Operação Luthor

By _BiaSantos

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Uma coisa é de conhecimento comum para todos os agentes do FBI: Lionel Luthor fabrica drogas ilícitas. Mas o... More

Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 39 parte 2
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51

Capítulo 32

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By _BiaSantos

Oi,

Boa leitura :)


Os dias passaram rápidos. Quase em um piscar de olhos.

Lex e Lena se revezaram para visitar Lilian no hospital.

Kevin havia sido liberado no outro dia de manhã apenas com uma pequena contusão na cabeça. E ele não pediu demissão, o que Kara considerou promissor.

Kara foi apenas uma vez ao hospital junto com Lena e passou mais tempo olhando pela janela do que realmente falando com Lilian.

Entretanto Lilian parecia mais saudável, ela até mesmo jogou um jogo de cartas com Luna, mas seu estado de espírito parecia cinzento e quando ela sorria para a neta o sorriso não alcançava os olhos.

Lionel não foi nenhuma vez ao hospital.

Lex havia socado um repórter na saída do hospital (foi inevitável que eles descobrissem), e ele estava sendo processado. Lena estava tremendamente preocupada e estressada com a repercussão que o ato de Lex teria sobre baile beneficente.

A única coisa relevante nos últimos dias para Kara era o fato de Lena ter rosnado para ela apenas duas vezes, e as duas haviam sido apenas quando Luna se aproximava demais dela.

Na verdade Kara estava muito mais assustada com Luna ultimamente do que com Lena.

A menina estava a seguindo para todos os lugares sempre que Lena desviava a atenção, tagarelando sobre repteis e dinossauros e sobre como odiava a escola.

Kara já tinha tentado de tudo: fugir, se esconder, desviar o caminho, usar Lena contra ela, mas Luna sempre a encontrava aonde quer que fosse.

E por mais que ela ameaçasse a criança em contar para a mãe dela, ela sabia que no fim não contaria nada a Lena. O motivo que não a deixava fazer isso era totalmente desconhecido e desconcertante.

Afinal se ela podia afastar aquela criaturinha saltitante de língua afiada, porque não fazia?

O olho dela tinha desinchado e as marcas roxas escuras haviam evoluído para manchas esverdeadas e amareladas, a maquiagem escondia quase tudo, mas Kara ainda preferia usar os óculos escuros.

A marca podia estar sumindo, mas o rancor de Kara ainda continuava ali, tanto que toda vez que ela olhava para Lena, Kara ainda sentia vontade de fazê-la pedir perdão de joelhos.

Algo como: Sinto muito por agir precipitadamente e desfigurar seu rosto minha senhora.

É, ela se contentava com pouco.

Não que Kara acreditasse que iria receber um pedido de desculpas de qualquer forma.

Então sexta-feira chegou.

Lena a havia avisado em cima da hora que eles partiriam ainda naquele dia para a fazenda.

Kara havia se atrapalhado toda para arrumar suas coisas a tempo e então teve que carregar sua mala para baixo porque Kevin estava ocupado demais ajudando Lena a organizar tudo nos dois carros.

Vovô Joseph, vovó Mary e Lilian iriam no carro com Lex e Alana. Kara tinha ouvido algo sobre como "o ar do campo deveria fazer bem a eles".

A ave de rapina parecia levemente ressentida por ter que ficar, mesmo Lena liberando os funcionários mais cedo e durante todo o fim de semana.

Kara tinha a leve impressão de que Lionel não sabia disso.

Kara estava encostada na entrada da casa de braços cruzados enquanto observava Kevin, que ainda tinha um curativo na cabeça, carregar as malas para o porta-malas dos dois carros parado em frente a mansão. Lena estava saindo e entrando a todo o momento com o telefone no ouvido e com Luna saltitando nos calcanhares pedindo um lagarto de bichinho de estimação.

Psiu!

Kara se virou para o lado direito da casa e revirou os olhos atrás dos óculos escuros quando viu William a chamando discretamente.

Ela considerou não ir, mas se não fosse talvez ele viesse até ela e definitivamente a primeira opção era melhor. E Willian não a atormentava há alguns dias, talvez ele merecesse um pouco de crédito.

Kara suspirou e então se desencostou da parede e desceu a escada quase trombando com Lena no penúltimo degrau, Lena fez uma careta para ela e desviou. Kara quis mostrar a língua para ela.

