Hershe - Seulrene

By KidleaderKim

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Quando duas pessoas encontram algo que não estavam esperando. [Office - Fluffy - Love - Seulrene - Red Velvet... More

Recém Chegada
Aniversário
Chupão
Mais Perto
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Plano
Bêbada
Visitante
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Café da Manhã
Acaso
De Volta
Casal
Namorada
Guerra
Quiz
Honey
Momentos
Passeio
Cara
Confissão
Verdade
Encerramento
Ressaca
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Encontro
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Hospital
Tarde
Amigos
Lágrimas
Jogo
Pernoite
Sofá
Acordo
Família

Livre

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By KidleaderKim


Depois de molhar todo o Resort, a chuva do lado de fora diminuiu para uma garoa fraca. As pessoas começaram a sair de onde estavam escondidas. Algumas crianças voltaram para a praia para brincar na areia e na água do mar. Mesmo que a chuva ainda não tivesse parado completamente, tudo estava voltando lentamente ao normal.

Já fazia uma hora desde que Joy saiu e o quarto ainda estava sem vida. Seulgi estava na cama, não se movendo do local onde Joy a deixou, ainda pensando no que aconteceu. Desta vez, ela sabia que era real porque sentia que Joy tinha tomado parte do seu corpo quando saiu pela porta.

Seulgi ouviu o telefone tocar. Preguiçosamente, esticou o braço para pega-lo na mesa de cabeceira. Era Amber quem estava ligando.

Algo da visão periférica chamou sua atenção. Ela viu uma chave familiar sobre a mesa, cópia de sua chave da porta do apartamento. Ela desbloqueou o celular e atendeu a ligação.

– Ei, Am. - Ela soltou.

Cara, o que foi? Como você está? - Amber perguntou.

– Eu, uh ... não muito bem? E você? - Perguntou.

Estou bem. Estou voltando para Seul. Joy ainda está ai? - Ela soltou.

Seulgi apertou a mão dela com a chave que havia pego. – Não. Ela foi embora há uma hora. - Respondeu.

Oh. Então, o que aconteceu? - A tomboy estava curiosa sobre tudo.

– Acabou. - Disse Seulgi, suspirando. – Ela já me devolveu a chave do apartamento. -

Oh. Ela está indo embora de novo? - A voz de Amber havia mudado agora, para um tom mais triste.

– Mais ou menos isso. Ela disse que devemos ficar longe uma da outra por enquanto.- Seulgi a respondeu olhando para a varanda.

Honestamente, eu tinha medo que ela fizesse isso. - A tomboy confessou.

– Eu gostaria de poder fazer algo sobre isso, mas ela já decidiu. - Seulgi respondeu com um suspiro.

Posso não gostar disso , mas acho que vocês fizeram a coisa certa. - Amber falou com sinceridade, tamborilando os dedos no volante.

– Você acha? - Seulgi ficou feliz em ouvir isso. Pelo menos ela sabia que havia outra pessoa que pensava terem feito o certo.

Sim. Pode não ser tão óbvio, mas eu podia ver que vocês estavam tendo dificuldades uma com a outra. Pelo menos depois disso, ela agora pode se concentrar completamente em Sungjae sem pensar em seu passado não oficial. - Amber respondeu Seulgi.

– Estou triste, mas tenho que admitir que tudo parece mais leve ao mesmo tempo por causa disso. - Disse Seulgi, sorrindo um pouco agora.

Estou feliz em ouvir isso de você, Cara. Estou preocupada que você passe por outro processo de recuperação novamente por causa dela. - Respondeu.

– Não. Isso não vai mais acontecer. Sinto muito, cara. - Seulgi a respondeu.

Huh? Pelo que? - Amber a questionou.

– Por incomodar tanto você. Porque depois que ela foi embora eu acabei ficando deprimida e desanimada, e você sabe do resto. - Seulgi confessou.

Não precisa falar sobre isso. Para que servem as amigas, certo? - Amber falou.

– E sinto muito que nossa amizade tenha sido afetada por causa do que aconteceu entre Joy e eu. - Seulgi continuou.

