Operação Luthor

By _BiaSantos

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Uma coisa é de conhecimento comum para todos os agentes do FBI: Lionel Luthor fabrica drogas ilícitas. Mas o... More

Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 39 parte 2
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51

Capítulo 22

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By _BiaSantos

Oi,

Nesse capítulo vocês vão descobrir mais sobre o que aconteceu com a Meg.

Boa leitura :)



A manhã de segunda-feira amanheceu fria e nublada.

Kara hesitou antes de obrigar as pálpebras tremulas a se abrirem. Sua respiração estava rasa e baixa como se estivesse com medo de alguém a ouvir.

Seus punhos estavam fechados como duas pedras perto do peito, o suor frio colava os fios bagunçados de seu cabelo na testa e nas bochechas. Pelo menos os tremores haviam parado.

Kara se lembrava de em algum momento ter caído da cama durante a madrugada, enquanto se sufocava com própria mão achando que alguém a estava tentando matar. Enquanto se debatia, ela tinha rolado do colchão para o chão junto com os lençóis. Ela tinha caído de lado sobre o tapete, o peso do corpo esmagando o braço direito, depois que a dor irradiou por seu braço o aperto de ferro em sua garganta desapareceu.

Desde então ela estava revivendo o maldito pesadelo como um loop eterno.

Ela tinha sentido o aperto no pescoço, impedido o ar de entrar em seus pulmões, tinha visto o lugar sujo, tinha ouvido as vozes se misturando como se as pessoas fossem uma só e estivessem falando ao pé de seu ouvido.

— Fique longe dela– Ele tinha grunhido a cinco centímetros de seu rosto, saliva voando de sua boca—Senão, não vou me importar de fazer o que todos nessa casa querem fazer a anos.

Os sinais de alerta já estavam piscando em seu cérebro e ela já estava ofegante por ar mesmo quando mal fazia um segundo que Lex estava suspendendo-a contra parede.

Ela havia perdido segundos preciosos congelada, sem conseguir se movimentar enquanto o verde dos olhos de Lex mudavam loucamente de verde para negro e os dentes brancos a mostra piscavam entre um esgar furioso e um sorriso sádico amarelado.

A sensação dos dedos em volta de seu pescoço era tão malditamente parecida, apertando até cortar todos os canais de ar, esmagando sua laringe.

Os olhos de Lex se estabilizaram, mas eles não eram mais verdes e sim negros, obscuros, sem brilho, eles seriam completamente vazios se não fosse pela sede por sangue queimando no fundo da pupila.

Ela desviou os olhos, desesperada para fugir do que a aguardava, porque a seguir viria duas costelas quebradas, incontáveis hematoma e cortes do tronco para cima, ela ainda conseguia sentir as botas pesadas dele chutando e quebrando seu corpo.

Seus olhos encontraram uma janelinha estreita na parede à frente, estava fechada e embaçada, mas Kara sabia que era a janela de um porão, e por mais que naquele momento ela apenas pudesse ver os pingos de chuva escorrendo pelo vidro sujo, ela sabia que havia um lindo gramado verde e bem cuidado atrás dela.

Um cheiro forte e metálico inundou seu nariz e entorpeceu imediatamente seu corpo, suas mãos afrouxaram sobre os punhos dele e seus olhos abandonaram lentamente a janela e deslizaram para baixo, pela parede cinzenta e rústica.

O rosto de Meg parecia estranhamente sereno, o cabelo estava levemente bagunçado, como se tivesse acabado de retirar o capacete depois de ter acelerado pela cidade na monstruosidade que ela chamava de moto, seus olhos estavam fechados, como se estivesse apenas tirando um cochilo no vestiário depois de trabalhar 24 horas seguidas. Seu rosto estava estranhamente calmo na morte, apenas uma linha vermelha e fina escorria de seu nariz.

Ela estava sentada, apoiada contra a parede, mole e desleixada, ainda usando a jaqueta azul escura, a camiseta preta por baixo mal deixava ver a grande mancha úmida contra o estomago. Mas o chão rústico sobre suas botas estava lavado de vermelho.

Kara não conseguia desviar os olhos. Era horrivelmente hipnotizante.