Depois de conferir que ninguém estava olhando ela deslizou pela lateral da casa.

—Ei – William a cumprimentou com um sorriso nervoso, ele estava torcendo o chapéu entre os dedos. —Vocês estão indo.

—Sério? – Kara murmurou—Eu não percebi, achei que tínhamos arrumado as malas para ir acampar no quintal.

As bochechas do jardineiro ficaram vermelhas.

—Diga logo Willian– Kara pediu— Eu estava muito ocupada tentando adivinhar em que momento Kevin iria rolar degraus abaixo com as malas, não quero perder a cena.

—Tudo bem–Ele concordou de má vontade — Eu só queria avisar sobre meu primo que trabalha para Sr. Lionel na fazenda.

—Não entendi porque isso é relevante.

—Bem– Will disse sem jeito —, ele é um pouco atiradinho e mamãe sempre dizia que ele era... Era... – Os olhos de jardineiro miraram ao longe e quando falou a voz dele estava cheia de ódio reprimido — Que ele era perfeito, o mais bonito, o mais inteligente. Não sei porque, ele nem terminou a faculdade e ainda trabalha naquele fim do mundo! Apenas mais um peão! Aquele–

—Eu já entendi – Kara o cortou com um suspiro— Primeiro que eu não me importo com seu primo, segundo você não precisa se preocupar porque sei muito bem me defender sozinha e além do mais tenho Lena, aposto que ela quebra seu primo em dois apenas com aquela maldita sobrancelha.

—Bem, eu só–

—Já entendi William, até a volta– Ela se virou e então disse lentamente—E eu não sou sua propriedade, não queira marcar território em cima de mim.

Caso contrário ela iria lhe dar uma amostra do porque ninguém ganhava dela na queda de braço desde a terceira série.

Kara o ouviu grunhir e suspirar.

Ela caminhou lentamente de volta a escadaria.

Kara sabia quem era o primo de Willian. E também sabia que ele era uma pedra no sapato, mas ela já estava preparada para lidar com o novo idiota.

Kevin não caiu e também não derrubou as coisas de Lena, isso fez Kara caminhar até o carro com um pequeno bico aborrecido.

Ela estava a ponto de abrir a porta do passageiro quando uma mão pálida com manicure impecável se apoiou na porta a impedindo de abri-la.

Kara se virou e encontrou Lena a encarando com um pequeno sorriso cruel.

—Você vai no banco de trás.

— O que? Por quê?

—Porque Sam vai com a gente.

— Ela tem carro.

—Está no mecânico, agora faça o favor de entrar pela porta de trás.

—Mas Luna vai atrás.

—Eu sei, e Ruby, a filha de Sam também. Você vai sentada com as crianças.

Kara cerrou os punhos e tentou não pular no pescoço de Lena enquanto o maldito sorriso dela aumentava.

— Muito bem – Ela disse entre dentes.

Lena nem piscou quando ela deu meia volta e entrou pela porta de trás.

Se ela pudesse usar o carro "dela", ela iria deixar Lena comendo poeira. Mas havia algo de errado com ele. E Kara tinha quase certeza de que a responsável por isso era Lena.

Eles saíram às seis da tarde.

Lena parou em frente a um prédio de apartamentos levemente familiar a Kara e então ligou para Sam, que desceu depois de alguns minutos acompanhada da filha e carregando uma mala e uma mochila.

Sam abriu a porta de trás do carro e hesitou por um segundo quando viu Kara sentada no banco, ela trocou um olhar significativo com Lena antes de mandar a filha entrar.

Kara se espremeu mais quando Luna se mudou para o lado dela para abrir espaço para Ruby.

—Quando eu pegar aquele mecânico Lena – Sam disse assim que se acomodou no banco da frente — Vou picar ele em pedacinhos, já é a terceira vez em menos de um mês que levo o carro para a oficina!

Kara não esperou para ouvir a resposta de Lena, ela colocou o fone de ouvido e então se virou para a janela enquanto a noite lentamente rasteja através da tarde ensolarada e fria.

Toda vez que uma musica terminava ela abaixava o volume para poder ouvir a conversa de dentro do carro.

Na quinta vez que fez isso Lena e Sam estavam conversando sobre um cara chamado Roy que trabalhava no laboratório, enquanto Ruby estava contando sobre a escola para Luna, que a cada palavra parecia afundar mais no banco.

Kara a entendia perfeitamente.