Pssh, vamos lá. Não se preocupe. Acredito que o tempo possa curar vocês duas. Pode não ser hoje ou amanhã, mas isso acontecerá em breve. Vocês duas voltarão a ser amigas e nosso trio será refeito. Isso vai ser em pouco tempo, ok? - Amber falava com certa animação na voz.

O otimismo trouxe alegria a Seulgi. – Acredito que sim. -

Isso vai acontecer em breve, acredite em mim. Deixe que ela se concentre em Sungjae por enquanto e você deve se concentrar em Irene também. - Amber respondeu.

Seulgi voltou aos seus sentidos depois de ouvir esse nome. O doce sorriso de Irene de repente passou por sua mente. Seulgi pode não ter percebido isso imediatamente, mas Irene era a pessoa que a fez se sentir inteira novamente depois de Joy.

E por falar nisso, eu estou ligando para saber de Irene também. Ela já está ai? - perguntou Amber.

Os olhos de Seulgi automaticamente procuraram no quarto, como se estivessem checando se ela estava sozinha ou não. – Ela ainda não está aqui, cara. Na verdade, eu não a vejo desde que acordei esta manhã. - Respondeu.

Hmmm ... - Amber soltou.

– Por quê? Algo errado com ela? - Seulgi perguntou.

Eu ... uh ... não sei se minha intuição está certa ... mas acho ... tenho a sensação de que Irene gosta de você, Seul. - Amber confessou.

– C-como você pode dizer isso? - Seulgi a respondeu.

É apenas um pressentimento, mas sim, acho que ela tem ciúmes de Joy do mesmo jeito que Joy tem ciúmes dela. Eu estava com ela esta manhã. Tivemos uma rápida conversa sobre você e Joy. Depois disso, ela me disse que voltaria para o quarto de vocês imediatamente. Estou dirigindo há mais de uma hora e ela ainda não voltou para ai. Acho que ela não está bem. - Amber falou.

– Eu ... eu não entendi, cara. Joy me disse que ela saiu cedo esta manhã para nos dar tempo para conversar. - Seulgi a respondeu.

Pode parecer isso, mas acho que não era realmente o que ela queria que acontecesse... - Amber confessou.

Seulgi rangeu os dentes. – Ela disse alguma coisa para você? -

Não muito. Ela continua dizendo que está bem, mas eu realmente acho que ela não está. Eu posso ver isso em seus olhos, cara. Eu não quero te dar uma falsa esperança sobre isso, mas eu realmente tenho um palpite de que ela tem medo de perder você. para Joy. - Amber continuou explicando seu ponto de vista.

Seulgi levantou-se da cama e caminhou de um lado para o outro enquanto massageava suas têmporas com uma mão. – O que devo fazer quando ela voltar aqui? - Perguntou.

Observe-a primeiro. Não acho que se confessar seja a melhor maneira de fazer ainda. - Amber a orientou.

– Não foi você quem me disse ontem para me confessar? - Seulgi arqueou a sobrancelha, confusa.

Bem, é uma situação diferente desta vez. Você veio de um 'rompimento', certo? Você não gostaria que Irene sentisse que ela é uma 'recuperação'. - Amber explicou.

– Oh. - Seulgi coçou a cabeça. – Talvez você tenha razão. -

Apenas a observe por enquanto. Observe as coisas que ela vai fazer depois que você contar o que aconteceu na conversa entre você e Joy. -

– Eu vou fazer isso, Am. - Seulgi a respondeu.

Tudo bem, então ... acho que te vejo em breve. - Amber a respondeu, se despedindo.

– Sim, sim. Vejo você em breve, Am. Obrigada. - Depois disso ambas desligaram.

---

Irene estava caminhando pela praia naquele momento, enquanto observava as crianças brincando e correndo. Ela olhou para o relógio e notou que já passava das 10h30. Ela não havia percebido como o tempo voou rapidamente. Sua mente estava totalmente ocupada com sua ansiedade.

Ela sabia que a conversa já havia terminado a essa hora , assim como Joy havia prometido. No entanto, ela tinha medo de voltar ao quarto. Ela estava morrendo de vontade de saber como a conversa terminou, mas ela não queria pensar nisso porque estava com medo da resposta que receberia.

