Operação Luthor

By _BiaSantos

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Uma coisa é de conhecimento comum para todos os agentes do FBI: Lionel Luthor fabrica drogas ilícitas. Mas o... More

Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 39 parte 2
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51

Capítulo 11

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By _BiaSantos

Oi,

Capítulo no sábado porque vou atualizar amanhã novamente em homenagem ao feriado do dias das mães.

Boa leitura :) 


Kara bufou baixinho e cruzou as pernas como uma criança na cama.

Tem certeza que essa Jess não é uma das nossas?– Winn perguntou— A mulher está seguindo você ou que? Achei que Shiobann fosse seu cachorrinho.

— Eu também não entendo– Kara sussurrou— A sala estava vazia e eu me aproximei da porta e pronto, a garota brotou do nada!

Devíamos contratá-la.

— Eu estava tão perto– Kara grunhiu frustrada– Lena havia saído com o monstrinho dela e todos ainda estavam no quarto e não parecia que iriam levantar tão cedo, foi muito azar.

Ou Lena mandou a mulher te vigiar, você acha que ela está desconfiando de algo?

Kara bufou novamente. Ela havia esperado Lena sair, esperado alguns minutos, e depois conferiu que James estava na cozinha, a ave de rapina deveria estar o quarto de Mary, e ela não viu sinais das camareiras então ela foi para a sala de leitura. Ela até mesmo havia tirado o equipamento do bolso para abrir uma das portas e então Jess apareceu como se fosse invoca, pronta para atrapalhar todo seu plano.

— Posso ajudá-la em algo senhora Kira?

Ela havia perguntado totalmente inocente, e Kara lutou para não responder: Pode, dando meia volta e fingindo que eu não existo!

Não, acho que foi apenas azar mesmo.

Você realmente vai continuar?–Winn perguntou um pouco hesitante.

— Vou.

Mesmo depois do que descobriu sobre... Papa Bear?

Kara suspirou e afastou a franja da testa.

— Não importa, eu escolhi isso, e já estou aqui e pretendo continuar, vou terminar o que comecei.

—Chapeuzinho vermelho já quebrou dois abajures, e nesse exato momento está tentando cancelar tudo do quarto ao lado, ela esta literalmente berrando ao telefone com a secretaria do Sr. Carr.

— Ela pode quebrar a casa toda se quiser, eu não me importo.

E ela também contou a Fada Loira sobre Papa Bear e acabou com o namoro deles.

— Ótimo, ela não precisa de nenhum traidor ao lado dela.

Era a primeira vez que Kara concordava com Alex sobre o relacionamento de mãe delas com John, no começo havia achado a implicação de Alex com o relacionamento deles um pouco infantil, mas para ser sincera, ela também achava um pouco estranho, John havia sido o melhor amigo de seu pai por anos, e... Era estranho, mas se ele fazia sua mãe um pouco mais feliz, Kara estava disposta a deixar algumas coisas de lado, Alex não havia pensado do mesmo jeito. E naquele momento Kara achava que talvez Alex tivesse visto algo que ela tinha perdido, porque John definitivamente não era a pessoa que ela havia imaginado que ele era.

Isso é muito estranho, você sabe– Winn suspirou— Está todo mundo ferrado, e eu não sei o que devo fazer. Parece que tudo virou de pernas para o ar.

Eu tenho uma coisa para você fazer– Kara disse lentamente.

Eu não sei se é uma boa idéia– Ele ficou em silêncio por um segundo, Kara esperou pacientemente, então bruscamente Winn fez um barulho do tipo "foda-se"— Quero garantia que vou continuar com tudo no lugar inclusive minha alma dentro do corpo antes de continuarmos.

Bem– Kara sorriu— Você não vai nem mesmo precisar sair da sua cadeira.

Eu ainda não ouvi o que quero.

Kara revirou os olhos.

—Você vai continuar vivo e com todos os membros em pleno funcionamento se não for pego.

Não soa tentador, você sabe.

— Vai ser moleza para você– Kara garantiu— Mas você não pode contar a ninguém.

Então eu vou perder meu emprego– Winn choramingou.

— Não seja dramático.

— Me diga e talvez eu considere.

Quer saber? Eu faço sozinha.

