Operação Luthor

By _BiaSantos

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Uma coisa é de conhecimento comum para todos os agentes do FBI: Lionel Luthor fabrica drogas ilícitas. Mas o... More

Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 39 parte 2
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51

Capítulo 9

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By _BiaSantos

Oi,

Jantar com os convidados galera.

Boa leitura :) 

Kara levou um pedaço pequeno de peixe à boca e mastigou lentamente antes beber um gole da taça de vinho branco tentando ignorar o olhar fixo que Manoel mantinha no rosto dela.

O rapaz havia deixado um beijo quente muito perto da boca de Kara e acariciado o pulso dela quando tinham se cumprimentaram minutos atrás, e Kara teve que se segurar para não empurrá-lo para longe, desde então Manoel não parava de lançar olhares esfomeados na direção dela, olhares que Kara estava evitando no momento.

—Então, Lilian, querida– Rhea começou olhando para a atriz do outro lado da mesa— Suponho que já tenha começado os preparativos para o evento beneficente de arrecadação de fundos para os orfanatos?

— Sim– Lilian respondeu com um pequeno sorriso. — Estamos um pouco atrasados esse ano, mas acho que conseguiremos terminar a tempo, Lena está me ajudando muito.

—É mesmo querida?– Rhea se virou para Lena com um sorriso quase maternal.

— Estou animada –Lena sorriu— Tenho alguns planos diferentes para esse ano.

— Tenho certeza que vai ser incrível querida–A mulher se virou para o filho— Talvez Manoel possa ajudá-la com os patrocinadores, ele conhece muitas pessoas importantes.

Kara observou os olhos de Lena pousarem no rapaz e achou ter visto uma fagulha de desdém brilhando nas esferas verdes.

— Agradeço a oferta, mas esse ano Kira se comprometeu em me ajudar.

Kara sorriu para os convidados que se viraram simultaneamente para ela tentando se lembrar do momento em que havia concordado com aquilo, mas esse era o problema, ela não tinha concordado.

— Ah, sim?– Rhea lançou para Kara um olhar seco.

— Achei que seria uma boa oportunidade para passar mais tempo com Lena– Kara forçou um sorriso— Tirando o fato que adoro crianças é claro, mas acho que Lena e eu temos que combinar melhor os detalhes, temo ter perdido alguns.

Kara se virou para a esposa com um sorriso pequeno que dizia: Que merda é essa?

Lena sorriu lentamente em resposta, saboreando sua pequena vitória.

— E aonde vai ser esse ano? No mesmo local do ano passado?– Larry perguntou levando a taça a boca.

— Ah não, – Lilian limpou os lábios no guardanapo— Estamos pensando em utilizar o velho salão para o baile, mas Lena está planejando algo na fazenda para as crianças.

— Para as crianças?– Rhea parecia genuinamente surpresa quando olhou para Lena.

Lena sorriu e Kara achou que ela parecia um pouco tímida.

— Pensei que as crianças merecessem um pouco mais de atenção, sempre fazemos um baile, e tentei pensar em algo um pouco diferente esse ano, algo em que pudéssemos incluí-las – Lena explicou enquanto cortava o peixe— Um evento esportivo seria o ideal, mas como estamos muito em cima da hora e as coisas no laboratório estão corridas, acho que um dia de diversão em uma fazenda é uma alternativa interessante, sem câmeras ou preocupações, apenas diversão e doces.

— Isso é incrível Lena– Rhea disse e havia verdade na voz dela, talvez até mesmo orgulho. Ela se virou para Lilian e acrescentou— Que menina de ouro você tem minha amiga.

Lilian sorriu e tocou levemente o ombro de Lena.

— Ela é um anjo.

As bochechas de Lena ganharam uma tonalidade rosa suave, enquanto na cadeira ao lado Kara se empertigou com o arrepio repentino que subiu pela coluna dela com a palavra anjo.

— Aposto que a pequena Luna está animada– Rhea comentou e então soltou o ar como se tivesse se lembrado de alguma coisa— Eu a vi na escolinha de futebol um dia desses quando fui assistir o filho de uma amiga, e me assustei, ela está tão grande Lena e a cada dia fica mais parecida com você.

