Hershe - Seulrene

By KidleaderKim

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Quando duas pessoas encontram algo que não estavam esperando. [Office - Fluffy - Love - Seulrene - Red Velvet... More

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By KidleaderKim


– Olá, Bear. Faz tempo que não nos vemos. -

Seulgi ficou sem palavras, surpresa e confusa. Sua mente estava dividida entre a idéia de querer ver Joy e a vontade de passar o dia com Irene.

Joy notou o desconforto de Seulgi. Ela então teve um vislumbre de outra pessoa sentada à mesa.

– Oh. Eu não sabia que você tinha uma visita. - Joy falou, surpresa ainda com a situação.

Seulgi olhou para Irene por um segundo. Os olhos delas se encontraram, mas Seulgi voltou os olhos para Joy.

– Oh, Bear, o que há de errado com você hoje? - Joy caminhou em direção a Seulgi e bateu no ombro dela.– Fale algo e nos apresente. - Ela dizia, agora sorrindo.

Seulgi, que percebeu que deveria ter feito isso antes, ajeitou a blusa e virou-se para Irene lentamente. – Hum ... -

– Ugh! O que há de errado com você? - Joy impaciente caminhou em direção a Irene e ofereceu a mão direita. – Oi, eu sou Joy, amiga de Seulgi. - Ela disse, usando o mesmo sorriso que tinha na foto que Irene havia visto mais cedo. – Por favor, a perdoe por ser tão idiota. - Continuou.

Irene não podia acreditar como Joy era linda em carne e osso. Ela se levantou para apertar a mão de Joy com um sorriso estampado no rosto também. – Irene. Amiga de Seulgi também. - Completou.

Seulgi sentiu o pescoço coçar.

– Prazer em conhecê-la, Irene. - Após o aperto de mão, Joy imediatamente examinou a mulher na frente dela. Os olhos dela tremeram quando viu o que Irene estava vestindo.

Seulgi levou a palma da mão ao rosto quando percebeu para onde Joy estava olhando. Essa foi a camisa que Joy comprou para seu aniversário no ano passado.

– Ok ... - Joy apertou os lábios e se virou. – Acho melhor eu ir agora, Seul. - Ela completou.

– Mas Chick ... - Seulgi tentou rebater.

– Vamos fazer isso outra hora, conversar.- Joy a respondeu calmamente, caminhando em direção à porta.

– Mas quando eu vou te ver de novo? - Seulgi perguntou, indo atrás da garota.

Joy passou a mão pelos cabelos antes de se virar para Seulgi. – Outra hora, quando nós duas não estivermos ocupadas. - Joy completou.

Seulgi respirou decepcionada. Ela sabia que "outra hora" poderia levar mais tempo do que esperava.

Joy parou na porta e disse: – Não se preocupe. Não vou a lugar nenhum dessa vez. Prometo que conversaremos o quanto antes. Precisamos conversar. Seja hospitaleira com sua convidada primeiro, ok? - Completou com um leve sorriso.

Seulgi virou a cabeça para Irene, que lhe deu um sorriso fraco.

Joy não esperou mais um segundo. – Prazer em conhecê-la, Irene. E Seulgi, vejo você em breve. Tchau. - Ela se despediu e fechou a porta.

Um longo silêncio ensurdecedor seguiu quando a trava da porta fez barulho. Seulgi cerrou os punhos, sem saber como resolver seu dilema. Ela queria seguir Joy, mas também não queria deixar Irene.

– Seulgi ... - Irene a chamou.

Seulgi virou-se para Irene. – S-sim? -

– Eu ... uh ... acho que você deveria... - Ela apontou para a porta.

– Eu ... eu deveria segui-la ... sim ... - Seulgi sabia o que Irene estava prestes a dizer. Ela caminhou até a porta e parou antes de abri-la. – Apenas me prometa que não vai embora, ok? - Ela falou olhando para a morena.

– Eu não vou. - Irene sorriu e voltou a se sentar onde estava.

Após a garantia, Seulgi saiu correndo do apartamento.