Kara começou a contar nos dedos.

Um... Dois... Dois e meio... T-

Fala logo, droga!

Ela sorriu.

—Não esquenta Mario, você só precisar investigar uma coisinha na Luthor- Corp para mim.

A conversa no almoço foi basicamente sobre o empate do jogo de futebol de Luna, Lilian fez muitas perguntas e parecia realmente interessada. Lex passou toda a refeição torcendo o garfo na mão enquando Alana dava mais atenção a Kara do que a ele – aparentemente ela a havia perdoado–, Lionel continuava indiferente na ponta da mesa.

Kara achou um pouco reconfortante ouvir Luna narrando todo o evento do jogo de futebol para avó, era muito melhor do que o almoço silencioso e frio de sempre.

Os três dias seguintes passaram rapidamente.

Na segunda-feira de manhã Lena entrou no quarto de Kara sem bater para avisar que elas tinham um almoço ao qual Kara era obrigada a comparecer e caso contrário ela podia muito bem começar a preparar seu discurso publico, porque Lena estava pouco se fodendo para o que iria acontecer, se ela queria ficar iria ter que cumprir com suas obrigações de esposa.

Kara fez uma brincadeira sobre suas obrigações de esposa e levou uma travesseirada na cara.

Ela tentou usar ameaças, apelou para vovó Mary (ela reconhecia que havia sido baixa), mas Lena sequer piscou, e quando falou foi para ameaçá-la no tom mais calmo que Kara já havia ouvido. Nas palavras de Lena: Se você quer abrir as portas do circo dos horrores tudo bem, o nome da família pode ir para a lama, mas você não terá nem mesmo um centavo enquanto se afoga ao nosso lado.

Lena havia dito que era um bom acordo para as duas.

"Fique de bico calado e me acompanhe e você terá seu dinheiro caindo na conta todo mês, caso contrário as duas iriam mergulhar na merda até o pescoço e arrastar todos os Luthor junto."

Kara só não entendia por que isso agora, Kira parecia viver como queria antes, então porque ela tinha que seguir a Luthor como um cachorrinho?

Mas havia tanta certeza nas palavras de Lena que Kara desconfiou que ela tinha um contrato de casamento e que podia deixar Kira na miséria se quisesse.

Bem, Kira merecia, principalmente depois de mentir para ela.

Mas se Lena tinha um porque não acabava com tudo aquilo de uma vez por todas?

Para não sujar o nome da família? Ou talvez pela culpa de tê-la colocado dentro de casa e a armado até os dentes com as únicas armas que podiam colocar o reinado Luthor abaixo.

Ou... Por sua filha.

Ou talvez por tudo junto.

Kara tentou fazê-la mudar de Idéia, ela precisava gastar seu tempo investigando e não jantando e almoçando com milionários estúpidos e arrogantes.

Mas Lena não cedeu por um instante. E por mais que Kara desconfiasse que uma parte de toda a aquela confiança não passasse de blefe, a verdade é que ela não tinha exatamente uma escolha, ela tinha que ficar.

Como se Lena tivesse gastado os últimos dias planejando como fazer de sua vida um inferno ela jogou uma agenda– que por pouco não a acertou na boca– com uma lista de afazeres para o evento beneficente para ela resolver no tempo livre.

Kara leu a lista e quis arremessar a agenda pela janela.

O almoço com o casal de médicos foi horrivelmente entediante, e o café à tarde, e o jantar e todos os outros que vieram depois desse.

Ela não falou com Alex, mas pelo o que Winn havia dito a ela, Alex ainda continuava implacável na tentativa de cancelar a missão. Ela havia conseguido falar com Roberts, mas ele não havia sequer a ouvido, porque de acordo com ele, John já havia dito tudo que ele precisava saber, e que Carr não passava de um idiota com uma posição alta demais para a própria inteligência, e até que as férias dele acabassem ele não mudaria de decisão.

Kara não sabia exatamente quando isso iria acontecer, mas ela chutava que tinha pelo menos mais algumas semanas.

John não havia sido afastado por faltas de provas e por uma decisão que veio de cima.

Tudo parecia bom demais para ser verdade, e um pouco errado também, se ela fosse confessar.