Kara quase bufou.

Desde quando aquela criaturinha era grande?

Então Lena começou a responder as perguntas intermináveis de Rhea sobre Luna e Kara sabia que com aquele assunto elas tinham conversa para três dias no mínimo. Pelo menos eram assim com a mãe dela, quando ela começava a contar sobre a vida dela e a de Alex para as amigas Kara costumava se sentar e tirar um cochilo.

Em um movimento mal calculado Kara virou o rosto e os olhos dela se encontraram com os olhos escuros do herdeiro Daxam. Ele torceu os lábios levemente em desgosto enquanto Lena respondia a Sra. Daxam.

Manoel levantou o guardanapo e fingiu limpar a boca enquanto com os lábios formava palavras que apenas Kara poderia ver.

Quero te ver mais tarde.

Kara esperou um segundo para ter certeza que havia mesmo entendido certo. Aquele homem estava mesmo procurando um encontro com ela na mesma mesa em que a esposa dela estava sentada? Qual era o problema com os amantes de Kira? Eles não tinham nem um pingo de amor a vida?

Kara virou a cabeça levemente para o lado para fazer um movimento discreto de negação quando capturou os olhos escuros de Alana nela, o canto da boca da mulher se torceu em desgosto para Kara.

Alana havia reparado na interação e não estava nem um pouco feliz com ela. Porém quando Lex chamou a atenção dela para a conversa que havia começado com o Sr. Daxam e com o pai ela foi obrigada a desviar a atenção de Kara.

Os olhos de Manoel escureceram quando Kara negou o pedido dele silenciosamente.

Ela definitivamente já estava com a corda no pescoço pelo encontro com Mary de manhã ela não precisava ser pega com um dos amantes de Kira para terminarem de enforcá-la.

Kara pressionou a faca com mais força no prato de porcelana quando unhas afiadas se fincarem na coxa descoberta dela e levantou os olhos para Lena em questionamento e então seguiu os olhos dela até Rhea que a encarava com uma sobrancelha arqueada.

— Desculpe, o que disse?– Kara se desculpou.

— Perguntei como foi a viagem de negócios.

— Ah, a viagem, sim, foi ótima– Kara sorriu— Meu sócio esta cuidando de alguns detalhes ainda, mas as coisas estão indo bem.

Sócio que até onde ela sabia era inexistente, e negócios uma pinóia, Kira havia passado as férias no Brasil provavelmente pulando da areia da praia para os salões de festas.

— E quando você volta para a França?

Era impressão dela ou a mulher a estava enxotando dali?

— Ah, não sei– Ela sorriu e tocou a mão sobre a mão de Lena que estava sobre a mesa— Estava pensando em ficar alguns meses, estou morrendo de saudades das minhas meninas, e meu sócio pode dar conta dos negócios sozinho por enquanto.

Lena sorriu levemente para ela.

— Confesso que fiquei surpresa quando Lilian me contou que você estava viajando a negócios, Larry e eu achamos que você nunca seguiria carreira– Rhea tinha um pequeno tom desdenhoso na voz.

— Ah, nós também ficamos muitos surpresos Rhea – Lex comentou da cadeira ao lado do pai com um sorrisinho— Nunca achei que ouviria a palavra trabalho e o nome de Kira na mesma frase.

— Você esta exagerando querido cunhado– Kara respondeu e olhou para a mulher ao lado dele— Alana diga a eles se eu falo de negócios o tempo todo quando estamos juntas.

— É verdade– Alana sorriu levemente mal escondendo a irritação quando olhou para Kara– Kira tem habilidades surpreendentes em algumas áreas.

— Ah, então porque não nos contas mais? Estamos muito interessados em ouvir– Lex grunhiu apertando a taça de vinho branco.

— Eu até faria, mas não acho que esse jantar seja sobre negócios, não é querida?– Kara olhou para Lena e apertou a mão dela.

— Não– Lena respondeu com pequeno sorriso. — É claro que não.

A mesa ficou em silêncio por alguns segundos, mas a conversa foi rapidamente resgatada por Lilian.