Irene mordeu o lábio ao ver a porta fechar com Seulgi indo atrás de Joy. Depois de ter a sensação de estar mais perto dela dessa vez, por que ela sentiu Seulgi ficar longe novamente?

---

– Chick! - Seulgi chamou, acenando.

Seulgi correu e encontrou Joy em pé na frente do elevador.

Joy ficou chocada primeiro, mas sorriu ao ver Seulgi. – E por que você está aqui? E porque essa carranca? - Ela arqueou a sobrancelha, olhando para a mais baixa.

– Eu ... eu não sei. Talvez eu esteja com medo de não vê-la novamente ... - Seulgi falou, agora com mais calma.

– Oh, Bear ... - Joy soltou.

– Eu esperei por você, por mais de um ano. - Ela falou, gesticulando.

– Sinto muito. Eu sei que burlei o que havia prometido. Mas não pedi para você esperar por mim, Seul. - Ela foi sincera, direta, e isso de certa forma bateu com força em Seulgi.

– Eu sei. Eu só ...- Os olhos de Seulgi dispararam enquanto tentavam encontrar as palavras certas para dizer: – ... eu estava esperando por esse dia. Há muito o que dizer ... - Ela falava.

Joy segurou o rosto de Seulgi. – Vamos fazer isso uma outra hora, ok? - Joy pediu com carinho.

– Apenas me prometa que nos veremos novamente depois disso. - Seulgi a pediu.

– Claro. Como eu disse, ainda quero falar com você. E me perdoe por invadir seu apartamento assim. - Ela soltava o rosto de Seulgi e apontava até a porta mais ao final do corredor.

– Está tudo bem. Você sempre fez isso antes, certo? - Seulgi deu de ombros, sorrindo.

– Mas desta vez é diferente. Eu posso ter ofendido sua namorada. - Joy falou, mencionando Irene como namorada de Seulgi.

Seulgi levantou as sobrancelhas. – Huh? Ela não é minha namorada. - A mais alta respondeu.

Joy passou os dedos pelos cabelos ao ouvir a resposta de Seulgi. – Oh, vamos lá, Seul. -

–Não ... sério ... ela não é minha namorada ... - Seulgi continuou confirmando.

– Além do fato óbvio de que ela dormiu no seu quarto, tomou banho no seu banheiro e está vestindo sua camisa, vamos fingir que acredito em você, ok? Bear, você não pode simplesmente deixá-la lá. Volte agora e divirta-se com ela. - Joy dizia.

– Mas Chick ... - Seulgi tentou questionar novamente, sendo cortada.

– Por que você simplesmente não admite? Não se preocupe comigo. Eu não estou com ciúmes. Eu já tenho um namorado. - Joy falou sem se preocupar com o que causaria.

Seulgi sentiu algo bloqueando sua garganta. – V-você tem um namorado? - Seulgi franziu o cenho.

– Sim. Eu o conheci em Cingapura. Voltamos para cá há duas semanas atrás.- Finalizou.

–Oh ... - Seulgi havia perdido as palavras.

– Tudo bem? Agora volte lá antes que alguém fique com raiva de você. - Joy a dizia, empurrando Seulgi para voltar para o apartamento dela.

– Então, quando eu vou te ver de novo? - Perguntou.

– Venho visitá-la novamente. Minha agenda está apertada agora. Não posso prometer um horário específico.- Joy apertou o botão do elevador agora.

Seulgi não disse nada até a porta do elevador se abrir.

Joy se inclinou para frente para dar um beijo na bochecha de Seulgi. Ela entrou no elevador. –Tchau por enquanto, Bear. Não a faça chorar, ok? - Falou, com um sorriso.

Seulgi sorriu quando a porta se fechou.

---

Quando ela voltou para o apartamento, Seulgi ficou aliviada ao ver Irene ainda no mesmo local, já terminando com seu ramen.

– Eu estraguei alguma coisa? - Perguntou Irene, preocupada. Ela sabia que quem quer que seja essa mulher, certamente tem um papel importante na vida de Seulgi. A imagem de mais alta ao ver a garota em sua porta saia de sua mente.