Ela não tinha chegado a tempo, não tinha sido rápida o suficiente, havia dado as costas a amiga quando ela pediu sua ajuda e isso agora iria pesar sobre seus ombros e manchar sua alma para sempre. Ela não podia escapar daquilo, não podia trazer os mortos de volta à vida, não podia voltar no tempo.

Sua alma sangrou e berrou contra sua mente desgastada e fraca e o sentimento de desistência caiu sobre seu corpo.

Kara desejou que o peso que sentia a esmagasse até que ela não tivesse mais consciência, até se esquecer quem era e do que havia feito.

Seus pulmões sem ar queimaram.

— Eu menti– Ele sussurrou e riu baixinho. — Mas você também esta mentindo agente.

A cabeça de Kara se virou tão rápido que seu pescoço estralou e os pontos pretos nadando em sua visão se multiplicaram.

A voz.

Os olhos haviam voltado a ficar verdes, mas não eram os de Lex, eram mais fortes e cercados por cílios longos e negros. As mãos em sua garganta diminuíram de tamanho e ficam frias.

— Você esta mentindo para mim – A boca vermelha de Lena decretou duramente— Está me usando, usando minha filha.

Kara tentou mover a cabeça para os lados, mas não tinha forças ou fôlego para negar. Os pontos negros incharam e começaram a tampar completamente Lena de sua visão, as únicas coisas que a mantinham consciente era a dor em seus pulmões e consciência de que não podia morrer sem dizer a verdade a Lena.

Seus olhos quase cegos se voltaram para o corpo morto de Meg.

Lágrimas brotaram de seus olhos e escorreram pelas bochechas.

Ela não suportaria falhar novamente.

— Você mentiu para mim– Lena sussurrou.

Kara abriu a boca, e mais lágrimas vieram.

— Adeus Kara.

Lena sabia seu nome.

Kara estava sumindo, estava morrendo, e Lena nunca iria saber a verdade.

Como se estivesse pendurada em um precipício por apenas uma mão, cada um de seus dedos se soltou da beirada e Kara caiu para um mar de escuridão com a voz Lena escoando uma única palavra: Mentirosa!

Ela fechou os olhos novamente.

Uma única lágrima escorreu pela lateral de seu rosto silenciosamente e caiu contra o material fofo do tapete enquanto a frieza do chão se impregnava em seus ossos, enquanto sua cabeça era inundada pela imagem do sangue de Meg e as palavras de Lena ecoavam dentro de sua cabeça.

Kara saiu de dentro da banheira quando água começou a ficar gelada e se enrolou no roupão rosa. Depois caminhou em direção a cama revirada e começou arrumá-la em silencio.

Ela dobrou, afofou, e esticou os lençóis perfeitamente, em seguida puxou as cortinas do quarto e abriu uma fresta pequena na porta de vidro e respirou o ar úmido, frio e cheirando a chuva para dentro dos pulmões, de novo e de novo até sentir que seus pés haviam encontrado o chão novamente, até se lembrar de quem era e de tudo o que havia ouvido durante suas sessões de terapia durante um ano e meio.

Ela não iria se machucar e se destruir por algo que não podia controlar, não podia tomar decisões por outra pessoa e não iria carregar o peso e as consequências delas.

Fazia mais de cinco meses que ela não tinha mais os malditos pesadelos, cinco meses sem ver o sangue lavando o chão, sem ver o corpo frio de Meg.

O que havia mudado?

O domingo havia sido normal, sonolento e entediante.

Lena e a filha haviam passado o dia todo fora e ela havia saído com a desculpa de ir ao shopping enquanto seguia Lionel, mas ele havia ido à empresa, no domingo.

Ela podia ter tentado entrar, mas aquele prédio tinha uma câmera a cada dois metros.

Enquanto voltava para casa ela decidiu fazer uma visita a Luthor-Cop no dia seguinte, de preferência perto da hora do almoço para ter uma desculpa, ela daria uma volta e então levaria Lena para almoçar.

Mas isso foi antes do pesadelo, antes de Lena dizer seu nome enquanto a sufocava.

Kara puxou mais a cortina e respirou fundo.

Ela se importava tanto com o que Lena pensava sobre ela? Ou pensaria? Ela estava apenas fazendo seu trabalho, cumprido sua obrigação até segunda ordem.

Não deveria importar considerando que quando tudo terminasse provavelmente ela nunca mais iria vê-la em qualquer lugar além uma revista ou um programa de entrevistas.

