– A maldita sobrancelha de novo.

Kara desviou os olhos para o chão.

Ela não sabia por que, mas uma parte pequena dela estava esperando que Luna pedisse a ela. Não que ela estivesse desapontada, ou qualquer coisa do tipo, ela só sabia que era a melhor competidora ali, mas de qualquer forma não era como se ela pudesse ficar se exibir por aí, e... E só.

— Kira?

Kara levantou os olhos e sugeriu:

— Já procurou perto do canil?– A confusão de Lena cresceu—Tem filhotes lá e o anão das trevas parecia ter gostado deles.

—Canil, tudo bem. Te vejo depois.

Kara não observou Lena partir, em vez disso caminhou em direção a casa, todo aquele barulho e crianças não devia estar fazendo bem para ela, ela estava se sentindo estranha.

Ela precisava de um copo de água e um pouco de ar para poder pensar. E um sanduíche também.

Ela pegou uma garrafa de água na geladeira e o sanduíche de presunto e levou para o andar de cima, onde se posicionou do lado da janela do quarto com os olhos voltados para o evento abaixo.

Enquanto buscava um ponto azul neon em meio à multidão ela mordeu o sanduíche e depois bebeu um gole de água.

Poucos minutos depois Lena surgiu caminhando pelo gramado vindo de trás da casa e Luna estava com ela. A menina parecia emburrada e só seguia Lena porque a mãe a estava puxando pela mão.

Lena parou de repente no pátio e se virou para a filha e disse alguma coisa.

Kara observou encostada a janela Lena se abaixava em frente à menina e retirar a toca da cabeça da criança gentilmente e acariciar a bochecha avermelhada.

Luna não parecia muito a fim de conversar e Kara a viu cruzar os braços e olhar para os pés.

Lena colocou a mão debaixo do queixo da filha e o ergueu para que a olhasse nos olhos.

Kara viu Lena suspirar e dizer algo novamente, mas estava longe demais para ler os lábios dela.

Luna balançou a cabeça negativamente em resposta.

Lena então puxou a filha para os braços em abraço esmagador que a criança demorou alguns segundos para corresponder.

O que estava errado?

— Você está mesmo estranha.

Kara se desencostou bruscamente da janela e a garrafa de água, que estava apoiada no peitoril da janela caiu, varou pela estrutura de madeira da área em construção e se espatifou no chão embaixo.

Ela se virou e olhou para Alana que estava apenas a dois passos atrás dela.

—O que?– Kara perguntou se recompondo.

Alana revirou os olhos e soltou uma risada amarga.

—Há um ano você nem teria pisado neste lugar. — Alana a contornou — Estaríamos em casa, eu diria que tinha uma viagem de negócios e então estaríamos sozinhas e aproveitando o melhor que o dinheiro da família poderia oferecer.

Alana riu de novo e colocou o cabelo liso atrás da orelha enquanto seus olhos lacrimejavam.

—E agora– Ela suspirou e limpou os olhos superficialmente— Nós duas estamos completamente fodidas e presas.

—Do que você esta falando?– Kara questionou totalmente confusa.

Alana bufou uma risada aguada e olhou para Kara com os olhos brilhando de lágrimas e quando falou sua voz estava levemente embargada.

—Eu– Ela apontou para o próprio peito— tinha um futuro grandioso à minha espera, uma vida boa com tudo o que o dinheiro pudesse pagar e agora... – Ela fechou os olhos e as lágrimas finalmente escorreram pelas bochechas dela, Alana as limpou rapidamente e olhou para Kara totalmente desolada— Estou grávida Kira, grávida.

—Parabéns– Kara desejou imediatamente.

Alana ergueu os olhos para olhar para ela e havia tanto ódio e veneno transbordando das poças escuras que Kara se arrependeu imediatamente do que tinha dito. O rosto de Alana estava vermelho e lágrimas gordas escorriam pelas bochechas, ela apontou o dedo magro para o rosto de Kara e grunhiu entre dentes:

—Você é a maior estúpida e filha da puta que eu já conheci!– Mais lágrimas caíram, Kara tinha certeza que eram de ódio— É claro que você está feliz! Eu só era o brinquedinho que você usava quando não tinha nada melhor para fazer! Agora você está livre! Você nunca planejou se divorciar daquela cadela, não é?! Sempre dizia que ela a ameaçava, e eu nunca entendia o porquê quando Lena nem mesmo se importava com você depois que todos saiam da sala! É tudo sua culpa!