Seulgi balançou a cabeça enquanto se sentava. – Não... -

– Isso me preocupou, você sabe. Eu pensei que sua namorada ficaria brava com você. - Irene falou, olhando Seulgi.

Seulgi riu e coçou a cabeça.

– Por que você está rindo? - Irene a questionou.

– Bem, o engraçado é que ela também pensou que você fosse minha ... - Seulgi hesitou em dizer a última palavra, – ... você sabe ...-

– Oh ... - Irene inconscientemente colocou a mão direita no lábio.

– Ela não é minha namorada. - Seulgi respondeu, sorrindo.

– Ela realmente achou que eu era sua namorada? - Perguntou, olhando Seulgi.

– S-sim ...- Seulgi se sentiu tímida com o termo. As últimas três palavras que Irene disse soaram como música em seus ouvidos. – Me desculpe por isso. - Ela tentou se desculpar.

Irene estreitou os olhos. – Eu só estou curiosa... - Falou.

– Sobre? - Seulgi a perguntou, com os olhos fixos em Irene.

– Se ela realmente pensa em mim como sua namorada, por que ela deixou uma marca de beijo na sua bochecha? - Irene perguntou, tentando entender a situação.

O queixo de Seulgi caiu. Sua reação inicial foi cobrir as bochechas com as palmas das mãos. – Ela deixou? - Ela perguntou ainda em choque.

– A marca é muito óbvia. - Irene dizia, apontando para ela. Ela ajudou Seulgi a remover a marca com um lenço de papel. – Ela realmente queria que eu visse. - Falou, finalizando.

– Aish. A Joy foi sempre assim. Ela gosta de me provocar. - Seulgi completou.

– Obviamente, ela está planejando me provocar também. Ela é uma ex? - Irene continuou perguntando.

– N-não ... - Seulgi gaguejou mas respondeu.

– Parente? - Continuou Irene.

Seulgi balançou a cabeça, sorrindo.

– Bem, vocês apenas pareciam muito próximas uma da outra. Ela até tem a chave da sua porta. - Irene não tinha certeza se ainda deveria dizer isso, mas precisava. Sua curiosidade estava queimando ela por dentro.

– Sim ... bem ... honestamente, Joy e eu tínhamos algo complicado antes ... - Seulgi respondeu, coçando o pescoço.

– Complicado como? - Irene continou, curiosa.

– Uh ... você sabe ... não tenho certeza se você entenderá.- Seulgi disse.

– Tenho certeza de que posso seguir seu raciocínio. - Irene a respondeu, colocando as duas pernas na cadeira.

– Só não tenho certeza se ... se você está interessada em falar sobre esse tipo de coisa. - Seulgi lembrou do que Irene disse a perguntou na noite passada. Talvez ela não estivesse falando algo real.

– Tenho certeza de que posso acompanhar, se você estiver disposta a me contar. - Respondeu, ainda pressionando Seulgi. A verdade é que havia perguntas em sua mente agora, que ela queria perguntar a Seulgi, mas ela era tímida demais para fazê-las. O que ela podia esperar era que Seulgi contasse tudo a ela.

– Você tem certeza? - Seulgi a perguntou, olhando fixamente seus olhos.

– Contanto que você não se importe em contar para mim. - Irene deu de ombros.

Seulgi mudou de posição na cadeira, pensando em como contar a história. Talvez foi isso que Irene quis dizer quando disse que queria que elas fossem amigas.

– Sim, eu não me importo. - Seulgi respondeu.

– Tudo bem. Sou todo ouvidos agora. - Irene falou. – Não se preocupe comigo. É fim de semana e eu tenho tempo. Também não tenho planos para hoje, então conte tudo. - Ela incentivou Seulgi, com um leve sorriso.

– Oh, ok. Mas é uma longa história. Acho que devo começar comigo primeiro. Você se importa? - Questionou.

– Não. Não mesmo.- Irene deu um sorriso tranquilizador. Seulgi sentiu-se aliviada com isso.