— Como está Anastácia e o bebê?– Ela perguntou do acento ao lado de Lionel com animação como se tivesse acabado de se lembrar do fato, quando Kara tinha certeza de ela estava apenas preenchendo o silêncio— Soube que é uma menina.

Depois de lançar um último olhar para Kara, Rhea se virou para amiga com um sorriso afável no rosto.

Kara voltou à atenção para o prato e comeu em silêncio enquanto as conversas na mesa se animavam com perguntas sobre o bebê da tal Anastácia, até mesmo Lionel fez algumas perguntas, não que Kara estivesse olhado muito na direção dele.

Depois que a sobremesa foi servida e Kara continuou ignorado os olhares de Manoel, a atenção dela foi chamada para uma conversa entre Lionel e Larry sobre os laboratórios da Luthor-Corp.

— O incêndio foi muito pequeno– Disse Lionel com a voz rouca e mansa, bem diferente da voz que havia usado com Kara horas atrás— Mas asseguramos que todos os funcionários fossem evacuados do local.

— Rhea e eu ficamos muitos surpresos quando a notícia não foi divulgada, nós apenas descobrimos porque um dos funcionários é um grande amigo da família e nos contou, caso contrário estaríamos completamente ignorantes.

Kara observou uma sombra escurecer os olhos de Lionel.

— Foi bem pequeno como já disse, não havia necessidade para alarde.

— Sorte sua– Manoel se pronunciou em uma das poucas vezes que participou das conversas durante o jantar. — Apenas uma fagulha geralmente já é o necessário para mídia nos sobrevoar como abutres.

— Bem falado filho– Larry sorriu para o rapaz e Kara achou ter visto olhares iguais de desdém passar pelos rostos de todos os Luthor.

Finalmente algo em comum entre eles.

— Mas como está indo o novo hospital?– Lionel perguntou com um sorriso interessado e então Larry começou a falar alegremente sobre construção e funcionários, às vezes pedido ao filho para confirmar algumas informações.

Kara levou a colher de mouse a boca e saboreou o gosto do chocolate que havia sido negado a ela por um mês inteiro e quase gemeu.

Um incêndio então? Onde todos os funcionários do laboratório haviam sido evacuados e mesmo assim poucas pessoas sabiam sobre o incidente? Interessante.

Talvez ela precisasse fazer uma visita a Luthor­- Corp em algum momento, de preferência logo.

A empresa havia sido a primeira área estuda pela equipe dela. A princípio a idéia tinha sido colocar um agente disfarçado como funcionário dentro da empresa para obter informações e descobrir se a droga estava sendo fábrica ilegalmente dentro de um dos laboratórios, mas conseguir um emprego na Luthor- Corp tinha se mostrado mais desafiador do que qualquer um deles poderia imaginar, a empresa tinha uma fila interminável de currículos espetaculares a disposição. Mas Kara devia ter desconfiado que houvesse alguma coisa errada quando John descartou o plano e logo depois Kira tinha surgido "magicamente" na frente deles.

Agora ela entedia que Kira não tinha simplesmente caído como um salva-vidas e que ela deveria ter parado para pensar e considerado algumas coisas antes de embarcar naquela loucura.

Kara não falou muito, fazendo comentários somente quando solicitada, Lena havia tido que chamar a atenção dela mais duas vezes, John e o episodio com Mary estavam frescos demais na mente dela, e era fácil se deixar levar por eles sentada em uma mesa onde as pessoas discutiam futilidades e negócios.

Depois da sobremesa todos se levantaram para irem se sentar na sala de jantar e foi nesse momento que Manoel a agarrou pelo cotovelo.

Ela observou com uma pequena pontada de irritação como Lena seguia Rhea, conversando animadamente com a mulher e se esquecendo completamente dela.

— Me ignorando, não é?– O homem perguntou baixinho aproximando o rosto do de Kara e apertando mais os dedos no braço dela.

Sério, o próximo que tocasse nela iria chorar amargamente.

— Impressão sua– Kara respondeu entediada segurando a vontade de socar Manoel até que ele implorasse para ela parar com lágrimas nos olhos.

