Operação Luthor

By _BiaSantos

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Uma coisa é de conhecimento comum para todos os agentes do FBI: Lionel Luthor fabrica drogas ilícitas. Mas o... More

Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 39 parte 2
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51

Capítulo 19

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By _BiaSantos

Oi,

Boa leitura :)


A casa de Andréia Rojas ficava localiza em um bairro luxuoso do outro lado da cidade, ao lado de mansões que eram verdadeiras obras de arte e que possuíam mais janelas do que Kara podia contar.

Diferente da mansão Luthor, a mansão de Andréia não era nenhum pouco discreta e muito iluminada. Com colunas de mármore branco e paredes de vidro vazando luzes por todo o gramado ao redor. Dos portões de bronze se podia ver o jardim com flores noturnas e uma piscina deslumbrante.

Kara fixou os olhos sem realmente ver nos portões que reluziam suavemente aos faróis do camaro branco de Lena enquanto batucava distraidamente os dedos na coxa. Sua mente estava concentrada em repassar cuidadosamente tudo que ela sabia sobre a anfitriã e tentando encaixar os nomes nos rostos que estariam a esperando por detrás daqueles portões.

Andrea Rojas não era uma pessoa exatamente estranha a Kara, assim como os Luthor, os Rojas apareciam constantemente nos tablóides de notícia.

Os Rojas também tinham ganhado uma atenção especial do FBI nos anos 2000, quando era o pai de Andréia que ainda ocupava a posição de diretor executivo, mas a investigação havia sido encerrada em poucos meses, apesar das más línguas sussurrem durante anos dentro da academia que Swart e Swan haviam sido pagos para se livrar das provas.

Kara não sabia exatamente o que pensar, mas ela também não era a maior fã dos dois agentes.

Atualmente Andréia comandava a empresa de tecnologia da família com um punho de ferro e uma mente perspicaz. Seu marido Russell Rodgers era um dos principais acionistas, eles eram casados a pelo menos doze anos e juntos eles tinham dois filhos, Milena e Bruce Rojas Russel.

Nos tablóides de fofoca Andréia era conhecida por gastar rios de dinheiros em roupas e viagens.

Kara se lembrava de ter lido uma notícia antiga sobre Lena, uma que insinuava que Lena Luthor gastava malas de dinheiro com futilidades, abaixo da matéria havia uma foto de Lena carregando uma Luna muito mais nova, de uns três anos pelo shopping e com algumas sacolas na mão.

Mas até aquele momento Kara não vira Lena sair e voltar com muito mais do que o necessário. Não que ela achasse que as duas, tanto Lena quanto Andréia, precisassem se preocupar com dinheiro, elas poderiam usar cédulas como as pessoas usavam guardanapos de papel e ele nunca acabaria.

O carro se moveu lentamente e Kara desviou os olhos para Lena.

Ela confessava que estava com um pouco de inveja.

O vestido preto, simples e solto que Lena usava parecia muito mais confortável do que seu vestido azul escandaloso.

Ela tinha passado pelo menos três minutos olhando para a calça jeans dentro closet, desejando poder escolher-la em vez daquele trapo, mas maldita seja, Kira Luthor sempre escolheria o vestido.

Os olhos de Lena estavam magnificamente destacados pela maquiagem, com sombras escuras e mascara de cílios. Eles pareciam dois mundos cobertos por florestas selvagens, e eram hipnotizantes demais para se olhar por muito tempo, Kara sabiamente desviou os olhos.

Pelo espelho retrovisor ela viu Luna empolgada olhando pelas janelas, logo atrás estava o porche vermelho de Alana.

Antes de saírem de casa, quando estavam na sala de estar e enquanto Kara esperava Lena conversar alguma coisa com Jess, ela tinha visto Lex espiando a esposa descer as escadas do pequeno corredor entre a sala de jantar e a de estar.

E Kara teve que admitir que Alana parecia realmente gloriosa no vestido preto e curto, que deixava grande parte de seu abdômen bronzeado e parte das costas delicadas a mostra.

Ela viu a reverência nos olhos de Lex enquanto observava a esposa, o desejo e a raiva que escurecia seus olhos. E quando ele viu que Kara o estava observando ele cerrou a mandíbula e os punhos e com um olhar assassino que a lembrou daquela manhã mexeu os lábios em silêncio formando a frase: fique longe dela.

Kara apenas sorriu para ele.