Seulgi começou sua história dizendo a Irene que as babás que teve a criaram. Desde que sua mãe morreu, seu pai se ocupou em trabalhar, o que exigiu muitas viagens do homem. Embora mantivessem contato todos os dias até hoje, raramente estavam se vendo ultimamente.

– Mas você não se sentiu sozinha ou indesejada? Seu pai estava sempre fora. - Perguntou Irene. Ela também cresceu com um pai ausente, mas sua mãe estava sempre lá para ela.

– Eu sempre senti isso. Talvez seja por isso que aprecio um sorriso mais do que qualquer outra pessoa. Para mim, um sorriso é algo sagrado. - Seulgi a explicou, fazendo Irene se lembrar da coleção de fotos no outro quarto. – Tornou-se meu hobby, minha obsessão. Eu queria colecionar fotos de pessoas com os melhores sorrisos, capturando o momento em que o sorriso estava em seu estado mais natural. - Completou.

–Uau. Uma viciada em sorriso, hein? - Irene brincou com ela.

Seulgi riu. – Sim. Bem, o que posso fazer? Adoro. Até desprezo aquelas capas de revistas com sorrisos esfarrapados. Lembra-se da edição do mês passado da revista Jazz com Lee Seum Yeon? - Perguntou arqueando a sobrancelha.

Irene olhou rapidamente para o teto, tentando se lembrar. – Sim, acho que me lembro disso. -

– Você notou como o sorriso de Yeon era falso naquela capa? Droga. Foi um erro publicar essa edição. - Ela dizia, balançando a cabeça.

Irene não pôde deixar de sorrir para ela. Ela finalmente entendeu o motivo pelo qual Seulgi sempre é muito gentil com todo mundo - porque ela sempre quis se sentir bem-vinda.

– Acho que meu vício em sorrir foi uma das razões pelas quais Joy e eu nos aproximamos. - Continuou Seulgi. – Eu a conheci durante o meu primeiro ano de faculdade. Eu era uma aspirante a fotógrafa, ela era uma aspirante a modelo, você sabe; nós tivemos um "click" imediatamente. O que eu mais gostei nela foi o sorriso. Gosto da maneira como esses tipo de sorriso soa. É um sorriso adorável ​​e ela é realmente linda. - Seulgi continuou, sorrindo.

Irene levantou uma sobrancelha. – Então, você tinha uma queda por ela? - Perguntou, tentando observar a reação de Seulgi.

– Umm. Eu admiro a beleza dela, sim. Eu gosto dela, sim, mas não havia nada romântico acontecendo naquele momento ainda. - Ela foi sincera.

– No entanto...- Seulgi falou, sem expressão, esperando continuar.

– Nós éramos amigas na época. Eu nunca tive a ideia de que isso resultaria em algo mais além de amizade. Joy era linda por dentro e por fora. - Explicou, brincando com a mão em seu colo.

Irene lembrou como a foto de Joy parecia tão perfeita naquela parece. – Eu tenho que concordar. Ela realmente é linda. - Irene disse.

– Ficamos próximas por causa das sessões de fotos. Depois de ficar sem ideias para os locais para fotografar, tentamos tirar fotos aqui. Foi quando ela descobriu que eu estava morando sozinha. -Narrou Seulgi. – Tendo uma personalidade naturalmente carinhosa, Joy me ajudou com ... com tudo. - Completou.

– Você está dizendo que moraram juntas aqui? - Perguntou Irene.

– Não, ela não nunca morou aqui. Nunca chegou a esse ponto. - Respondeu Seulgi. – Mas ela estava sempre aqui. Eu dei a ela a cópia das chaves para que ela pudesse passar por aqui a qualquer hora que quisesse. Foi quando ela começou a me ajudar com a roupa, limpar meu apartamento, me acompanhar ao supermercado e até cuidar de mim quando eu ficava doente. Ela praticamente cuidou de mim, você sabe. Ela até me acordava para a faculdade. - Seulgi explicava.

