Operação Luthor

By _BiaSantos

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Uma coisa é de conhecimento comum para todos os agentes do FBI: Lionel Luthor fabrica drogas ilícitas. Mas o... More

Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 39 parte 2
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51

Capítulo 25

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By _BiaSantos

Oi,

Boa leitura :)


— Ai!– Kara choramingou baixinho e fez uma pequena careta para a médica que estava costurando pontos na lateral de sua cabeça.

Por sorte o corte não era tão grande quanto ela imaginava (a quantidade de sangue a havia assustado), e não seria necessário cortar nem mesmo um único fio de cabelo de sua cabeça, mas ela não iria escapar da cicatriz.

Fazia apenas meia hora que os médicos haviam parado de cutucá-la e de a enfiarem naquelas maquinas esquisitas. A médica havia dito que ela estava bem, mas Kara não tinha tanta certeza, principalmente quando seu cérebro parecia achar que era uma bola de pinball.

Do outro lado da sala, encostada a parede Alex cerrou a mandíbula e suspirou, havia uma mancha roxa começando a se formar na bochecha direita dela, causada por um soco do qual não havia conseguido se desviar. Em algum momento Alex havia trocado as roupas pretas e sujas por suas roupas normais, enquanto Kara foi obrigada a vestir aquele vestidinho estúpido de hospital que deixa a bunda de fora.

Os olhares que Alex vinha lançando a ela nos últimos minutos eram assustadores e faziam a cabeça de Kara doer mais em antecipação ao momento em que a médica as deixasse sozinhas.

Kara se concentrou no próprio joelho descoberto tentando se distrair dos pequenos puxões na cabeça.

Elas tinham levado uma surra feia, Kara estava fraca demais para se defender sozinha e a porcaria da arma que tinha "pegado emprestado" do ruivo havia falhado miseravelmente, Alex havia conseguido disparar dois tiros antes de dois homens caírem em cima dela.

Em algum momento alguém havia puxado Kara pelas pernas e os cotovelos dela tinham absorvido toda a queda, estavam muito doloridos e sangrando. Depois disso ela não se lembrava de muita coisa, apenas que havia um gorila tentando esganá-la e que não tinha mais forças para resisti, então no segundo seguinte estava sendo puxada de pé por um agente vestido de preto e havia outros agentes dentro do quarto algemando os agressores e os empurrando para fora.

Depois de saírem do cativeiro em uma parte pobre da cidade, ela havia sido guiada até uma ambulância onde manteve os olhos fechados durante todo caminho para não vomitar.

Kara realmente esperava que os agentes tirassem algumas informações de Ricardo depois da surra que ela tinha levado.

Ela estava inclinada a creditar na versão dele. Parecia fazer sentido, sobre Kira, o colar e tudo. Ricardo parecia querer um acerto de contas e no fim ele também havia sido passado para trás.

Quem mais Kira estava enganando?

Porque aparentemente sua equipe inteira do FBI havia entrado para lista de chacota dela. Alex era a única que podia se salvar.

Kara rezou para que os outros homens e mulheres traídos não viessem atrás dela, caso contrário Lionel teria que entrar em uma longa fila de espera se quisesse sua cabeça.

A médica terminou com os pontos e depositou a agulha na bandeja de metal ao lado, então embebeu uma gaze com um liquido e começou a trabalhar nos machucados dos cotovelos de Kara.

Ela soltou um pequeno gemido que não tinha nada haver com a queimação em seus ferimentos.

A cabeça dela parecia que iria explodir e não era por causa da coronhada.

Quando se questionava quem poderia ter a entregado a Ricardo pontadas lhe rasgavam o crânio.

Provavelmente Ricardo seria deportado para o Brasil ou simplesmente o irmão dele viria buscá-lo com os "recursos" necessários. Kara só esperava que ele não estivesse contando com a cabeça dela como parte da bagagem de volta.