Ela até pensou em dar alguns conselhos para a criança quando elas estivessem sozinhas, mas aquilo apenas faria Luna se agarrar mais a ela, como um carrapatinho.


Ela não conseguia abrir os olhos. Parecia que alguém tinha colado suas pálpebras.

O cheiro de sangue fresco tocou o nariz de Kara como uma carícia, suave e muito, muito perto.

Desesperada ela levou as mãos aos olhos e sondou os cílios com os dedos em busca de qualquer coisa que pudesse explicar porque não conseguia abri-los.

Os dedos dela estavam molhados e ela tentou desesperadamente os ignorar enquanto continuava procurando, mas não havia nenhuma protuberância que sugerisse cola ou qualquer outro tipo de produto em seus olhos.

Calma, fique calma.

Ela grunhiu para si mesma enquanto sentia os dedos tremendo, eles estavam tão gelados e duros quantos blocos de gelo.

Os dentes dela batiam violentamente, o barulho soava terrivelmente alto em seus ouvidos e abafava qualquer outro som.

Apenas respire.

Inspire... Expire... Inspire... Expire...

Ela precisou de mais do que apenas um minuto para voltar parcialmente ao controle. Mas os dedos dela haviam parado de tremer e os dentes não batiam mais uns contra os outros.

Kara tentou abrir os olhos novamente e dessa vez conseguiu.

Era quase noite, ela podia ver através da pequena janela riscada posicionada quase no teto do porão.

Kara sabia onde estava e sabia o que veria se olhasse para baixo da janela.

Ela levantou a mão para limpar o suor frio que escorria pela testa.

O cheiro de sangue era terrível. Ela iria vomitar.

Kara abaixou a mão e os olhos dela imediatamente foram capturados pela cor vermelha.

O conteúdo do estômago dela forçou o caminho para fora.

A mão dela estava vermelha, lisa com sangue fresco, havia sangue por todas as dobras dos dedos, debaixo das unhas e escorria por sua mão e pingava no chão.

Kara olhou para a mão direita em choque.

Foi pior. Mil vezes pior.

Os dedos cobertos de sangue dela estavam fechados firmemente ao redor do cabo de madeira de uma faca grande, de onde grandes gotas de sangue pingavam da ponta afiada.

Ela olhou para o cadáver de Meg debaixo da janela.

De algum lugar na sala ela ouviu a respiração forte e ouviu os passos pesados no chão.

Kara apertou o cabo da faca na mão.

Ele estava vindo, o assassino de Meg.

Ela olhou ao redor loucamente, desesperada, mas não havia ninguém, mas ela o estava ouvindo.

Kara esperou, a respiração dele estava se tornando mais ruidosa e ofegante nos ouvidos dela.

Os passos dele a circularam.

Ele iria matá-la.

Mas ela não conseguia vê-lo.

Então tão real quanto ela podia ouvi-lo, Kara percebeu.

Ela parou de se mover ao lado do corpo morto de Meg.

Os passos pararam, a respiração ficou mais baixa.

Os olhos dela encontraram o rosto sem vida de Meg.

Os dedos de Kara se afrouxaram ao redor do cabo da faca e a lamina retiniu quando caiu no chão.

Assassina.

Ela era a assassina.


Kara voltou à vida com um puxão de ar ruidoso.

A primeira coisa que viu foi uma espécie de almofada pequena de couro preto e demorou alguns segundos assustadores para ela perceber que era o encosto de cabeça do banco do motorista.

Ela se encolheu e o coração disparou bruscamente dentro peito dela quando uma moto ruidosa passou do lado de fora da janela do carro.

As mãos dela, ela não tinha coragem de olhar.

O carro estava parado.

Lena, onde está Lena?

Kara tentou se virar no banco, mas então havia uma coisa pesada sobre as pernas dela. Ela abaixou os olhos aterrorizados e encontrou uma caixa de primeiros socorros.

— Ai!

Kara pulou no banco como um gato assustado, derrubando a caixa e se virou horrorizada para o lado.

Ela encontrou um par de olhos castanhos fixos no rosto dela.

Sam.

Era apenas Sam.

Os olhos frenéticos de Kara buscaram de onde tinha vindo o grito.

Aparentemente era Ruby quem tinha gritado, Sam parecia estar fazendo um curativo no dedo da filha por que... Havia sangue escorrendo pelo dedo dela, uma tampinha de lata de refrigerante estava no colo de Ruby e...