Manoel riu baixinho.

— Vejo que ainda gosta de brincar. — A próxima pergunta foi feita em uma voz seca—O que houve com seu celular?

— Meu celular?– Kara franziu as sobrancelhas.

— Sim, seu celular– Ele repetiu sem paciência— Tentei ligar inúmeras vezes nos últimos seis meses e nada.

— Ah, eu troquei o número – Kara respondeu simplesmente.

—Trocou e não pensou em me avisar?– Ele rosnou baixinho puxando-a para perto.

— Desculpe?– Kara questionou com um sorriso— Acho que está confundindo os papeis, na ultima vez que verifiquei Lena ainda era minha esposa, e se me der licença ela esta me esperando.

Ele era apenas mais um amante, ela poderia se livrar dele do mesmo modo que havia feito com o jardineiro.

— Você não vai a lugar nenhum!– Ele grunhiu e agarrou o outro braço dela e a virou completamente para ele. — Acha que pode brincar comigo assim? Acha que pode me ignorar por seis meses e ainda falar comigo nesse tom?!

Kara olhou para ele e viu a obsessão escritas em todas as linhas do corpo forte, desde o modo como ele a segurava tão próxima como se achasse que ela iria sumir novamente até a escuridão louca que havia nos olhos dele.

— Me solte– Ela pediu lentamente estudando todos os movimentos dele— Ou juro que vou gritar.

—Nos dois sabemos que você não vai – Ele disse com tanta certeza como se já tivesse passado por aquilo antes — Agora nós vamos ter uma conversa sobre sua punição por me abandonar.

— Não posso te abandonar quando não somos nada– Kara respondeu, ela já estava cansada dele, ela já estava sentindo falta do jardineiro.

Manoel riu baixinho e se aproximou como se estivesse pronto para contar um segredo para Kara.

— Você é minha– Ele sussurrou próximo no ouvido dela— Achei que já tinha aceitado isso minha querida. Entramos nessa juntos e vamos continuar juntos– Kara sentiu uma vontade imensa de socar o estômago desprotegido dele e acertar o joelho entre as pernas espaçadas.—Esqueça todas as viagens e compromissos que planejou porque planejo tê-la somente para mim nos próximos dias, meses e anos.

— Você só pode estar lou–

A frase de Kara foi cortada subitamente quando os lábios dele se pressionaram sobre os dela com força suficiente para machucar e os braços fortes a apertaram dolorosamente.

O estômago de Kara embrulhou e ela quis se afastar e socar tanto o rosto dele que ele ficaria irreconhecível e ela estava pronta para fazer isso quando alguém chamou o nome dela de repente.

Não era Lena, foi à primeira coisa que ela notou.

É claro que não.

Manoel não se afastou para ela poder ver Shiobban.

Kara teve que acertar o estômago dele para ganhar espaço, e fez isso com força o suficiente para que ele se engasgasse, só então ela conseguiu dar um passo para trás, mas por mais que estivesse se contorcendo Manoel ainda mantinha uma mão firme no braço dela.

— Sra. Kira!– Shiobban exclamou novamente da porta da cozinha de olhos arregalados.

Manoel olhou com uma promessa de violência para a funcionaria enquanto segurava o abdômen.

— Sra. Kira preciso que venha urgentemente para a cozinha – O rosto de Shiobban estava pálido.

Kara rapidamente se desvencilhou da mão de Manoel e começou a caminhar em direção a empregada, ignorando e puxando o braço com força quando ele se recusou a solta-lá, a pele do braço dela queimou quando as unhas dele a arranharam sobre a ceda do vestido.

Kara chegou à cozinha enjoada e querendo arrancar o salto e fazer Manoel o engolir.

Ela estava resfolegando a ponto de estourar.

Quando tudo aquilo acabasse ela iria fazer uma visitinha a ele, é claro que iria e iria levar aquele salto com ela.

— Você está bem Sra. Kira?

Kara ergueu os olhos para Shiobban, ela estava parada ao lado de uma mesa pequena de madeira e ainda tinha os olhos arregalados.

— Obrigada– Ela disse honestamente.