A fazia se questionar o que John havia dito a Roberts e o que andava aprontando, não apenas agora, mas durante os últimos anos.

Afinal qual era o interesse dele com os Luthor?

A investigação de Winn sobre o incêndio na Luthor–Corp não mostrou nada de novo, nada que contestasse a versão inicial de Lionel de que havia sido um acidente pequeno.

Porém Winn não tinha conseguido as imagens da câmera da sala, o vídeo havia sumido.

Quanto a Lena, Kara não estava apenas brava , estava fodida da vida com ela.

Mas depois que a cegueira causada pela raiva passou um pouco, Kara percebeu uma coisa, Lena havia dado um álibi perfeito para ela sem nem mesmo saber.

Ela podia e iria seguir todos os integrantes da casa enquanto fazia o que Lena tinha pedido, e caso fosse descoberta precisava apenas mostrar a lista que tinha e dizer que estava comprando coisas para o evento beneficente, existiam lojas e Buffet por toda a cidade.

Lena apenas tornou tudo mais fácil para ela.

Eram 2:10 da manhã de quinta- feira quando Kara abriu uma fresta na porta do quarto e sondou o corredor iluminado pela meia-luz da lua que entrava pela janela.

A passagem longa estava vazia e silenciosa.

Ela soltou a respiração lentamente e então apalpou os bolsos novamente; o celular estava no bolso esquerdo e a chave mestre no direito.

Tudo bem, ela só tinha que ser silenciosa e rápida.

Ela saiu para o corredor e fechou a porta suavemente, sua sombra se alongou ao longo do piso de madeira e ela parou ao lado da porta de Lena e escutou.

Silencio, nenhuma luz escapando por baixo.

Ótimo.

Ela atravessou o corredor rapidamente, seus pés descalços congelados pelo piso de madeira frio.

Ela queria muito que aquilo desse certo, muito mesmo.

Alguma coisa tinha que dar certo para ela, porque as perseguições não estavam indo nada bem.

Parada no alto da escada a sala abaixo parecia um poço de pura escuridão, e Kara sentiu um pequeno arrepio subir por sua coluna quando desceu o primeiro degrau.

Quando estava no meio da escadaria ela ouviu um barulho abafado do lado de fora da casa e paralisou com o coração batendo a mil.

Ela esperou um minuto inteiro, mas como não houve mais nenhum barulho ela continuou a descer.

Os móveis eram vultos negros e sinistros na sala de estar e ela deslizou pela sala sentindo constantemente a necessidade de olhar por sobre o ombro.

A palavra mal assombrada piscava em vermelho dentro de sua cabeça sempre que algum som estranho a fazia parar e seu corpo tencionava por inteiro.

Tudo aquilo era ridículo ela resmungou para si mesma mais de uma vez enquanto entrava no pequeno corredor, fantasmas não existiam.

Ela se permitiu ligar a luz do celular pra se guiar quando estava longe da vista, e a primeira coisa que a luz do celular atingiu foi uma superfície branca, lisa e brilhante na altura de seu quadril que a lembrou de um crânio e Kara teve que morder a mão para não gritar e acordar toda a casa.

Maldito vaso estúpido!

Bufando ela atravessou o corredor o mais rápido que pode.

As luzes da piscina estavam acessas e iluminavam a sala o suficiente para que ela não precisasse mais do celular.

O couro das poltronas reluzia à meia-luz.

Kara olhou de um lado para o outro tentando decidir qual das portas iria abrir primeiro, depois de alguns segundos escolheu a da direita pensando que se agisse rápido o suficiente poderia abrir as duas ainda naquela noite.

Ela retirou a chave mestre do bolso e caminhou até a porta.

Um sorriso brincou em seus lábios, ela realmente esperava alguma coisa grandiosa, mas se houvesse qualquer coisa que ela pudesse usar seria bem vindo.

Kara colocou a chave na fechadura e teve que fazer um pouco de força para que ela entrasse totalmente.

Na primeira tentativa a chave não quis virar e ela adicionou mais força, mas ela continuou emperrada.

Kara retirou a chave novamente e verificou a fechadura. Era antiga e dourada. Será que a chave não funcionava em portas velhas? Ou o que havia ali dentro era tão precioso que haviam tomado medidas drásticas para protegê-lo?