---

O som da água corrente do banheiro estava ecoando naquele quarto silencioso. Seulgi desligou o chuveiro para verificar se podia ouvir algum movimento. Para sua tristeza, não ouviu nada.

Seulgi saiu do banheiro, secou-se e trocou de roupa. Ela pegou o celular na mesa de cabeceira, planejando fazer uma ligação, mas ficou decepcionada ao ver o telefone de Irene lá também. Ela suspirou e sentou-se na cama. Depois de tudo o que havia acontecido, tudo o que ela queria fazer agora era ver Irene.

---

11:07 da manhã.

Irene olhou o relógio depois de andar pela loja de souvenirs, procurando comprar algo para sua mãe. Ela sabia que precisava voltar agora para arrumar suas coisas. Embora ela não entendia por que estava agindo da maneira que estava, ela sabia que precisava se acalmar. Seja qual for o resultado, ela enfrentaria isso com total coragem.

Irene passou pelo saguão e entrou no elevador. Não havia ninguém no corredor quando ela saiu do mesmo, fazendo-a sentir-se mais tensa.

Ela deu um passo à frente e sentiu o seu coração apertar. Cada passo que levava ao quarto estava a deixando com falta de ar, uma dor no peito inexplicável. Estava tão silencioso que ela podia ouvir seu próprio coração batendo forte no peito.

Depois de mais alguns passos, ela finalmente chegou ao quarto delas. Ela ficou de pé em frente à porta, respirou fundo enquanto olhava para a etiqueta: Quarto 707.

Ela levantou a mão, mas hesitou em bater, pensando se Joy ainda poderia estar lá dentro.

Ela colocou a orelha contra a porta para ouvir qualquer som dentro. Para sua decepção, ela não ouviu nada além do ar condicionado ligado.

– Irene? - Alguém a chamou.

Irene foi pega desprotegida quando alguém no final do corredor a chamou. A voz era suave e baixa, mas Irene ouviu como se estivesse ao seu lado, alta. Essa era a voz que ela estava esperando ouvir chamar seu nome desde a noite passada.

– Onde você esteve? - Seulgi caminhou em direção a Irene, mãos segurando em sacos de papel. – Eu estava começando a ficar preocupada, você sabe. - Ela dizia.

Os olhos de Irene se arregalaram, sem saber que ela deu um passo para trás devido ao choque. – Eu estava ... eu estava apenas passeando. - Disse ela, levantando o saco de papel na mão. – Comprei lembranças para minha mãe. -

– Ah, é mesmo? Eu comprei lembranças também para papai e Wendy. - Respondeu.

Irene arqueou as sobrancelhas. Ela ainda não entendia o papel de Wendy na vida de Seulgi. Mas então, ao ver o sorriso de Seulgi tudo parecia certo novamente. – Eu não vi você na loja de souvenirs. - Ela respondeu.

– Sim, eu também não te vi ... - Seulgi virou-se para a porta e inseriu o cartão para abri-la. Ela entrou imediatamente e sentou-se na cama de costas. – Ooh, eu vou sentir muita falta dessa cama! - Ela confessou.

Irene deixou seus sacos de papel no chão, se perguntando por que Seulgi parecia feliz. Agora, ela estava pensando se devia perguntar como foi a conversa ou apenas esperar que Seulgi contasse a ela sobre isso.

– Há algo de errado? - Perguntou Seulgi, levantando a cabeça.

– Nada. Eu só ... eu simplesmente não posso acreditar que dois dias se passaram assim. - Irene falou em um tom baixo mas audível.

– Sim eu também. - Seulgi esticou os braços e arqueou as costas. – Esta é a minha visita mais inesquecível daqui. - Respondeu.

Irene podia não admitir isso para si mesma ainda, mas de alguma forma esperava que fosse uma das razões para isso. Ela sentiu vontade de perguntar novamente sobre Joy, mas mudou de idéia no último minuto. Em vez disso, ela caminhou em direção ao armário e começou a tirar as roupas.

– Como você está se sentindo? Você não está doente ou algo assim? Você estava tão bêbada ontem à noite. - Perguntou Irene.

– Tive uma dor de cabeça terrível quando acordei esta manhã. - Respondeu.