— Bem, terminamos por aqui– A doutora disse cedo demais sorrindo levemente para Kara como se ela fosse uma criança enquanto assinava o prontuário e lançava um olhar avaliativo para Alex— Aqui está uma receita para as futuras dores de cabeça, você vai precisa repousar se quiser se recuperar logo. – Ela entregou um papel com uma letra horrível para Kara e então lançou uma piscadela para ela e saiu rapidamente olhando para Alex pelo canto do olho.

Kara quase correu atrás dela quando Alex se desencostou da parede e começou a caminhar até ela.

— Parada aí– Kara ordenou apontando um dedo para ela— Eu estou ferida.

— Não seja dramática – Alex revirou os olhos e parou aos pés da maca onde Kara estava sentada com os pés flutuando acima do chão.

Kara não havia se esquecido da discussão que elas haviam tido na cafeteria, pelo contrário, ela estava bem viva dentro de sua cabeça. A ligação de telefone também não havia servido para aplacar os ânimos, considerando que elas haviam passado mais tempo implicando uma com a outra do que qualquer outra coisa.

Os olhos escuros e arrogantes de Alex a avaliaram por alguns segundos.

— Acho que eu devia ter demorado mais alguns minutos, os machucados são poucos. Depois de você desligar na minha cara você merecia bem mais do que uma cicatriz e algumas marquinhas.

— Seu orgulho é tão frágil – Kara sorriu— E porque eu te daria informações? Para você usar contra mim? Não, obrigada.

Alex revirou os olhos.

— Você ao menos descobriu o que eles queriam? Ou bateram demais na sua cabeça para você conseguir se lembrar?

Kara hesitou.

Ela não queria Alex contando vitoria por cima dela, mas... Alex havia salvado a bunda dela.

— Talvez você estivesse certa – Kara resmungou— Mas só talvez.

Os olhos de Alex brilharam.

Então Kara contou tudo a Alex desde o momento em que os pneus da ferrari furaram.

Alex não ficou feliz, mas Kara podia ver a vitoria brilhando por trás da preocupação nos olhos escuros dela.

Mas Alex não disse sequer uma palavra, não fez uma dancinha da vitória e nem mesmo tentou esfregar sua inteligência superior na cara dela. Kara esperou o momento em que o balão explodiria bem na cara dela, mas o momento nunca chegou.

No silencio estranho que se seguiu ela perguntou:

— Que horas são?

— Onze horas –Alex informou conferindo o relógio de couro no pulso— Você ficou quase sete horas desaparecida.

— Sete horas!–Kara virou a cabeça tão bruscamente para Alex que uma pontada rasgou seu crânio horizontalmente — Você não contou a mãe, né?

— O quê você acha?–Alex arqueou as sobrancelhas.

— Ela deve estar surtando! Ela vai me matar!

— Ela vai– Alex concordou prontamente e sem remorso— Mas você conhece a mamãe, ela me ligou minutos antes de sua mensagem chegar, dizendo que tinha sentido um aperto no peito e que exigia falar com você.

— É bem a cara dela.

— É, e talvez eu a deixe cuidar de você.

Kara suspirou.

O quarto ficou em silêncio novamente, mas ela podia sentir Alex borbulhando ao lado dela.

Kara não queria colocar o dedo na ferida, mas ela já estava cansada daquelas discussões estúpidas, elas não eram mais crianças. Então se Alex quisesse uma briga, elas teriam uma briga de gente grande, nem que precisassem a mandar direto para o necrotério depois.

— Podemos começar se quiser– Ela disse se ajeitando na cama, passando a mão pelo cotovelo enrolado na bandagem.

Alex suspirou pesadamente e como se tivessem lhe arrancando um rim sem anestesia pronunciou as próximas palavras quase engasgando:

—Eu... Eu não devia ter falado sobre... Meg, eu...Eu...–Alex soltou um grunhido que fez Kara se sobressaltar. Parecia que ela estava se engasgando com espinhos— Eu... Eu–

— Você o que?

Alex se virou bruscamente e Kara se aproximou da campainha, pronta para chamar a enfermeira.

— Eu– Alex enfiou as mãos entre os fios de cabelo, puxou e então gritou— Sinto muito, tá legal?!