— Sempre que precisar senhora.

Kara suspirou e passou a mão pela testa, estava suada, então caminhou até um dos armários e pegou um copo e encheu de água gelada.

A frieza da água não apagou nem um pouco do fogo assassino que percorria seus membros naquele momento.

— Não conte a ninguém o que viu– Kara ordenou colocando o copo sobre a pedra escura da pia.

— Sou um tumulo senhora.

Kara suspirou e ajeitou a franja no reflexo do microondas e limpou o batom da boca o melhor que pode antes de marchar para fora da cozinha com Shiobban nos calcanhares.

Shiobban ficou para trás quando ela chegou à sala querendo subir as escadas e afundar na cama.

Todos estavam conversando animadamente e indiferentes ao ódio que ela sentia queimando por todo o corpo. Kara caminhou até onde Lena estava e se sentou ao lado dela no sofá e zangada pegou a mão pálida e a entrelaçou com a dela, Lena enrijeceu.

— Porque demorou tanto?– Lena sussurrou entre dentes enquanto a olhava com um sorriso perfeito no rosto.

— Não estava me sentindo muito bem, fui pegar um remédio– Kara respondeu baixinho e passou o polegar sobre o pulso macio de Lena.

Lena respondeu com um bufo.

Kara não olhou para o lugar onde Manoel estava sentado apesar de poder sentir os olhos dele queimando a lateral do rosto dela como um ferrete.

— O que há de errado?

— Nada de mais– Kara respondeu e quando Lena arqueou uma sobrancelha ela sorriu — Preocupada comigo, meu anjo?

— Não, só quero ter certeza que não vai vomitar em cima de mim – Lena murmurou e se virou para voltar à conversa com as outras mulheres da sala.

Ela já estava quase perdendo a conta de quantos machucados havia adquirido naquele dia. Uns doíam mais do que outros.

Durante o resto da noite Kara permaneceu em silencio distraidamente brincando com os dedos de Lena.

Alana tentou chamar a atenção dela incontáveis vezes, mas Kara apenas respondeu vagamente as perguntas dela, ela achou que Lex merecia uma folga antes que a veia da testa dele – que sempre surgia quando ele olhava para Kara – explodisse.

Em determinado momento ela descansou a cabeça no ombro nu de Lena e sentiu uma leve tensão percorrer o corpo dela, Lena demorou a relaxar a postura, mas mesmo quando o fez Kara ainda podia sentir um resquício da dureza nos movimentos dela, mas era muito discreto para alguém além dela que estava encostada contra o corpo de Lena perceber.

Ela fez isso principalmente para manter a farsa de casal apaixonado e para irritar Rhea que parecia não gostar muito dela, principalmente quando ela estava perto de Lena, mas o dia havia sido uma merda, ela estava cansada e queria um travesseiro por mais que soubesse que teria outra noite em claro, mas isso não a impedia de querer se deitar em um lugar macio e esse era o principal motivo dela estar encostada em Lena, Kara a usaria como travesseiro, ela era macia e certamente tinha um cheiro melhor do que o perfume adocicado que havia no travesseiro de Kira. Lena cheirava a maçã verde e frutas cítricas, era bom.

Os convidados foram embora bem mais tarde do que ela tinha imaginado, mas depois de subir para o segundo andar com Lena– que a empurrou para longe assim que ficaram fora de vista– Kara trancou a porta do quarto, retirou os saltos e deixou o vestido jogado no tapete antes de correr para o banheiro e mal teve tempo de se abaixar no chão antes de despejar as tripas na privada.

Ela tinha tido que aturar um beijo de despedida de Manoel, ela tentou um aperto de mão, mas ele a tinha puxado e pressionado os lábios contra a bochecha dela.

Ainda não terminamos, ele tinha sussurrado no ouvido dela.

Kara escovou os dentes três vezes e esfregou tanto os lábios que eles ficaram machucados.

Então ela se deitou na cama e olhou para o teto se sentindo sozinha como não se sentia a muito tempo.

E ai? Curtiram?

Votem no capítulo e me contem nos comentários o que vocês acharam ;)

See you later! :)

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