Então Alana tinha passado por ela balançando o cabelo castanho e liso quase acertando o rosto de Kara no caminho e deixando um rasto de perfume doce e feminino em seu rastro.

— Chegamos!– Luna comemorou pulando no banco de trás e Kara e Lena se viraram simultaneamente uma para outra e soltaram um suspiro cansado.

Imediatamente Lena desviou os olhos para frente com pequena ruga entre as sobrancelhas, as bochechas ganharam uma coloração suave de rosa, enquanto Kara se limitou a sorrir de lado com a situação irônica, finalmente as duas concordavam em algo.

Na lateral da mansão sobre uma estrutura de madeira ao redor da piscina, vários homens e mulheres já estavam sentados bebendo e crianças corriam de um lado para o outro se perseguindo. Kara imaginou que elas quase se pareciam com crianças normais, o que as diferenciavam eram o fato de que vestiam roupas que custavam centenas de dólares.

Ela tinha certeza que se juntasse algumas poucas peças de roupa que a própria Luna usava daria pelo menos um mês de seu salário, e ela estava falando apenas de algumas peças.

Quando Lena guiou o carro para passar próxima a lateral da piscina, as pessoas gritaram e assobiaram em direção ao carro, elas eram populares e esperadas.

Que felicidade.

Kara engoliu em seco.

Lena estacionou o carro nos fundos da propriedade onde havia pelo menos vinte carros.

— Não tente bancar a engraçadinha como fez durante o café da manhã com os Scott – Lena disse retirando a chave da ignição — caso contrário irei escrever as regras na sua testa com um bisturi cego. – Ela abriu a porta do carro e saiu.

Kara sorriu divertida imaginado quais eram essas regras que Lena tanto falava. Ela sabia que uma delas era: Não se agarre com sua cunhada na sala de estar. Ou algo parecido.

Ela desceu calmamente apreciando a irritação de Lena.

Lena trancou o carro e Kara se posicionou ao lado dela sobre os saltos pretos de sete centímetros e passou um braço ao redor da cintura de Lena, descansando suavemente a mão sobre a seda fina do vestido preto.

Para seu próprio mérito Lena não virou pedra sob seu toque dessa vez, apenas se limitou a lançar um olhar duro em sua direção e Kara a viu apertar mais a mão da filha antes de voltar os olhos espetaculares para as pessoas que já a esperavam com sorrisos e promessas de perguntas constrangedoras.

Kara apertou quase que inconsciente a mão na cintura de Lena enquanto tentava não surtar com a quantidade de nomes que tinha que se lembrar.

Elas se separam rapidamente; Luna escorregou de seu aperto e correu para o jardim atrás dos filhos de Andréia, Kira foi puxada por um bando de idiotas que pareciam bêbados e Lena fez questão de beliscar a mão que ela mantinha com um aperto de ferro em sua cintura e empurrá-la em direção a eles.

Por um segundo ela até mesmo desejou que um deles vomitasse no vestido estúpido que Kira estava usando, mas então se lembrou que Kira iria embora no carro dela e apenas desejou que ela torcesse o pé.

Lena encontrou Sam ao lado de um velho amigo de faculdade gargalhando falsamente de qualquer que fosse a piada que ele estava contando.

A três metros de distancia ela avistou Andréia ao lado do marido observando os convidados como uma raposa astuta procurando por sua próxima presa, Lena deu meia volta e estava prestes a se esconder em uma das mesas perto da piscina quando Sam a avistou e grudou no braço dela como se Lena fosse uma bóia salva vidas e a usou como desculpa para se livrar do rapaz.

Lena ainda não conseguia entender como depois daquele tipo de comportamento, ela ainda era conhecida como a vilã. Ela tinha certeza de que pelo menos três dos exs namorados de Sam a chamavam de "bruxa destruidora de relacionamentos", e todos os estagiários de laboratório da Luthor-Corp a chamavam de coisas piores quando que seus supervisores usavam seu nome para colocar medo neles.

Um garoto uma vez tinha literalmente se debulhado em lagrimas aos pés dela sem Lena precisar abrir a boca.

Tudo bem, ela admitia que tinha gargalhado dentro de seu escritório minutos depois, mas na frente do garoto ela havia simplesmente congelado. Dois outros estagiários haviam precisado carregar o garoto para fora da sala.

Sam a arrastou para um canto afastado dos grupos em volta da piscina.

Lena bebeu um gole da taça de água que estava girando a esmo e acompanhou com os olhos a filha sumir atrás de um arbusto do jardim.