Irene estava ouvindo atentamente. Agora ela entendia por que Joy agia como se fosse dona do lugar quando entrou antes. Se alguma dessas garotas do escritório descobrir sobre ela, certamente morrerão de ciúmes.

Seulgi continuou sua história. – Na verdade, eu não estava na faculdade naquela época. Viajei muito, viajei, apenas para tirar fotos de pessoas pelo mundo. A Joy ficou furiosa porque deixei a faculdade para seguir esse hobby. Então, houve um momento em que eu sofri um acidente de carro. Foi a primeira vez que senti que os cuidados de Joy por mim não eram exatamente como que eu pensava. - Ela olhou para o chão.

Ficou mais interessante. Irene lembrou as palavras de Amber sobre Seulgi estar em um hospital.

– Isso aconteceu durante seu último ano na faculdade e enquanto eu estava fora da faculdade. -Seulgi explicou. – Depois desse incidente, Joy e eu tivemos esse relacionamento que nenhuma de nós conseguiu definir. - Voltou a olhar Irene.

– Como isso começou? - Ela perguntou.

– Não sabíamos como tudo começou. - Disse Seulgi timidamente. – Isso acabou se desenrolando assim. Os sentimentos se aprofundavam todos os dias. Ela começou a fazer coisas doces comigo e eu fiz a mesma coisa com ela. Eu obedeci a todos os seus caprichos e ela ouviu todas as coisas que eu disse. Estamos em contato, mesmo que não estejamos fisicamente juntas . - Completou.

De todas as coisas que Seulgi disse, as "coisas doces" ficaram na cabeça de Irene. – Seulgi, posso fazer uma pergunta pessoal? - Ela questionou.

– Claro. - Respondeu.

– Vocês ... se beijaram ...? - Irene desconsiderou o pensamento de sentir nojo da imagem de duas mulheres se beijando. O que ela queria saber era se Seulgi e Joy tentaram fazer isso.

Seulgi sentiu seu rosto queimar imediatamente. – Uh ... não ... - Completou.

–Você nem tentou? Por quê? - Pode ser difícil de acreditar, mas Irene ficou feliz com a resposta.

– Eu não sei. Acho que nunca pensei em tentar isso? - Ela respondeu calmamente.

– Sério? Eu pensei que vocês estavam juntas? - Irene falou um pouco confusa.

Seulgi inconscientemente olhou nos lábios de Irene por causa do tópico. Ela desviou o olhar. – Nós não estavamos oficialmente juntas. Não havia rótulo em nosso relacionamento. Éramos apenas uma espécie de boas amigas. - Completou.

Vendo Seulgi corar, Irene sorriu para si mesma. –Boas amigas, hein? Então, quanto tempo você ficou assim? - Continuou.

– Foi por quase um ano. Nós nos conhecemos há três anos, mas essa "amizade colorida" que tivemos durou apenas um ano. - Seulgi a respondeu.

– Então o que aconteceu depois? - Perguntou.

– Após a formatura, ela partiu para Cingapura. Ela recebeu uma oferta de uma agência de modelos. - Seulgi falou, olhando novamente para suas mãos.

– Foi assim que vocês terminaram? - Irene questionou.

Seulgi suspirou. – Sim, mais ou menos. Acho que você poderia dizer que foi um rompimento. Foi no ano passado. Fiquei tão arrasada quando ela foi embora. Senti como se uma parte de mim tivesse sumido. - Ela confessou, com um pequeno riso.

– Ela sabe disso? - Irene perguntou, tentando decifrar Seulgi.

– Eu não sei. - Seulgi deu de ombros. – Mas eu disse a ela que não queria que ela fosse embora. Ela prometeu me ver quando voltasse e foi o que aconteceu hoje. - Respondeu.

– Mas como ela pode ir embora assim, ela não te amava? - Irene bateu as mãos nas pernas, tentando entender toda a história complicada de ambas.

– Eu não sei. Nós nunca conversamos sobre amor, nem mesmo uma vez. Apenas mostramos o quanto nós nos importávamos uma com a outra e é isso. - Seulgi deu de ombros.

– E você, você realmente a ama? - Irene apertou os lábios ao perguntar sobre isso.