– Você quer que eu consiga uma aspirina para você? - Irene a olhou.

– Não. Estou bem agora. - Disse Seulgi, parecendo alegre. – Eu não sei por que, mas minha dor de cabeça acabou. Talvez eu tenha me distraído. - Respondeu.

Sim, distraído por Joy. Irene revirou os olhos. – Oh, ok. Só estou preocupada se você vai ser capaz de nos levar para casa mais tarde. - Respondeu.

– Não se preocupe. Estou em perfeito estado agora. - Seulgi dobrou o cotovelo em um ângulo de 90 graus e bateu no bíceps com a mão esquerda.

– Tudo bem, se você diz. Apenas certifique-se de me devolver à minha mãe com partes do corpo completas. - Irene brincou.

– Claro. Eu não faria nada para machucá-la, você sabe. - Seulgi respondeu.

Irene levantou uma sobrancelha interrogativa. Por qualquer motivo, ouvir a palavra 'machucar' a lembrou do que ela havia passado antes.

–O que foi? - Perguntou Seulgi.

– Nada. - Irene respondeu sem a olhar.

– Humm, Irene? - Seulgi a chamou.

– Sim? -

– Como eu cheguei aqui ontem à noite? - Perguntou a mais velha.

Irene segurou a porta do armário com a mão esquerda antes de olhar para Seulgi. – Ela acompanhou você de volta aqui. - Respondeu.

– Onde você estava então ...? - Seulgi perguntou.

– Bem, Amber estava muito ruim ontem à noite, então Sungjae e eu a ajudamos a reservar um quarto. - Respondeu.

Os olhos de Seulgi seguiram Irene enquanto a última estava tirando as roupas do armário e arrumando cada uma em sua mala. – Por que Joy não ajudou Sungjae com Amber? -

– Eu realmente não sei. Sungjae perguntou a ela, mas ela disse que estava tonta. Isso me fez pensar em como ela pode acompanhá-la aqui se ela estava tonta. - Irene falou.

Seulgi tentou segurar o sorriso, encarando Irene um pouco ciumenta.

– Mas quando cheguei aqui, percebi por que ela fez isso. - Continuou Irene antes que Seulgi pudesse dizer qualquer coisa.

– Nós estávamos fazendo algo quando você veio? - Perguntou.

– Hmmm, além de ela bagunçar seu cabelo enquanto você dormia? Acho que não. Não sei se devo fingir estar com ciúmes. - Disse Irene, batendo os dedos na porta do armário. – Mas quando a vi em pânico, percebi que deveria agir com calma. - Respondi.

– Então, o que você disse a ela? - Seulgi perguntou.

– Agradeci a ela por cuidar de você e depois ela me agradeceu por ter arrastado você até aqui. Foi quando percebi que era o melhor momento para perguntar a ela sobre você. Acontece que ela também estava planejando conversar com você nesta viagem, então essa foi a oportunidade que ela achou de pedir minha permissão para que vocês conversassem. - Irene explicou.

– E você disse que sim? - Seulgi perguntou.

– É claro. Foi para isso que viemos aqui, certo? Para estabelecer seu relacionamento com ela? - Respondeu.

– Sim ... mas era isso que você realmente queria que acontecesse? - Seulgi questionou.

Irene parou por um segundo. Ela sentiu a sensação melancólica de voltar mais cedo. Ela continuou arrumando sua mala depois de expirar.

– Não tenho o direito de dizer não, Seulgi. Só estou fingindo ser sua namorada, lembre-se disso. - Respondeu.

– Eu sei, mas estou curiosa ... - Seulgi falou.

– Sobre? -

Seulgi coçou a parte de trás da cabeça, parecendo hesitante. – Eu só estou pensando ... Se alguma vez ... digamos ... quero dizer ... se você fosse minha namorada de verdade, poderia ter dito não ...? - Seulgi perguntou, mordendo a parte interna da bochecha.

Às vezes, Irene se pergunta como Seulgi consegue fazer isso: fazer perguntas sem que ela se sinta irritada. Com certeza, se algum homem perguntasse a mesma coisa, ela responderia com de modo ignorante. Mas é diferente com Seulgi. Irene não entendia se era a voz suave de Seulgi que fazia esse truque, ou seja o que for, ela não tinha coragem de resistir a elas.