O pensamento a animou e ela trabalhou arduamente por alguns minutos, forçando para frente e retrocedendo a chave até que eventualmente a fechadura clicou e destrancou com um barulho abafado.

Ela sorriu.

Com cuidado Kara segurou na maçaneta e ligou o flash do celular ansiosa para ver o que se escondia do lado de dentro.

A porta se abriu com um rangido agourento e a escuridão que se mostrou diante de seus olhos era impenetrável.

Ela ergueu o celular na altura do queixo.

E quando a luz iluminou um grande olho negro e vazio a poucos centímetros de distancia do rosto dela Kara soube que tinha uma alma porque ela saiu pra fora de seu corpo.

— HAAAAAAA!– Alguém berrou atrás dela e Kara se virou em um pulou e enroscou o pé em alguma coisa e caiu no chão com um baque seco, o celular deslizou pelo piso para longe de sua mão.

O aparelho girou pelo chão iluminando rapidamente em flashes rápidos varias partes da sala. Até repentinamente parar quando bateu em alguma coisa.

— HAAA! – Kara gritou quando a luz esbranquiçada iluminou um rosto pequeno e macabro parado a menos de três passos de distancia dela, ela se arrastou para trás e bateu às costas contra a estante de livros.

— HAAAA!– A coisa berrou de volta com olhos fixos nela e então cambaleou dois passos para trás.

Kara reconheceu imediatamente quem era quando olhou para os pés da coisa. A criatura usava pantufas de dinossauro.

Os olhos arregalados e aterrorizados de Luna olhavam para ela como se Kara fosse a assombração.

— Porra!– Ela xingou baixinho totalmente encolhida e trémula no canto.

Então de repente Kara se lembrou do que tinha visto atrás da porta e engatinhou para longe da estante e agarrou o celular do chão.

Ela o apontou para a real ameaça e dessa vez ela conseguiu absorver a imagem inteira e não apenas o olho da criatura.

Ele pertencia a um enorme antílope empalhado e colocado ao lado da porta. O flash iluminou os grandes chifres pontudos, escuros e assustadores e Luna emitiu um barulho choroso antes de sair correndo e a abandonando sozinha na sala.

Kara continuou com os olhos fixos na criatura e a luz deve ter feito algum truque macabro porque a orbe escura pareceu se mexer.

Ela praguejou e se levantou de um pulo e rapidamente bateu a porta, enfiou a chave na fechadura e a trancou a força antes de sair correndo da sala.

Todos os pelos de seu corpo estavam erriçados e ela já podia sentir o suor frio na testa.

Ela tinha certeza de que se olhasse para trás a criatura iria estar logo ali, galopando em sua direção, ela até podia escutar o barulho da perseguição.

Kara atravessou o corredor correndo e saiu na sala de estar e então parou de supetão, quase caído na beirada do tapete.

As luzes da sala estavam acessas.

E Lena estava parada ao pé da escada lançando um olhar severo na direção dela, Luna estava agarrada à perna da mãe, tremula e mais pálida que o normal.

— O que você fez?– Lena perguntou cruzando os braços.

— Eu?!– A voz de Kara saiu ridiculamente fina depois da gritaria. — Não fiz nada!

Ela tentou acalmar a respiração, estranhamente a visão de Lena era um bálsamo para seus olhos e seu coração milagrosamente ainda estava funcionado, talvez não por muito mais tempo considerando a expressão no rosto de Lena.

— Luna?– Lena perguntou olhando para a filha.

Kara engoliu em seco, se a criança contasse alguma coisa ela estaria ferrada.

Luna encontrou os olhos de Kara com os olhos apavorados e Kara achou que ela contaria tudo.

Um minuto tenso se passou antes de Luna dizer baixinho:

—Eu estava procurando você – Ela olhou para a mãe— E me assustei.

—Se assustou com o que, meu amor?

Luna apertou mais as mãos na camisola de Lena e escondeu o rosto contra a lateral do corpo da mãe como um filhotinho.

Lena acariciou os cabelos da filha como se Luna fosse de vidro naquele momento antes de se virar para Kara.

— E o que você está fazendo aqui embaixo?