E mesmo que tivesse uma chance... Ela tinha algo para explicar? E se tivesse Lena a ouviria?

Se afastando da janela ela caminhou até a cama, o peso que a tinha reduzido a uma criaturinha trêmula, aterrorizada e encolhida no chão lentamente estava desaparecendo de seus ombros.

Kara entrou no closet e caminhou até o espelho, ela não tinha tido coragem de olhar o que seus dedos e unhas haviam feito em sua pele no espelho do banheiro.

Estava péssimo.

Seu pescoço tinha marcas roxas claras que iriam escurecer com o passar das horas, e qualquer um que olhasse para elas saberia como haviam sido feitas sem nem precisariam olhar para os pequenos aranhões vermelhos e sangrentos.

Ainda era uma boa idéia ir a Luthor- Corp?

Como se ela tivesse o luxo de continuar adiando aquela visita, um telefonema e ela estaria no olho da rua e sem emprego.

Sua única salvação seria usar o clima a seu favor. Ela podia fingir estar rouca por conta de uma gripe e não por quase ter esmagado a própria laringe e um cachecol resolveria o problema visual.

Kara Danvers entrou no hall de entrada da Luthor Corp desfilando como se fosse à dona do lugar, bem sua esposa meio que era.

Estava embrulhada em um sobretudo mostarda confortável e com um cachecol creme e fofo elegantemente enrolado em volta do pescoço.

Durante a pequena refeição no café da manhã Kara descobriu que seria difícil se alimentar com a garganta naquele estado. Talvez ela apenas deixasse Lena no restaurante e fosse embora, comer não era encorajador.

Sorrindo para as pessoas da recepção como uma leoa pronta para avançar e prender suas jugulares entre os dentes no menor sinal de aproximação, ela se encaminhou para o elevador enquanto rezava para que Lena estivesse de bom humor porque sua garganta não iria aguentar uma discutição à lá Lena Luthor.

Quando a porta do elevador se fechou ela achou ter ouvido várias respirações sendo soltas ao mesmo tempo, como se o ar der repente voltasse a circular.

Ela tinha que admitir que se divertia um pouco com isso. Ser a esposa de Lena Luthor tinha lá suas vantagens.

Dois andares depois a porta do elevador se abriu e os dois homens e a mulher que esperavam para entrar estacaram no piso de olhos arregalados enquanto absorviam sua presença.

Kara sorriu levemente e o rapaz mais novo deu meia volta e saiu correndo, o sorriso de Kara aumentou e os dois restantes entraram lentamente, pálidos como a morte e se espremeram no canto mais distante dela.

Kara quase deu de ombros.

Devia ser os óculos escuros, ela pensou com um sorrisinho.

Três andares depois o elevador fez uma parada e o homem praticamente se lançou para fora do elevador. Quando a porta se fechou completamente e o elevador voltou a subir, Kara olhou para a mulher encolhida no canto, que parecia um filhote de coelho assustado.

Talvez ela pudesse brincar. Ela precisava se descontrair um pouco, precisava de um motivo para sorrir. E um pouco de diversão não machucava ninguém.

— Você conhece a maldição do décimo quinto andar?– Ela perguntou para a mulher baixinha.

— O... O que?– A mulher gaguejou a encarando como se ela tivesse uma faca.

Um sorriso lento escorregou para os lábios de Kara, e ela encostou o corpo na caixa de metal fria.

— Lena, minha esposa – Kara balançou o dedo com a aliança de ouro deliberadamente para a mulher ver — Me contou que quando a Luthor- Corp estava sendo construída houve um problema com os cabos dos elevadores, o problema era tão serio que um dia uma cabine despencou, exatamente aqui, sim, onde estamos. Infelizmente havia um homem dentro, um cara sem sorte.

— Ele... Morreu?– A mulher engoliu em seco, e Kara achou que ela ficou um pouco mais pálida do que antes.

— Sim– Ela respondeu como se não fosse importante e ouviu um suspiro aliviado sair da mulher— Claro que seus órgão foram amassados e destruídos no processo, e ele às vezes aparece no décimo quinto andar e tenta pegar os órgãos saudáveis das pessoas que tentam subir, mas às vezes ele apenas se contenta em cortar os cabos. É por isso que apenas a família Luthor e as pessoas em quem eles confiam sobem além do décimo quinto andar.– Kara se inclinou para frente e sussurrou como se fosse um segredo ultra mega secreto— Eles tem um trato com ele.