Kara quase revirou os olhos.

Alana havia acabado de dizer que achava que Kira iria se divorciar de Lena para ficar com ela? Era uma coisa estúpida de acreditar. O que Alana podia oferecer a ela, além de seu corpo?

Kara ajustou a alça do vestido que havia caído.

Alana enxugou as lágrimas do rosto bruscamente, a respiração dela estava pesada e o rosto mais vermelho quando ela voltou os olhos novamente para Kara.

— O que aconteceu nessa maldita viagem?!– Ela gritou com um soluço agudo e Kara achou que ela parecia muito desesperada — São mais de onze anos! E então de repente você volta e esta apaixonada por aquela mulher e aquela criança estúpida virou um objeto precioso que você carrega para todos os lados! Qual é o problema com você?!

— Não insulte Luna– As palavras saíram da boca dela antes que Kara pudesse pensar.

Alana estava ofendo uma criança que não sabia se defender, Lena podia arrancar a cabeça dela assim que desejasse, mas Luna não.

Alana gorgolejou baixinho.

—Se você acha que vai desfrutar de seu casamento só porque está apaixonada por aquela cadela você está muito enganada, porque–

—Eu não estou apaixonada por Lena!– Kara gritou, mas então percebeu o que havia feito e respirou fundo para se acalmar— Não que seja da sua conta de qualquer forma.

Alana soltou um pequeno grunhido furioso e então saltou sobre ela.

Então havia unhas no campo de visão de Kara.

Ela foi rápida em agarrar as mãos de Alana, mas um arranhão já ardia na bochecha esquerda dela quando conseguiu.

—Eu tenho olhos sua estúpida!– Alana grunhiu enquanto tentava se soltar— Eu vejo como você olha para ela e para aquela criança! Você está sempre flutuando ao redor delas como um balão estúpido! Uma verdadeira cadela!

—Pare com isso!– Kara gritou mantendo as unhas afiadas de Alana longo de seu rosto— Você está maluca!

Ela se virou com alguma dificuldade e empurrou Alana para trás e a forçou a se sentar no colchão, então a empurrou de costas antes de marchar apressadamente para fora do quarto e correr escada abaixo, a bochecha dela estava queimando.

Havia duas funcionárias no corredor que a encararam de olhos arregalados.

Kara fugiu para trás da casa, o mais distante possível do barulho e de Alana.

Nada do que ela falava fazia sentido.

Desde quando era problema dela que ela estivesse grávida?!

Os saltos afundaram na grama quando ela se encostou pesadamente contra a parede do canil.

Ela tocou levemente o rosto e quando olhou para a mão havia uma fina trilha de sangue. Ela devia ter imaginado, as unhas de Alana eram pontuadas.

Nenhuma maquiagem esconderia aquilo. Ela não podia ser vista assim, iriam fazer perguntas. E o que ela responderia? Que se feriu em um arame farpado? Ninguém acreditaria.

O que ela precisava era retirar aquele vestido e aqueles saltos e vestir um capuz e invadir o galpão pelos fundos.

Era um bom momento, o melhor. Ele estava trancado e todos estavam de alguma forma no evento.

Kara soltou o cabelo do penteado intrincado que o cabeleireiro que Lena havia contrato havia feito e deixou as mexas onduladas caírem ao redor do rosto.

Ela estava pronta para se esgueirar de volta a casa e conseguir calças e uma blusa moletom quando ouviu um latido alto de dentro do canil que a fez se virar e olhar para dentro do cercado.

Era Louis que estava lá dentro tentando pegar um dos filhotes de cachorro.

Sentada ao lado dele estava Greta que rosnava toda vez que a mamãe pastor alemão ameaçava morder o rapaz.

— Venha aqui amiguinho– O rapaz chamou pegando o filhotinho menor e o erguendo para olhar— Tenho mais um petisco para você rapazinho.

Kara observou o rapaz enfiar a mão no bolso e então retirar a mão fechada em punho e abrir em frente ao cachorrinho, eram petiscos pequenos e de duas cores diferentes, mas deviam ser deliciosos porque o cachorrinho lambeu a palma dele avidamente.

Kara se virou e se afastou com uma careta.