Kara apertou furiosamente o botão do cinto de segurança e quando conseguiu se soltar se lançou para fora do carro com os dentes cerrados.

Ela não sabia exatamente para onde estava indo, mas acabou parada em uma touça de mato na beirada da estrada, um segundo depois o vomito rasgou a garganta dela no caminho para fora.

O estômago dela se revirou violentamente e Kara fez sons horríveis e humilhantes enquanto continuava regurgitando seu lanche da tarde.

Ela teve que se apoiar nos joelhos para não cair no chão.

Aquele psicopata imundo.

O cheiro e a sensação do sangue de Meg em suas mãos continuava voltado a mente dela, e seu o estômago continuavam se revoltando violentamente mesmo quando não havia mais nada para jogar fora, a garganta dela ardia e ela mal conseguia puxar o ar para dentro dos pulmões. Lágrimas começaram a escorrer pelos cantos de seus olhos e Kara não sabia se estava chorando ou era o esforço de vomitar.

Ela segurou os óculos escuros com uma das mãos para impedi-los de cair na poça fedorenta.

—Ei – Kara reconheceu a voz de Lena e sentiu um pequeno toque hesitante no ombro direito.

Ela se afastou imediatamente.

Parecia que Lena tinha enfiado a mão dentro de um lago e a puxado para superfície bruscamente.

Mas foi o suficiente.

Era como se ela pudesse respirar novamente.

Kara se concentrou em Lena.

Em como Lena era má com ela, em como ela odiava aquela sobrancelha, em como Lena a havia feito se sentar com as crianças, em quão verde eram os olhos dela... E lentamente todos os pensamentos se afastaram, como se a presença de Lena os afugentassem.

Minutos depois o estômago dela havia se acalmado o suficiente para ela poder se afastar do cheiro azedo do próprio vomito sem o risco de vomitar novamente.

—Droga, achei que você ia morrer– Kara ouviu Lena murmurar baixinho.

Kara se virou e tentou sorrir, mas estava sem fôlego.

—Não vai... – Ela ofegou— conseguir... se livrar de mim... tão cedo... meu an-anjo.

—Você está tão deplorável– Lena murmurou e então enfiou uma garrafa de água nas mãos de Kara. —Talvez eu deva tirar uma foto.

Kara abriu a garrafa e tomou um gole e chacoalhou a boca antes de cuspir longe. Ela repetiu o processo mais duas vezes.

— Odeio... – Ela bebeu um gole de água— Viagens longas de carro.

—Bom saber, nesse caso acho vou pegar um desvio para o caminho mais longo.

Kara grunhiu baixinho e então levou à garrafa a boca para beber mais um gole e Lena aproveitou para se afastar.

—Para o seu bem espero que você esteja completamente limpa– Ela disse enquanto se afastava— Se eu souber que você sujou meu carro vou cortar sua língua fora.

Kara não deu importância ao aviso, mas verificou as roupas, apenas porque não queria se sentir mais suja do que já se sentia.

Ela entrou no carro alguns minutos depois e se encolheu contra a porta.

Todos voltaram para dentro, Luna que tinha estado o tempo todo sentada no capo do carro – Kara não a tinha visto–, Ruby com seu novo curativo e Sam e Lena silenciosamente.

Enquanto Lena entrava novamente na estrada, Luna colocou uma mochila pequena com desenho de joaninhas de pé sobre os joelhos e Kara a viu abrir um dos bolsos e retirar um coelho de chocolate de dentro e então enfiar o chocolate inteiro dentro da boca bem longe dos olhos de Lena.

Aquela pestinha tinha roubado a própria mãe!

Kara fingiu afivelar o cinto de segurança e então enfiou a mão no bolso da mochila e roubou um chocolate.

Luna imediatamente olhou para ela com os olhos revoltados.

Kara apontou discretamente na direção de Lena com um balançar de cabeça. Luna olhou para a mãe e bufou, então mostrou a língua para Kara e fechou o bolso da mochila bruscamente.

Kara sorriu levemente para ela enquanto o gosto do chocolate amargo afastava o gosto ruim de sua boca.

Garotinha egoísta.

Kara passou o restante da viagem se sentindo exaurida e observando as árvores na beira da estrada através da janela de olhos muito abertos e acordados.


E ai? Curtiram?

See you later!

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