– Eu não sei, Seulgi. - Ela respondeu fracamente.

– Oh, tudo bem. - Seulgi assentiu. Ela se levantou da cama e caminhou em direção ao sofá perto da varanda onde estava sua mala.

–Mas acho que ficaria com medo. - Sussurrou Irene do nada. – Se ... se eu fosse sua namorada de verdade, acho que ainda permitiria que você conversasse com ela, mas isso realmente me incomodaria ... - Respondeu.

Isso fez Seulgi olhar de volta para Irene. – Por que você faria isso? Isso não a deixaria desconfortável? - Perguntou.

– Eu ainda permitiria, porque eu gostaria que você pesasse seus sentimentos por nós duas. Mas com certeza eu estaria morta de preocupação. - Irene foi sincera.

– Por quê? - Seulgi perguntou novamente.

– Ela veio antes de mim, em primeiro lugar, e vocês ficaram juntas por muito tempo. Como eu iria competir com isso? - Disse Irene. Agora elas estavam de pé, de frente uma para a outra, no quarto.

– Você tem medo que eu possa voltar com Joy depois da nossa conversa? - Seulgi perguntou.

Irene suspirou e olhou para o chão logo confessando. – Sim. -

– Sério? - Seulgi perguntou.

– Se eu fosse sua verdadeira namorada, Seulgi. SE. - Irene ponderou.

– Sim. - Seulgi riu. – Mas caso você fosse minha verdadeira namorada, estou lhe dizendo agora que não deve se preocupar muito com isso. - Seulgi respondeu.

– E por que? - Irene franziu a testa.

Seulgi respirou fundo. – Joy pode ter ocupado esse espaço em mim antes e por anos, mas agora ela está livre. - Disse Seulgi, abrindo as mãos.

– O que você quer dizer...? - Irene perguntou.

– Estou livre agora, Irene, totalmente livre dela. - Seulgi confessou com um leve sorriso.

Irene sentiu que um peso enorme foi retirado de seu peito. – Vocês ... vocês terminaram? - Ela perguntou.

–Sim. Algo assim. - Seulgi a respondeu.

Irene largou as roupas e caminhou até Seulgi. – Então ... então, como você está se sentindo agora? Você está bem? - Ela perguntou, apertando o ombro de Seulgi. Ela se sentiu preocupada porque tudo seria um fracasso se a separação colocasse Seulgi de volta na miséria.

– Acho que sim. - Disse Seulgi, sorrindo. – Eu nunca estive melhor. Na verdade, eu senti como se tivesse terminado uma jornada em que sempre viajei sozinha. - Ela explicou.

Irene não pôde evitar desta vez. Ela colocou os braços em volta do pescoço de Seulgi e apertou a última com força em um abraço. – Eu estou tão feliz por você! Você finalmente conseguiu, Seulgi! - Ela falou.

Seulgi cambaleou um pouco para manter o equilíbrio, involuntariamente colocando um braço em volta da cintura de Irene. – Sim, haha. Eu consegui. - Seulgi respondeu.

Irene se afastou, os braços ainda em volta dos ombros de Seulgi. – Você tem certeza que está bem? - Ela olhava Seulgi fixamente.

– Sim, Baby, eu estou bem. - Disse Seulgi, radiante. – Obrigada pela ajuda. -

– De nada, Honey. - Disse Irene sorrindo de volta.

– Que tal fazermos um lanche em Seul antes de levá-la para casa? - Seulgi perguntou.

– Hum, me parece ótimo. - Irene respondeu.

– Tudo certo? - Seulgi levantou o punho esperando pelo de Irene.

Irene exibiu seu sorriso doce, batendo o punho com o de Seulgi. – Tudo certo. -

---

Irene saiu do quarto primeiro e caminhou direto para a área do elevador.

Seulgi fechou a porta atrás dela e notou a porta do outro lado do corredor. Parecia que ninguém estava lá dentro no momento. Ela não conseguia ouvir nenhum movimento. Ela respirou fundo enquanto se afastava, silenciosamente agradecendo a Joy por tudo o que fez.