Idiota adorador de cães.


Quando Kara pulou a janela do galpão que havia aberto com um dos grampos que estivera no cabelo dela momentos antes, ela usava o jeans mais escuro e simples que tinha colocado na mala e um velho moletom de faculdade.

Alana não estava mais no quarto quando ela voltou.

O capuz estava puxado sobre a cabeça e nos pés ela calçava o coturno marrom escuro que havia comprado.

Kara voltou a guardar o grampo no bolso, onde já havia uma pequena lanterna e um canivete. Ela achara que a arma era demais, caso fosse pega melhor que fosse sem ela.

Kara voltou a fechar a janela, mas não a trancou.

Ela olhou ao redor do pequeno cômodo que invadira.

Parecia uma espécie de cozinha que não parecia ser usada ou mesmo limpa há muito tempo. Havia uma pia poeirenta bem embaixo da janela pela qual ela havia entrado. A marca dos sapatos dela estava marcada na poeira sobre a pedra. Kara a soprou cuidadosamente, o suficiente para a pegada ficar indistinguível e então deu alguns passos cautelosos.

Felizmente o chão não tinha uma camada tão grossa de poeira a ponto de deixar pegadas.

Havia armários poeirentos encostados nas paredes com latas de alimentos vencidos e talheres nas gavetas.

Um rato monstruoso saiu debaixo de uma caixa de plástico no chão e se abrigou debaixo de um dos armários.

Havia um banheiro também, o chão em frente a ele estava quase limpo e ele era visivelmente usado, pelos trabalhadores provavelmente. Fora isso havia apenas mais um cômodo pequeno cheio de produtos agrícolas e então a porta de metal fraca e fina que levava para o galpão onde estavam os maquinários.

Kara caminhou até a porta e escutou por um minuto inteiro antes de testar a maçaneta. Trancada. Ela retirou o grampo do bolso.

O metal rangeu suavemente quando ela testou novamente a maçaneta. A porta se abriu.

Kara sorriu.

Estava fácil demais, era estranho.

Ela abriu a porta somente o suficiente para espiar, ajustando o capuz para cobrir o rosto antes de olhar.

O chão do galpão era cimentado e poeirento.

Havia quatro enormes maquinas agrícola estacionadas próximas uma das outras para caberem no espaço.

Nenhum armário ou qualquer outra coisa.

O cheiro de terra, diesel e milho verde atingiram o nariz dela com força.

O lugar estava silencioso e aparentemente vazio.

Kara entrou.

O ar do lado de dentro era frio apesar da luz do sol que passava pelas janelas.

Silenciosamente ela caminhou pelo lugar, os olhos atentos a qualquer mínimo movimento.

Ela estava prestes a dar a volta no enorme pneu de uma das máquinas quando os cabelos da nuca dela se arrepiaram subitamente.

Kara somente teve tempo de se virar para ver as pernas vestidas com calças pretas e o calcanhar de um tênis sumirem atrás do pneu de outro maquinário do outro lado do galpão.

Rapidamente ela se escondeu atrás do pneu, o coração pulando como louco dentro do peito.

Ela tinha certeza de duas coisas.

Era um homem. E que se ele fosse um funcionário não estaria se escondendo dela, a menos que estivesse fazendo algo de errado.

Kara se abaixou de repente no chão poeirento e olhou por baixo da maquina. Os pés dele não estavam visíveis.

Ela se levantou e então começou a escalar o pneu gigante que usava como esconderijo.

Havia vergões de borracha o suficiente para ela se equilibrar em cima. Kara agarrou a porta de metal e começou a se mover pela lateral. A máquina oferecia cobertura o suficiente, tanto dos olhos do intruso pelo chão quando por cima.

Ela sabia que não podia perseguir e quebrar a cara de quem quer que fosse, ainda mais quando ele parecia magro e pequeno, ele podia muito bem ser o filho de um dos empregados e Kara não queria assustá-lo.

Mas ela precisava ter certeza.

Ela fez um trabalho rápido e silencioso, sempre atenta ao som de passos e movimentos.

O metal apenas rangeu duas vezes sobre suas mãos.

Kara passou de máquina em máquina, elas estavam próximas o suficiente uma da outra para ela conseguir saltar de um pneu ao outro.

Pela observações dela se o homem não tivesse se movimentado, ele estaria atrás do pneu traseiro daquela mesma maquina sobre a qual ela estava.