– Pensando em como fiquei quando ela foi embora, sim, acho que sim. - Seulgi respondeu. – Eu não conseguia entender aquele momento como pude confiar em mim mesma por dezenove anos e então Joy veio por um tempo e me fez entender, mas me deixou e tudo voltou a ser como antes. - Explicou.

– Fiz tudo o que ela queria. - Continuou Seulgi. – Terminei meu último ano na faculdade, fiquei mais focado em meus objetivos, parei de ir a bares, entrei no clube de tênis. Fiz tudo para melhorar minha vida. Depois da faculdade, imediatamente me candidatei a um emprego. Queria provar a ela que podia mudar, que também tenho sonhos. - Falava.

– Então, o que você sentiu quando a viu hoje?. - Perguntou Irene.

–Para dizer a verdade, fiquei confusa. - Seulgi a respondeu, dando outro suspiro. – Eu sei que é estranho. Veja, eu tenho esperado mais de um ano para esse dia chegar, e então, quando ela chegou à minha porta, eu simplesmente não sabia o que fazer. Na verdade, uma parte de mim desejava que ela nunca viesse aqui hoje. - Respirou fundo.

Irene fez o possível para não sorrir com a informação recém-escutada. – Sério? Por quê? - Questionou.

Seulgi baixou o olhar para chão. – Porque ... porque eu estava me divertindo com você ... - Ela respondeu com sinceridade.

Irene ficou secretamente surpresa com isso. Ela não esperava que estivesse aliviada ao ouvir isso de Seulgi.

– É só que ela arruinou o clima quando veio. Pensei que você fosse embora imediatamente. - Seulgi ainda estava olhando para baixo, agindo como uma criança que tem medo de perder um brinquedo precioso.

Irene sorriu. – Por que eu faria isso? Você ainda me deve uma carona até minha casa. - A mais velha falou, sem tirar o sorriso dos lábios.

O rosto de Seulgi se iluminou com isso e ela sorriu em resposta. – Obrigada, Irene. Obrigada por ficar por aqui. -

---

– Ok, aqui estamos, madame. - Seulgi puxou o freio de mão do carro quando elas chegaram na frente da casa de Irene.

– Seulgi, eu adoraria convidá-la para entrar, mas ... - Irene parou enquanto desafivelava o cinto de segurança. Ela estava com dúvidas sobre dizer o que estava pensando. Seria cruel não convidar Seulgi para entrar, mas ela sabia que sua mãe homofóbica ficaria desconfortável com isso, especialmente se Seulgi falasse sobre sua preferência.

– Está tudo bem. Eu tenho planos agora. Tenho aula de tênis em duas horas. - Ela sorriu, respondendo Irene.

– OK. - Irene se sentiu aliviada. – Vejo você na segunda-feira, então? - Perguntou.

– Sim, segunda-feira. - Seulgi anuiu.

– Obrigada, Seulgi. - Irene abriu a porta do lado dela. – Eu realmente me diverti muito hoje. Se cuide, ok? - Falou calmamente, sem deixar o sorriso.

– Sim, sim, princesa! - A mais nova falou, tirando um riso da outra.

Irene empurrou a porta e se despediu.

---

Irene teve uma pequena conversa com a mãe sobre a amiga que a levou para casa. Agora, ela estava em sua cama, olhando para o teto, perdida em pensamentos, se perguntando por que a segunda-feira parecia estar a eras de distância.

Ela não sabia como avaliar seu dia; triste, normal, feliz? Ela sabia que deveria estar feliz porque encontrou uma nova amiga em Seulgi.

Por outro lado, ela estava ansiosa. Havia algo sobre Joy que a preocupava muito. Era por causa do relacionamento passado de Joy com Seulgi? Ou era por causa da inarticulação de Seulgi quando Joy estava por perto?

Chick and Bear: esses são os apelidos que uma usa com a outra. Uma forma carinhosa de se chamarem.

Irene se perguntava por que sentia tanta inveja de Joy por isso.

FIM DO CAPÍTULO

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