—Que estranho – Sam disse da cadeira ao lado bebericando a taça de champanhe — Nem um beijo?

— Não – Ela suspirou observando a água dentro da taça— Ela literalmente jogou Alana no chão.

Sam soltou uma risadinha.

— Tem certeza que ela não tinha te visto?

— Kira teria beijado Alana se tivesse me visto, apenas para medir forças.

—Mas ela não fez. – Sam murmurou.

— Não, e isso esta corroendo meu cérebro do mesmo jeito que aquela maldita cicatriz.

— Mas você mesma disse que podia ser um acidente durante a viagem.– Sam acusou.

Lena balançou a cabeça suavemente.

—Não, acho que Kira nunca teve nenhuma cicatriz na vida, e acho que ela contrataria alguém para assassinar qualquer alma que ela considerasse responsável por qualquer dano a ela, principalmente uma cicatriz e uma no rosto. Ela faria o jardineiro pagar se por acaso se arranhasse com um espinho de rosa.

— Como você sabe que ela não tem nenhuma cicatriz?– Sam perguntou curiosa.

— Porque já a vi nua pelos menos meia dúzias de vezes– Lena deu de ombros para a boca aberta de Sam— Acredite, quando se mora na mesma casa que Kira e ela é seu esposa, ela vai se achar no direito de invadir seu quarto completamente nua no meio da noite.

— Mas isso é assedio, Lena!­–Sam exclamou completamente revoltada— Você devia denunciá-la!

— Não tenho muita certeza sobre isso – Lena suspirou voltando os olhos para o jardim— Não acho que ela fazia isso com esse fim, acho que o propósito dela era ficar confortável.

— Confortável?! Está maluca? Se alguém entra nu no meu quarto sem minha permissão vai se explicar para o juiz diante de um tribunal!

— Acredite, eu adoraria ver Kira se contorcendo diante da justiça, mas acho que a intenção dela não era me assediar por incrível que pareça –Os lábios de Lena se torceram levemente— Pelo menos todas as vezes que a peguei nua no meu quarto ou na piscina ela nem mesmo parecia ter notado que estava de fato nua, ela nem mesmo fez qualquer piadinha estúpida ou qualquer coisa idiota, apenas pegou o remédio sobre minha mesa e saiu ou pulou na piscina.

A imagem de Kira usando uma camiseta para proteger sua nudez girou dentro da mente de Lena exigindo uma explicação, e ela balançou a cabeça suavemente para se livrar dela.

— Porque você nunca me contou sobre isso?– Sam parecia ofendida.

— O que queria que eu dissesse?– Lena arqueou uma sobrancelha para ela— Adivinha, acordei essa madrugada assustada com minha esposa– que eu odeio– completamente nua ao lado da minha cama? Suponho que devo ser grata por pelo menos ela acender a luz, tenho certeza que teria um ataque cardíaco de outra forma.

— Uma pena você não ter uma arma, se tivesse tudo podia já estar resolvido a um bom tempo.

Lena revirou os olhos, às vezes ela achava que Sam se esquecia de que era uma advogada.

— Eu simplesmente a chutava para fora com o remédio, copo de água e tudo. Mas teve um dia em que ela roubou a chave da porta, e eu não pude contratar um chaveiro, porque seria um pouco suspeito– Lena fez uma pequena careta— eu não poderia simplesmente dizer que queria trocar a fechadura quando, para começo de conversa aquela porta deveria permanecer sempre aberta. Não consegui achar a chave e Kira continuou voltando, ela disse que meu quarto era sua farmácia particular. – Lena franziu as sobrancelhas — Uma vez a peguei às três da manhã revirando a geladeira na cozinha, abaixada, depois disso proibi Luna de sair do quarto de madrugada.

Sam gargalhou com os lábios contra a taça de champanhe.

— Deve ter sido uma visão e tanto.

— Adoraria poder apagar tudo o que vi naquela noite para sempre da minha memória.

Sam bufou uma risada e acompanhou o olhar de Lena em direção as gargalhadas das crianças.

Lena observou a filha subir a pequena escada do jardim a alguns metros de distancia, Luna tropeçou no penúltimo degrau e as costas de Lena se enrijeceram imediatamente e ela quase levantou, mas Luna se endireitou primeiro e saiu correndo.

— Aquela é Kira falando com Debbie?