---

– Olá Cutie. -

A mulher tatuada chamou-as quando estavam caminhando em direção à área de estacionamento. Seulgi acenou com a mão. – Olá, e ai? -

Irene instantaneamente agarrou o braço de Seulgi com força, esperando que a mulher não contasse a Seulgi sobre sua conversa de mais cedo.

– Estou bem. Acabei de vir do meu almoço. - A mulher notou suas malas. – Vejo que você está saindo agora, hein? - Ela dizia.

–Sim. Vai ser uma volta de três horas de carro. - Disse Seulgi dando de ombros.

– Então, vocês duas estão bem agora? - Perguntou.

– Bem? - Seulgi pareceu intrigada.

– Sim, estamos bem. - Irene interrompeu, apertando o braço de Seulgi contra seu corpo. – Estamos sempre bem, certo, Honey? -

– S-sim. - Seulgi não tinha certeza porque Irene estava agindo dessa maneira. Então ela percebeu que Irene poderia estar brincando, porque a mulher tatuada as considerava um casal de verdade. – Por que não ficaríamos bem em primeiro lugar? - Perguntou.

– Só estou me certificando de que você não tem dúvidas em relação a sua namorada, Cutie. - Disse a mulher, fazendo Irene engolir algo em sua garganta.

– Dúvidas ? - Seulgi olhou para Irene e voltou para a mulher. – Eu não teria dúvidas sobre este bebê aqui. -

Irene quase derreteu ali. Ela sentiu a sua mão sendo apertada com mais força, o que a fez descansar o queixo no ombro de Seulgi. Às vezes, ela não estava ciente do que estava fazendo. Seu corpo automaticamente fazia as coisas sem seu consentimento.

– É bom ouvir isso. Não faça sua namorada chorar, ok?. - Disse a mulher, socando levemente Seulgi no braço.

– Haha! Eu não vou. - Ela respondeu.

– Tudo bem. Dirija com cuidado. Cuidem-se, ambas. - A mulher falou.

– Obrigada. Nos vemos novamente quando voltarmos aqui. - Disse Seulgi.

Depois de alguns passos, a mulher voltou-se para elas. – Ah, e a propósito, não tenho certeza se vocês já ouviram isso, mas o design que vocês escolheram e tem em suas mãos agora, já foi usado como uma tatuagem matrimonial pelos primeiros habitantes tribais dessa região. - Ela explicou, dando uma piscadinha.

Seulgi e Irene se entreolharam, tendo os mesmos pensamentos em mente.

Tatuagem matrimonial?

– O totem de borboleta é um símbolo de uma transformação poderosa. - Disse a mulher. – Geralmente é usado pelos casais como uma tatuagem para simbolizar sua fé um no outro, independentemente das dificuldades e mudanças que eles encontrem. O espírito da borboleta guiará o relacionamento de vocês para que vençam todos os obstáculos. - Ela explicou.

Seulgi soltou uma risada suave. – Isso é legal. Baby realmente sabe escolher, hein? - Seulgi falou.

– Eu nunca conheci essa história por trás do design. Eu apenas a escolhi aleatoriamente no álbum. - Disse Irene.

– Bem, foi uma boa escolha, só para você saber. - Disse a mulher.

– Sim, que coincidência. - Irene sorriu sem jeito.

A mulher sorriu. – Não é apenas uma coincidência. Vocês duas são realmente feitas uma para a outra. De qualquer forma, espero que vocês voltem aqui em breve. Agora eu realmente preciso ir. Boa viagem de volta. - Ela finalizou.

As duas ficaram de pé enquanto seguiam a mulher com os olhos, ainda segurando as mãos uma da outra enquanto ninguém se atreveu a dizer ou fazer qualquer coisa.

Quando Irene não aguentou mais a pressão, ela soltou a mão do aperto de Seulgi.

Seulgi puxou sua mão de volta . – Ei. Não a solte ainda. Você é minha namorada até que essa viagem termine, certo? - Ela perguntou.

Ver o sorriso torto de Seulgi fez Irene corar um pouco. – Namorada, sua bunda. - Irene respondeu.