Kara quase caiu da cama e achou que os seguranças iriam entrar a qualquer momento e levar Alex.

— Você... sente...?– Kara gaguejou de olhos arregalados — Alex, tem certeza de que você esta bem?

Alex suspirou e fechou os olhos como se tivesse pedindo paciência então resmungou sozinha por alguns segundos.

— Acho que já disse e fiz demais – Ela disse por fim olhando Kara nos olhos e não havia raiva dessa vez— Não sou sua mãe, e você muito menos é uma criança. – Ela suspirou de novo— Se quer fazer isso, tudo bem, por mais arriscado que seja. E se ainda quiser minha ajuda– Alex desviou os olhos brevemente para os monitores desligados ao lado da cama— estou dentro.

Kara estudou o rosto da irmã em silêncio por alguns segundos.

Onde estava a câmera? Aquilo só podia ser uma pegadinha.

Alex havia mesmo pedido desculpas para ela e acabado de oferecer ajuda depois de tudo? Não, ela devia ter batido a cabeça com muita força. Ou...

— Você andou conversando com a mãe! – Kara acusou de repente com um dedo apontado para o peito de Alex.

— Não andei não –Alex negou, mas desviou os olhos no último segundo.

— Eu sabia!

— Tudo bem, eu conversei e daí?–Alex grunhiu — É a verdade, não é?

—É – Kara concordou rapidamente — E você deveria ter visto isso desde o início! – Ela ergueu a cabeça orgulhosamente e soltou um gemido de dor antes de acrescentar com a voz dolorida e com um olho fechado— Sou a melhor agente que aquela agência tem!

— Não seja arrogante – Alex grunhiu cruzando os braços — Você até que dá pro gasto.

— Dá pro gasto?!– Kara grunhiu e gemeu ao mesmo tempo— Eu recebi a medalha-

— O quê?– Alex perguntou de repente levando a mão ao ouvido e Kara calou a boca imediatamente.

— Lena Luthor está subindo?–Alex perguntou em voz baixa para o ponto eletrônico no ouvido— Tem certeza? Dois minutos? Tudo bem.

— Lena?–Kara murmurou baixinho quando Alex olhou novamente para ela.

— Sim, e Kira – Alex a analisou com cuidado— O carro de Lena foi visto rondando o galpão onde você estava.

O estômago de Kara afundou dolorosamente.

Ela sabia que Lena era a pessoa mais provável de sua lista de suspeitos, mas ouvir da boca de Alex... Fazia tudo parecer real demais.

Kara sabia que no fundo esperava que Lena fosse apenas mais uma vitima de tudo. Mas as suspeitas estavam destruindo sua resolução, destruindo tudo o que ela tinha projetado quase inconscientemente, porque nada havia dado qualquer indicação de que Lena era inocente.

Ela brigou com o pai.

Mas havia sido por Lilian. Talvez por isso Lena continuasse morando com o pai no fim das contas.

Todos naquela casa eram suspeitos e ela deveria manter isso em mente se quisesse continuar viva.

— Kira– Ela ergueu os olhos e encontrou Alex com uma mão na maçaneta da porta, os olhos dela estavam estranhamente brilhantes— Tome cuidado.

Alex hesitou por mais um segundo antes de sair bruscamente.

Com um pouco de dificuldade ela conseguiu se deitar na cama e puxar o lençol sobre o corpo e então fingir estar gravemente ferida (isso foi fácil, ela realmente se sentia gravemente ferida).

Quando a porta se abriu segundos depois, Kara estava de olhos fechados fingindo dormir.

Seus ouvidos acompanharam com atenção os saltos caros de Lena clicarem pelo piso até a lateral de sua cama e pararem.

Kara precisou de todo seu treinamento e disciplina para não abrir os olhos e olhar para Lena e tentar ver a verdade nos olhos claros.

Ela havia mandado matá-la?

Lena pairou sobre ela em silêncio por vários segundos, e Kara se perguntou se ela tentaria alguma coisa, mas então uma mão tocou em seu ombro e o chacoalhou sem delicadeza nenhuma.