Lena manteve os olhos em Luna que corria desenfreada atrás de Bruce, o filho de Andréia, ela só estava prevendo o momento em que qualquer uma das crianças cairia e se ralaria toda no chão ou mesmo quebrariam um osso ou um ou dois dentes. Um arrepio subiu pela coluna dela.

— Lena?–Sam empurrou levemente o braço dela — Você está me ouvindo?

Ela estava, havia ouvido da primeira vez, mas não estava com nenhuma vontade de olhar.

— Lena!

Ela suspirou e desviou os olhos para frente, para onde Sam estava olhando. Não foi difícil encontrar Kira, não com o vestido azul Royal deslumbrante e com pouco pano que ela vestia.

Kira estava parada perto da parede de vidro da sala de estar segurando uma bebida azul na mão e conversando com uma mulher baixa de óculos que parecia desconfortável em um vestido rose justo.

— É Debbie– Lena confirmou.

— Estamos falando de Debbie e Kira conversando amigavelmente! – Sam exclamou baixinho se inclinando cada vez mais para perto dela— Não acha que isso não é nenhum pouco suspeito?

— Suspeito como?– Lena arqueou uma sobrancelha— Estamos falando de Debbie, Sam, o que há de suspeito em Debbie além do motivo de ela ainda comparecer a encontros de pessoas que a ridicularizavam na faculdade?

— Mas Kira nem mesmo se aproximava dela sem que fosse para insultar a coitada e agora –Sam olhou para frente de boca aberta— Kira está sorrindo para ela, e nem mesmo é um sorriso de escárnio!

Lena olhou para as mulheres novamente, e uma de suas sobrancelhas se arqueou por hábito diante da situação estranha.

Sam estava certa, Kira estava conversando com a tímida Debbie e os sorrisos que ela lançava em direção a mulher não continham nem um pingo do veneno que normalmente escorriam pelos lábios rosados.

Enquanto olhava, Kira virou a cabeça em um movimento inesperado e encontrou os olhos dela.

Os olhos azuis brilharam do outro lado da piscina para ela.

Lena contou os segundos que levariam para Kira descer os olhos lascivos por seu corpo enquanto segurava o olhar.

No sétimo segundo um sorriso torto se desenhou no rosto de Kira e os olhos azuis desceram para o decote de Lena.

Ela bufou levemente. Havia sido mais tempo do que ela esperava, muito mais.

Por algum motivo isso a frustrou, não que ela quisesse que Kira a olhasse, isso era a ultima coisa que ela queria, mas era estranho não poder prever os próximos passos dela.

— Ela deve estar aprontando alguma coisa – Lena murmurou para si mesma ainda observando Kira que havia voltado a conversar com Debbie, mas pelo sorrisinho que ela tinha nos cantos dos lábios, Lena sabia que Kira sabia que ela ainda a estava observando.

— Você acha que Debbie faz parte da gangue?

— O quê?–Lena se virou para Sam— Debbie?–Ela perguntou com diversão— Porque não? Aposto que os membros da "gangue" valorizam muito seu conhecimento sobre quadrinhos e seu penhasco por super heróis musculosos.

Sam fez uma careta em resposta ao sarcasmo de Lena e bebeu um gole da taça.

Gangue a palavra pesou na mente de Lena e ela não permitiu que seu cérebro revirasse a conversa que havia ouvido na cafeteria pela milésima vez.

—Lena Luthor! Que honra você me concede comparecendo a minha humilde casa— Andréia subitamente surgiu de trás delas, vestida elegantemente com um vestido azul marinho e com um sorriso deslumbrante.

Lena evitou a careta com a clara acusação de Andréia por suas recusas anteriores.

— Hoje você não me escapa. – Andréia sussurrou no ouvido dela antes de se acomodar na cadeira em frente a elas e Lena começou a se preparar para a enxurrada de perguntas que teria que responder.

— Sobre o que estavam sussurrando antes de eu chegar?– Andréia levou a própria taça de água à boca.

— Bobagens – Lena respondeu.

— Bobagens?– Andréia inclinou uma sobrancelha— De longe não parecia– Os olhos azuis se semicerraram — Aposto que estão fofocando!

— Nós duas? Nunca – Sam disse —Estávamos apenas discutindo sobre trabalho.

— Ok, já entendi, não querem me contar suas safadinhas– Os olhos insatisfeitos desmentiam o sorriso dela — Tudo bem, mas aonde está Kira? Afinal ela é a estrela de hoje à noite.

— Conversando com Debbie aparentemente– Sam informou girando o champanhe na taça.