– Ei, Honey, você tem que cooperar. - Disse Seulgi, erguendo as mãos entrelaçadas e apontando para o desenho da borboleta. – Você não gostaria de perturbar os espíritos, não é? - Ela falou.

Irene levantou uma sobrancelha, mas acabou cedendo. – Tudo bem. -

O casal caminhou em direção ao estacionamento, segurando as mãos uma da outra. Seulgi não conseguia tirar o sorriso dos lábios.

---

– Dirija com segurança, ok? - Pediu Irene, curvando-se para ver o rosto de Seulgi, o cotovelo apoiado na porta do carro. Seulgi a deixou na frente da casa após o fim de semana delas.

– Eu vou. Obrigada por se preocupar. - Seulgi respondeu.

– Tudo bem. Humm, me mande uma mensagem quando chegar em casa, ok? - Irene pediu.

Irene viu a expressão levemente surpresa de Seulgi com o que ela disse, fazendo-a sentir-se um pouco envergonhada. Mas quando ela viu os lábios de Seulgi se curvarem para cima depois de alguns segundos, ela ficou feliz.

– Sim, claro. Eu vou, chefe. - A mão de Seulgi se levantou para saudar.

Irene levantou uma sobrancelha para dizer a Seulgi que ela estava falando sério. – Legal. Vejo você amanhã. Tchau Seulgi. - Ela fechou a porta do carro.

---

– Como foi sua viagem? - Uma voz soou.

Irene quase deu um pulo quando ouviu inesperadamente a voz de sua mãe. Ela não percebeu que ela estava sentada no sofá, lendo revistas.

– Oi, mãe. Foi ótimo. - Disse Irene, indo até a mais velha e dando um abraço rápido seguido de um beijo na bochecha.

– Eu posso ver isso. Você parece tão alegre agora. - A mulher dizia.

– Eu pareço? - Respondeu.

– Sim. Acho que você deveria fazer isso de vez em quando. Você é muito apegada ao seu trabalho. - Disse a mulher mais velha, ocupada, examinando a revista que estava segurando. – Porque você nunca convida sua amiga para entrar? - Questionou.

– Humm, ela está sempre com pressa e estava muito cansada agora. - Respondeu Irene rapidamente, colocando a mão no pescoço.

– Bem, você deveria convidá-la da próxima vez. - Disse a mãe enquanto ela virava outra página. – Eu sempre vejo aquela Suzuki Swift vermelha te deixando aqui, mas nunca vi sua amiga uma vez sequer. - Ela falou.

– Vou convidá-la na próxima vez. - Irene respondeu.

Irene estava feliz que sua mãe não disse nada depois disso. Ela pediu licença e correu de volta para o quarto. Ela arrumou suas coisas e foi ao banheiro tomar um banho quente e rápido. Depois que saiu, a primeira coisa que verificou foi o celular.

Nenhuma mensagem de Seulgi ainda.

Ela largou o telefone na cama e caminhou em direção à varanda. Os eventos no Resort estavam correndo em sua mente enquanto ela secava o cabelo com uma toalha. Ela não se arrependia de fingir ser a namorada de Seulgi porque o passado confuso entre Joy e Seulgi finalmente foi resolvido. Seulgi finalmente foi libertada de sua desesperada agonia de esperar por Joy.

Antes que seus pensamentos pudessem ir mais longe, Irene ouviu o tom de alerta da mensagem. Ela caminhou animadamente para pegar seu telefone. Um sorriso apareceu em seu rosto quando ela finalmente viu o nome de Seulgi. Ela sentou na cama para verificar a mensagem:

"Estou em casa, chefe :)"

Irene deu uma risadinha, tentando reprimir um grito. Ela não conseguia esquecer a idéia de que Seulgi a obedeceu. Ela digitou sua resposta rapidamente, mas acabou parando.

Sim, ela não quer dar a Seulgi a impressão de que estava esperando sua mensagem.

Irene reclinou-se na cama e apagou sua mensagem. Ela passou os próximos cinco minutos lançando o telefone na mão, esperando receber outra mensagem. Depois de mais dez minutos, o telefone tocou.