Kara abriu os olhos e virou o rosto para o lado para olhar para Lena.

Ela estava parada ao seu lado, parecendo cansada, e mais pálida do que o comum, e ainda usando as mesmas roupas da hora do almoço que estavam um pouco amansadas depois de um dia inteiro de trabalho. Ela também parecia um pouco irritada.

— Temos que ir– Ela disse seca como sempre— Pegue suas coisas– Lena apontou para a cadeira do outro lado da sala onde Kara sabia que suas roupas e sua bolsa estavam.

Kara se levantou em silêncio, se apoiando brevemente na cama quando seu cérebro deu uma pirueta.

— Eu preciso ir ao banheiro– Ela avisou antes de pegar suas roupas e lentamente caminhar até a porta no canto do quarto.

Kara não arriscaria se trocar na frente de Lena, ela já havia sido descuidada uma vez e não pretendia repetir a burrice.

Com dificuldade ela voltou a vestir as roupas sujas e fedorentas de volta.

Quando ela se olhou no espelho do banheiro para arrumar o cachecol, Kara examinou cuidadosamente as marcas ao redor de seu pescoço, elas estavam mais roxas agora e haviam surgido algumas novas depois do estrangulamento.

Alex não havia desconfiado de nada, aparentemente ela não havia visto as marcas antes de Kara entrar na ambulância e Kara havia dito a ela que um dos homens a havia estrangulado, não era toda a verdade, mas também não era totalmente mentira.

Alex não poderia nem mesmo sonhar que seus pesadelos haviam voltado.

Principalmente agora que ela parecia estar do lado dela.

De qualquer forma os pesadelos não haviam voltado, ela tinha tido somente um.

O corte na têmpora dela devia ter no máximo três centímetros, terminando na raiz do cabelo e estava terrivelmente sensível, havia pequenas escoriações aqui e ali, mas fora os ferimentos na cabeça e nos cotovelos, o resto se curaria em dois dias no máximo.

Depois de arrumar o cabelo o melhor que pode Kara saiu do banheiro e andou o mais elegantemente que conseguiu até Lena, que a avaliou por um segundo antes de se virar e sair do quarto.

Ela a seguiu em silencio, mas quando entraram em um corredor cheio de enfermeiros e médicos, Lena passou um braço ao redor da cintura dela e elas caminharam até a saída.

O toque que antes causava diversão em Kara parecia agora terrivelmente gelado.

Lena permaneceu impassível e fria, uma pedra sobre a qual seu corpo se apoiava enquanto a guiava rapidamente até o camaro branco.

Kara sentiu como se elas estivessem dançando uma ao redor da outra quando Lena abriu a porta do carro para ela e a ajudou a se ajeitar no banco e colocar o cinto de segurança.

O couro preto do banco do carro estava confortável debaixo do corpo esgotado e ferido de Kara e tinha um cheiro tão bom e limpo (maçã verde e o perfume cítrico de Lena) que seus olhos ameaçaram se fechar, mas ela lutou para não adormecer apesar de ser uma tarefa extremamente difícil com Lena dirigindo silenciosamente pela cidade, e com o ronco suave do motor soando como uma música de ninar para seus ouvidos.

Elas não conversaram. Lena nem mesmo olhou para ela, seus olhos se mantiveram concentrados na estrada durante todo o caminho.

A cada segundo que se passava em silencio e na escuridão do carro Kara se perguntava se Lena estava furiosa por ela estar ali, ao lado dela e respirando.

Quando elas finalmente chegaram à mansão, todos os bons modos de Lena sumiram e ela a deixou sair e caminhar sozinha até a porta.

Quando Kara finalmente chegou à escada, encontrou Lex e Alana subindo os degraus com roupas de dormir.

Os dois se viraram para olhá-la.

Lex avaliou os ferimentos de Kara com um sorriso satisfeito e Alana parecia lutar entre sentir pena e raiva de Kara, por fim a pena venceu e ela pareceu preocupada com seu estado antes de seguir o marido para o segundo andar.