— Eu estava sem sono – Kara mentiu facilmente— Pensei em ler um livro.

— Você lendo?

— Sim– Kara resmungou nenhum um pouco ofendida— E então sua filha apareceu como um anão das trevas atrás de mim e me assustou.

— Não sou um anão!– Luna protestou ainda com o rosto escondido.

Kara riu um pouco, foi uma risada um pouco histérica.

— Viu? Está tudo bem, nada para se preocupar. Ela ainda está intacta.

— Isso é verdade meu amor?– Lena afastou carinhosamente Luna de sua perna e se abaixou na altura da filha e Kara manteve os olhos bem longe das coxas pálidas quando a camisola de Lena se esticou.

Luna olhou para Kara, e a agente nem por sua vida conseguiu ver ou prever o que a criança diria. Mas Kara sabia que contra Lena ela nunca teria uma chance.

Talvez ela devesse aproveitar o momento e voltar para a sala de leitura, quebrar o vidro da porta e tentar escalar o muro do lado de fora, ela não estava em sua melhor forma, mas nada como o desespero para fazer qualquer um ganhar super poderes.

Porque Luna apenas precisaria mencionar que Kara havia aberto uma das portas da sala de leitura e então tudo iria por água abaixo.

Kara engoliu em seco diante dos grandes olhos de Luna.

— É verdade– Luna murmurou baixinho e Kara assistiu quase em câmera lenta a cabeça da criança descer e subir em confirmação.

O que? Por quê?

Lena estudou cuidadosamente o rosto da filha antes de suspirar e a beijar na testa.

— Tudo bem, meu amor– Lena murmurou se levantando e pegando Luna nos braços, dessa vez Luna não pareceu se importa que Kara estivesse olhando quando se agarrou ao pescoço da mãe e escondeu o rosto ali.

Lena lançou um olhar para Kara que dizia que ela não tinha acreditado em nenhuma palavra das duas antes de se virar para subir.

— Você não vai apagar a luz?– Kara perguntou ainda um pouco atordoada e Lena se virou já no primeiro degrau com uma sobrancelha levantada.

— Estou com as mãos ocupadas.

Kara olhou com suspeita para a pequena forma de Luna nos braços da mãe.

O que tinha dado naquela criança?

— Tudo bem– Kara assentiu e então se apressou até o interruptor, ela o apertou e correu de volta, pulando o primeiro degrau para ficar ao lado de Lena quase ao mesmo tempo em que a luz se apagou.

Lena lançou um olhar estranho na direção dela e Kara sorriu nervosamente de volta.

Elas caminharam pelo corredor juntas e em silencio e Kara ainda podia ver e sentir os olhos da criatura nela, Luna havia se enrolado quase em uma bola nos braços de Lena.

Quando elas pararam em frente ao quarto de Luna a criança murmurou com uma voz frágil contra o pescoço da mãe:

— Posso dormir com você?

Lena franziu as sobrancelhas e então olhou diretamente para Kara como se ela fosse a culpada pelo medo da filha e não o animal horrível e macabro no andar de baixo.

Quem guardava uma coisa daquelas dentro de casa?!

— Tudo bem, mas apenas hoje– Lena disse suavemente passando a mão pelas costas da criança tentando confortá-la.

Kara observou Lena dar meia volta e levar a filha para o seu próprio quarto e a sua parte covarde – que estava levando a melhor no momento– pensou em perguntar se ela podia dormir no quarto de Lena também.

O pensamento se esvaiu de sua mente quase ao mesmo tempo em que surgiu e quando Lena abriu a porta do quarto para entrar e Kara percebeu que iria ficar sozinha no corredor ela correu ate a própria porta, entrou e a trancou atrás das costas antes de mergulhar debaixo do edredom e cobrir a cabeça.

Ela não apagou a luz.

—Pensamentos felizes – Kara murmurou para si mesma— Se concentre em pensamentos felizes.

Quando Kara finalmente conseguiu dormir os sonhos dela foram assombrados por olhos sem vida e por Luna usando uma barba ridícula de anão.

E ai? Curtiram?

Acho que demos o primeiro passo para uma aproximação entre Kara e Luna.

Me conte o que vocês acharam do capítulo, e não se esqueçam de votar! :)

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