— Conversando com quem?!– Andréia exclamou horrorizada quase quebrando o pescoço para olhar sobre o ombro quando Sam fez um movimento discreto em direção às duas mulheres— Meu deus– Andreia chacoalhou a cabeça em profunda negação— Isso não deveria ser possível. O que será que ela está aprontando dessa vez? Lena?

— Não faço a mínima idéia – Lena disse — Talvez esteja pegando alguma informação, vocês sabem como todo mundo acha que Debbie é seu psicólogo particular.

— Talvez– Andréia murmurou baixinho voltando os olhos para Kira e sua companhia e as observando atentamente por um momento, Lena tinha certeza que até o final da noite Andréia saberia cada palavra que Kira tinha dito.

Lena percebeu os olhos de Andréia percorrem Kira como se nunca a tivesse visto, as íris azuis devoraram cada centímetro da pele bronzeada de Kira, provavelmente contabilizando as novidades.

— O que me diz Lena?– Andréia perguntou depois de sua longa avaliação— Aproveitando muito os novos atributos de sua esposa?

Lena quase revirou os olhos. É claro que Andréia não iria deixar aquilo passar.

— Não seja indiscreta– Ela respondeu desviando os olhos.

— Hum – Andréia ronronou e riu levemente— É claro que está. Kira voltou muito gostosa, que viagem foi essa, meu amor!

— Ela está bem –Lena admitiu relutante com os olhos brilhantes de Andréia fixos no rosto dela como se fossem laminas afiadas prontas para tirarem todas as respostas que desejava a força.

Bem?– Andréia riu desdenhosamente— Kira está um espetáculo! Acho que vou ficar de olho em Russel, uma olhada para a bunda dela e ele vai entrar na faca.

— Russel?– Lena sorriu— Acho que Russel preferiria a faca a te trair.

— Seria a melhor decisão– Andréia murmurou girando a bebida dentro da taça.— Mas nunca se sabe.

Sam de repente a chutou e Lena teve que morder a bochecha por dentro para não gritar quando a ponta fina do salto afundou na pele imaculada de seu tornozelo.

Ela se virou para Sam com uma promessa de violência nos olhos, mas Sam não estava olhando para ela, estava olhando para frente.

Lena seguiu os olhos de Sam e reconheceu Daniel Delevan se aproximando de Kira junto com um homem jovem de cabelo cortado curto como um soldado e vestido com roupas escuras.

Ela não reconheceu o homem como nenhum de seus ex-colegas de faculdade.

—O nome dele é Ricardo – Andréia disse de repente chamando a atenção das duas—Daniel ligou mais cedo perguntando se poderia trazer um amigo, ele é brasileiro eu acho.

A atenção de Lena se voltou novamente para Kira.

Debbie rapidamente se esgueirou para longe quando os dois homens pararam ao lado de Kira o que não era nenhuma surpresa, Lena pensou, Delevan não costumava ser nem um pouco gentil com ela.

Enquanto os dois homens cumprimentarem Kira, Lena pensou se havia imaginado a expressão de reconhecimento que transformou o rosto de Kira por um instante quando olhou para o homem de cabelo curto, mas em menos de um segundo o sorriso estúpido havia voltado para o rosto dela.

Mas então ela também estava imaginando a tensão nos ombros de Kira quando ela se inclinou para beijar a bochecha do homem?

— Ciúmes Lena?– Andréia perguntou de repente a fazendo piscar e encarar os olhos azuis brilhantes e o sorrisinho de raposa.

— Não –Ela respondeu quase defensivamente.

— Não tem porque se envergonhar, querida– Andréia sorriu mais suavemente— Eu também sentiria se alguém estivesse olhando tão intensamente para Russel, como aquele homem está olhando para sua esposa. Na verdade se fosse meu Russel lá eu já teria ido marcar meu território faz tempo.

— Não exagere – Lena revirou os olhos.

— Vocês acham que Kira o conhece?–Sam perguntou como se a resposta não fosse realmente importante.

— Bem, a pergunta certa seria quem Kira não conhece. –Andréia respondeu.

Sam olhou brevemente para Lena.

Então Sam também havia visto, não era loucura da cabeça dela. Mas Andréia tinha um ponto, Kira conhecia quase todo mundo.

Mas, se Kira o conhecia, Lena concluiu, não parecia gostar nenhum um pouco dele, por mais que ela mantivesse o sorriso no rosto, Lena podia ver a tensão em cada linha do corpo dela.

E ai? Curtiram?

See you later! :)

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