Irene pulou da cama e olhou para o nome de Seulgi piscando na tela do telefone. Ela entrou em pânico pelo quarto, com a mão levantando o telefone para o rosto. Logo, ela percebeu que deveria atender antes que Seulgi cancelasse a ligação. Ela apertou o botão de atendimento e levou cinco segundos para colocar o telefone próximo ao ouvido.

– Olá? - Irene falou.

Ei... - A voz suave de Seulgi a respondeu.

– Seulgi ... - Irene mordeu o lábio inferior para segurar o sorriso.

Oi... - Seulgi falou com um leve riso.

– P-por que você ligou? - Irene perguntou.

Hum, bem ... precisava verificar se você recebeu minha mensagem. Eu enviei uma mensagem para você há quinze minutos atrás. - Ela falou.

– Ah, sim, bem, hum ... acabei de ler. Estava ocupada no andar de baixo e cheguei aqui no meu quarto agora pouco. - Respondeu.

Ah, eu entendo. - Ela respondeu.

Houve um breve silêncio depois disso. Irene não sabia o que responder, então esperou Seulgi falar novamente.

Eu acho que você ainda está ocupada? Eu não quero incomodá-la por enquanto. - Seulgi falou.

– Espere, Seulgi ... - Irene pediu.

Sim? - A outra respondeu.

Umm, como você está? Você está cansada? - Irene a questionou, se deitando.

Sim, estou cansada. Não sai do sofá desde que cheguei aqui. Eu poderia certamente dormir aqui hoje.- Ela falou entre risos.

Irene sorriu quando a imagem de Seulgi deitada no sofá se formou em sua mente. – Eu acho que dirigir finalmente cobrou seu preço, hein? -

Está tudo bem, valeu a pena. Gostei da viagem inteira. E você? - Seulgi perguntou.

– Gostei muito. Foi a viagem mais memorável que já fiz até agora. - Irene respondeu com sinceridade.

De verdade ? - Um sorriso brotou nos lábios de Seulgi.

– Sim. Eu não saio muito, você sabe. - Disse Irene, finalmente se acomodando em sua cama. – Obrigada por me levar lá. -

Estou muito honrada por ter feito parte dessa viagem sua. Eu que deveria agradecer pelo que fez. Você me convenceu a ir para lá, lembra? - Seulgi a lembrou.

– É porque na segunda vez que nos encontramos, Joy me deu a sensação de que ela estava com ciúmes de mim. E eu estava certa. Tudo correu bem, não foi? - Irene mordeu levemente o lábio.

Sim, sim. Ah, a propósito ... - Seulgi continuou.

– Sim? -

Desde que a viagem acabou, isso faz de você minha ex-namorada falsa? - A pergunta foi seguida por uma risada alta do outro lado da linha.

Irene cobriu a boca com a mão quando riu. – Você é louca, Seulgi! -

Ei, fingir isso não foi minha ideia. Se sou louca, acredito que sou menos louca do que você. - Ela tentava se defender, ainda rindo.

– Mas nós lidamos com isso perfeitamente, certo? - Irene respondeu.

Surpreendentemente, sim. E principalmente por sua causa. Sua atuação foi convincente. Pensei que seria estranho continuarmos fingindo. - A designer confessou.

– Bem, você tornou tudo menos complicado para mim.- Irene falou.

Mas você ainda é a melhor atriz. - Seulgi a elogiou.

– Louca. - Irene falou em um tom um pouco baixo mas com um sorriso.

Sério, eu não consigo me imaginar fazendo isso com Krystal, mesmo com Wendy. Ia ser muito estranho. Será que os espíritos estavam nos guiando em nossa atuação? Hahahaha! O que você acha, Baby? - Seulgi perguntou.

Irene certamente não deixou de ouvir esse apelido carinhoso de Seulgi. – Yah! É melhor você ir dormir agora. Aposto que você está cansada. - Irene falou.

Sim, eu realmente estou. Vejo você amanhã então. - Seulgi respondeu.

– Tudo bem. Eu me diverti muito, obrigada. - Respondeu.

Eu também me diverti muito. Boa noite, Baby. - Seulgi sorriu com o modo que chamou Irene ao final da frase.

Irene riu em resposta. – Boa noite, Honey. -

FIM DO CAPÍTULO

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