Ela deu a volta na estrutura de metal azul e então sondou pelo canto.

Ele estava lá e de costas para ela.

Ele usava uma touca tosca preta que devia cobrir todo o rosto como um bandido, suas roupas eram elegantes, e nas mãos tremulas ele segurava um revolver 38.

As mãos dele tremiam tanto que Kara duvidava que ele pudesse acertar alguma coisa mesmo se mirasse.

O homem se agachou no chão e olhou por baixo do maquinário procurando pelos pés de Kara.

Ele não era totalmente burro.

O metal rangeu sobre o peso dela.

O homem soltou um grito estrangulado e começou a se virar.

Kara não teve escolha.

Ela pulou, e o derrubou de bruços no chão duro, a arma voou das mãos dele, e ele soltou um longo gemido de dor.

— Não se vire!– Kara rosnou quando o homem se mexeu— Ou arranco sua cabeça!

Kara?!– Ele exclamou com a voz abafada— Sou eu! Sou eu!

Kara quis bater a cabeça dele no chão e fazê-lo desmaiar quando reconheceu a voz, mas em vez disso ela grunhiu, agarrou o ombro dele e o virou bruscamente de barriga par acima, então arrancou a touca da cabeça dele com um puxão.

O rosto de Winn estava suado e pálido e os cabelos castanhos eram uma bagunça colada no rosto e havia um bigode torto sobre o lábio superior dele.

— Dá para tirar o pé?– Ele perguntou em uma voz dolorida e sem fôlego— Por favor? Você está me machucando.

Kara retirou o pé que vinha mantendo no peito de Winn e então o ergueu do chão com um puxão que o fez gemer e agarrar as costelas.

—Seu idiota! Eu podia ter cortado sua garganta! Talvez eu deva cortar! E que porcaria de bigode é esse?– Ela olhou com nojo para os pelos grudados no pedaço de pele falsa.

Winn apenas arregalou os olhos enquanto tentava respirar.

—Meu disfarce– Ele finalmente respondeu ofegante— Alex...Ela me pediu para... olhar por ai.

Kara suspirou.

— Achei que você não iria ter coragem nem mesmo de descer do carro.

Uma carranca ofendida transformou o rosto de Winn.

Kara revirou os olhos.

— Você nem consegue segurar uma arma sem tremer!

Winn deu de ombros com rosto contorcido de dor.

Kara pegou a arma no chão e voltou até ele. Ela parou ao lado de Winn e esfregou o ponto entre as sobrancelhas.

Winn apenas está tentando ajudar, não seja idiota.

—Suponho que não tenha encontrado nada– Ela disse examinando o revolver na mão.

Winn balançou a cabeça negativamente.

—Tudo bem – Ela murmurou— Já olhei a parte de trás, precisamos sair antes que alguém apareça.

Um suspiro pesado escapou de Kara.

Ela ajudou Winn a caminhar até as partes dos fundos e então o ajudou a pular a janela.

Do lado de fora ela tentou ajudar Winn a retirar a terra que havia grudado em seu blazer.

Quando terminaram Winn retirou óculos escuros do bolso da calça e arrumou o bigode falso sobre o lábio superior.

— O que fazemos agora?– Ele perguntou massageando o peito.

Kara suspirou.

Eu vou olhar a floresta que fica depois do galpão, você anda por aí e fica de olho em qualquer coisa suspeita, e tente não ser reconhecido. E vê se esconde essa arma direito.

—Tudo bem – Winn murmurou — Coisas suspeitas, ok, eu posso fazer isso.

Ele deu um passo e então se virou para Kara novamente.

— Você está cheirando bem– Ele disse e soou muito estranho— Você sabe, bem demais, é estranho. MIT– Ele leu o nome na blusa de Kara — Parece de Lena.

Havia uma insinuação na voz de Winn.

As bochechas de Kara ficaram quentes.

— Suma daqui antes que eu corte seu pescoço fora.

—Porque suas bochechas estão coradas, cachinhos dourados?– Ele riu e saiu correndo antes que Kara pudesse fazer qualquer coisa com seu canivete.

Ela fez uma careta e puxou a gola da blusa e respirou profundamente.

Cheirava bem.

Maçã verde e frutas cítricas.

E ai? Curtiram?

See you later!

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