— Que tipo de trato?!– A mulher guinchou com os olhos do tamanho de pratos.

— Ele pode ter quantos órgãos quiser, contanto –Kara levantou um dedo— que ele os deixe subir.

Órgãos?

— Sim, órgãos. Já reparou que alguns dos funcionários que trabalham diretamente para os Luthor rapidamente são "demitidos", ou em outras palavras simplesmente somem? É isso que acontece com eles, os Luthor precisam pagar uma pequena taxa para usar o elevador– E com um suspiro dramático acrescentou— É um sacrifício necessário.

— Você já viu e-ele?

— Ah sim, e é por isso que não venho muito a empresa, olhar para ele é um pouco... –Ela inclinou a cabeça buscando a palavra certa— Desagradável. Você sabe – Ela sorriu para a mulher— Todos aqueles miolos vazando pelos ouvidos e nariz e todo aquele sangue e membros contorcidos, não é legal ver isso antes do almoço. E todo aquele grunhido de: Órgãos! Vou arrancá-los! Me de seus órgãos! É um pouco chato, não consigo falar ao telefone enquanto estou no elevador.

O som suave que informava que o elevador tinha chegado a outro andar ressoou pela cabine fazendo a mulherzinha pular.

As portas se abriram e quase mais rápido do que Kara podia ver ela correu para fora como se tivesse sendo perseguida, com o rosto entre pálido e verde e com a mão na boca.

Um sorriso um pouco incrédulo se desenhou no rosto de Kara depois das portas se fecharem.

A mulher havia mesmo acreditado!

Se ela soubesse disso teria inventado uma história sobre os Luthor serem vampiros! Com certeza ela iria acreditar com toda aquela pele pálida de Lena.

Ela sorriu satisfeita. Ela já tinha feito sua ação má do dia.

Um barulho estranho soou no teto do elevador enquanto os andares passavam e um arrepio subiu pela espinha de Kara.

Ela olhou para cima com as sobrancelhas franzidas.

Qual era a chance de sua historia inventada ter um pingo de verdade? Outro estralo soou sobre sua cabeça e Kara deu um passo para o lado.

Ela só estava brincando!

Ela desceu no décimo quinto andar onde o escritório de Lena ficava e deu um tchauzinho para secretária distraída com o telefone atrás da mesa enquanto passava por ela em direção ao escritório de Lena.

— Sra. Luthor!– A mulher gritou se levantando apressada— A senhora não pode entrar sem ser anunciada!

— Não seja ingênua– Kara retrucou sem se virar e então abriu a porta preta da sala com ato grandioso.

Ela nem mesmo piscou com o que viu: Lena sentada em uma cadeira de couro atrás de uma mesa cheia de pastas e papeis soltos e Jack pendurado ao lado dela. Os dois examinavam um documento de várias páginas, bem, Lena examinava o documento porque Jack mantinha os olhos escuros e brilhantes fixos na lateral do rosto de Lena e Kara se perguntou como a bochecha de Lena ainda não tinha pegado fogo. O braço vestido pelo jaleco branco imaculado dele descansava sobre o encosto cadeira dela, os dedos tocando casualmente o ombro de Lena.

— O que...?– Lena levantou a cabeça totalmente confusa com sua entrada sensacionalista e quando seus olhos pousaram no rosto de Kara sua boca se fechou rapidamente.

— Estraguei a diversão crianças?–Kara perguntou divertida forçando um sorrisinho, seus olhos ainda fixos na mão de Jack.

— Você – Lena disse um pouco seca demais— O que você está fazendo aqui?

— Não seja rancorosa, meu anjo, sei que ficou chateada por eu ter atendido ao telefone ontem a noite, você estava quase lá, não é?– Kara fez biquinho – Sinto muito baby, prometo que vou te recompensar hoje. – O som dos saltos da secretaria batendo no chão chegou aos seus ouvidos e com um pequeno empurrão Kara fechou a porta na cara da mulher. Os olhos de Lena se arregalaram— Vim te visitar, mas parece que você já tem companhia.

Os olhos de Lena seguiram os seus até a mão de Jack, ela pigarreou e então balançou o ombro delicadamente.