Lena surgiu da cozinha um segundo depois segurando uma garrafinha de água e Luna a reboque.

Luna olhou para Kara com os olhos arregalados, os pontos na testa dela ganharam uma careta e Kara achou que a criança pediria para olhar de perto se Lena não a tivesse arrastado escada acima, mas mesmo enquanto subia os degraus Luna manteve o rosto virado para Kara e quando ela tropeçou por falta de atenção Lena a carregou para o segundo andar.

Kara apenas se lembrou de que não havia comprado os remédios que a médica havia recomendado quando quase caiu do penúltimo degrau e a cabeça dela explodiu.

Kara olhou para a longa escadaria que havia acabado de subir e pensou no percurso que teria que percorrer até a farmácia e desistiu.

Ela não estava em condições de dirigir e muito menos de subir de volta todos aqueles degraus. Ela pediria a Kevin para comprar para ela na manhã seguinte ou faria o pedido online.

Kara entrou no quarto e trancou a porta com um suspiro.

Uma boa noite de sono devia resolver pelo menos um pouco das dores.

Ela estava pronta para caminhar até o banheiro e colocar a banheira para encher quando um globo de vidro que costumava ficar dentro closet sob a penteadeira deslizou até seus pés. Kara seguiu o trajeto do objeto até a porta aberta do closet, a porta que ela se lembrava de ter fechado antes de sair.

Resmungos irritados foram proferidos dentro do espaço.

O corpo dela se tencionou.

Lena tinha outra carta na manga? Uma segunda alternativa se a primeira falhasse?

Kara praguejou o fato de sua pistola estar dentro do closet enquanto agarrava silenciosamente o abajur sobre a mesa de cabeceira. Suas dores passaram para o segundo plano quando a adrenalina foi injetada em suas veias.

Ela espiou o intruso cuidadosamente pelo canto da porta aberta, mas quando o avistou seu aperto sobre o abajur afrouxou.

— O que você esta fazendo aqui?– Kara grunhiu se fazendo completamente visível.

A mulher se virou bruscamente pega no flagra e deixou um caderno de capa preta cair no chão ao mesmo tempo em que soltava um gritinho agudo.

— Cale a boca, pelo amor de deus! – Kara rosnou fechando os olhos por um segundo— O que você está fazendo no meu quarto há essa hora e ainda por cima revirando minhas coisas?

— Eu?!– Shioban exclamou estupidamente, o rosto lívido e os olhos arregalados.

Kara cruzou os braços e levantou uma sobrancelha intimidadora.

O olhar de Shioban desceu rapidamente para o caderno no chão e voltou para Kara.

— Eu... –Shioban começou nervosamente olhando para qualquer lugar menos para os olhos de Kara— Achei que você e a senhora Lena tinham saído e... Achei que eu poderia usar o tempo que a senhora não estivesse utilizando o quarto para fazer um faxina geral.

Claro, como se nenhum dos funcionários soubesse que ela havia sido sequestrada. Como se a cozinha não fosse um clubinho de fofocas.

— De pijama?– Kara questionou olhando para a roupa curta e claramente de dormir que a mulher usava.

— Bem... Eu... Eu–

— Chega Shioban – Kara a cortou zangada — Vamos, saia daqui antes que eu te jogue da varanda.

Shioban avançou rapidamente para fora do closet e Kara se virou para vê-la destrancar a porta e sair do quarto.

Kara olhou para o caderno no chão e o pegou antes de lançar um olhar questionador para a gaveta que Shioban estava revirando.

Com um suspiro ela deixou o caderno sobre a penteadeira e saiu do closet.

Aquilo ficaria para amanhã seguinte.

Kara seguiu diretamente para o banho e ficou de molho por meia hora antes de vestir o pijama e entrar no casulo de cobertores.

A cabeça dela ainda estava doendo, mas ela tinha certeza que assim que pegasse no sono ela não iria mais a incomodar.

E ai? Curtiram?

See you tomorrow!

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