Jack com o rosto parecendo de concreto se afastou lentamente. Kara adorou ver a raiva mal contida dele por sua pequena insinuaçãozinha idiota.

— Podemos terminar isso depois, Jack?–Lena pediu se virando para o amigo e apontando para o documento que ainda tinha nas mãos.

Jack manteve os olhos pedregosos em Kara por alguns segundos matadores e Kara arqueou uma sobrancelha para ele em desafio.

— Claro – Ele respondeu por fim como se estivesse engolindo pregos e então pegou o papel da mão de Lena e começou a caminhar até a porta, Kara fez questão de abri-la para ele, mas Jack parou no batente e olhou para trás, para Lena.

— Se precisar de alguma coisa, estou à disposição – Ele disse suavemente.

— Obrigada, Jack.

Jack balançou suavemente a cabeça e então saiu silenciosamente.

Se precisar de alguma coisa estou a sua disposição – Kara repetiu com uma vozinha irritante que machucou ainda mais sua garganta já machucada enquanto caminhava até a cadeira em frente da mesa de Lena— Se quiser um beijo também estou a sua disposição Lena, ou quem sabe já podemos pular para a outra parte, a que eu te levo para nosso ninho de núpcias.

Lena soltou um bufo e se endireitou na cadeira.

— Três segundos– Ela grunhiu arrumando dois filzinhos de cabelo soltos do coque rígido— Três segundos para me dizer o que você veio fazer aqui ou eu vou chutar seu traseiro plastificado do décimo quinto andar.

Kara sorriu lentamente.

Lena era adorável.

— Plastificado?–Kara repetiu com diversão— Ele é cem por cento natural meu anjo, e se não fosse tão orgulhosa provavelmente já saberia disso.

— Um...

— Já disse; vim lhe ver– Kara murmurou olhando para as unhas. — Vamos almoçar juntas.

— Dois...

— O quê? –Kara arqueou as sobrancelhas.

— Três. –Lena se levantou de repente e Kara espelhou o movimento.

Lena apoiou as mãos na mesa pesadamente e se inclinou para frete para encará-la. Kara teve o bom senso de não olhar para baixo, ela tinha quase certeza de que poderia ver o decote de Lena.

Os olhos verdes a fuzilaram por um minuto inteiro testando sua resistência.

Então subitamente Lena desviou os olhos e olhou para o celular em cima da mesa. Prevendo o que ela iria fazer Kara rapidamente tirou o aparelho do alcance de suas mãos.

Devolva!– Lena exclamou completamente ultrajada se inclinado pegar o aparelho de volta.

Kara deu dois passos para trás e Lena se apressou em dar a volta na mesa.

— Não!– Kara grunhiu afastando Lena com uma mão e com a outra mantendo o celular longe das unhas afiadas.

Kara foi andando para trás para fugir de uma Lena que era apenas grunhidos e rosnados, as unhas postiças acertando o ar onde seu rosto estivera apenas um segundo antes.

— Lena! Pare!– Ela gritou no exato instante em que perdeu o equilíbrio sobre os saltos e caiu para trás, por reflexo ela agarrou Lena para se segurar.

As costas de Kara bateram no sofá de couro macio e Lena caiu sobre o corpo dela, a testa pálida bateu contra a boca dela e Kara guinchou jogando o celular e tocando os lábios.

— Meu telefone!– Lena exclamou quase sentada sobre Kara olhando o aparelho sobre o tapete. — Eu vou te matar!

Kara mexeu o quadril e Lena se desequilibrou para frente, sua mão encontrou apoio na garganta de Kara, onde ela soltou todo o peso, Kara grunhiu e se contorceu desesperada para livrar a garganta machucada. Lena deslizou para o lado e seus olhos se arregalaram e sua mão se fechou sobre o cachecol de Kara.

Ela apenas teve tempo de soltar um gritinho antes que as duas fossem para o chão com um baque abafado.

Lena gemeu baixinho em seu ouvido e soltou uma maldição.

Kara mordeu o lábio ferido quando um raio de dor subiu do braço dolorido, o único membro que não parecia ileso, por que por sorte ela havia caído no macio.

Subitamente a porta do escritório rangeu e se abriu e então alguém engasgou audivelmente.


E ai? Curtiram?

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See you later! :)

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