Criando nosso futuro (Astros de Duke #5)

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SHANE

Maio/2021

— Vocês vão cuidar uma da outra por enquanto, ok? E você precisa se comportar para deixar a mamãe tranquila. — Digo para Nyla em meu colo.

Rae ainda está dormindo embolada no lençol, nua por baixo dele. Nós tivemos uma despedida intensa, com muito sexo e declarações de amor sussurradas. Isso depois de termos terminado de maratonar One Tree Hill e eu ter chorado com ela no final. A música tema da série ainda está em minha mente.

Eu amo essa mulher e eu estou morrendo por dentro de a deixar.

Sabia que a despedida seria difícil, mas está sendo ainda pior do que imaginei.

— Se precisar de mim você precisa chorar bastante até fazer ela me ligar e então vou largar tudo e vir correndo. — Continuo o papo com a minha filha.

— Nem pensar.

Olho de volta para cama vendo Rae se mexer preguiçosamente.

— Bom dia ruiva bonita.

— Bom dia Smith.

Ela se senta puxando o lençol junto enquanto seus cabelos ruivos caem sobre a pele tão clara.

— Você não vai largar nada e vir correndo. Nós vamos ficar bem e você também. — Ela faz sinal para eu ir até a cama.

Eu vou até lá e entrego Nyla em seu colo, então me inclino e beijo seu ombro devagar.

— Eu queria te pedir para vir comigo. — Confesso a ela.

— Também queria que pedisse, mas fico feliz que não fez isso. — Ela revela e ergue um pouco Nyla a colocando em seu peito para mamar. — Mas meu sonho é me formar em Duke, e também é difícil com um bebê em uma cidade desconhecida, além do mais você tem que trabalhar na fisioterapia e se recuperar. É uma grande chance e confiança que o Giants está te dando.

Realmente é. Eles não tinham porque ficar comigo, ainda nem tínhamos assinado o contrato, mas eles me querem e vou honrar isso.

— Você está destinado a grandeza. — Rae ergue uma mão fazendo carinho em meu rosto.

— E você também, precisa focar em crescer seu império da moda. É como sua personagem preferida diz: roupas acima dos caras. — Eu fecho meu punho para ela bater.

Ela fecha o punho e encosta no meu. — É isso aí, roupas acima dos caras.

Ela sorri e eu a abraço de lado dando mais beijos em seu ombro, seu pescoço, sua nuca.

— É só um ano. — Digo mais para mim mesmo do que para ela.

Não vou ter muito tempo livre, metade dos jogos serão fora de Nova York, o que significa que muitas vezes estarei ainda mais longe. Rae vai estar cuidando da sua grife, seus estudos e nossa filha, enquanto eu dou início ao futuro. É injusto que ela fique com muito mais trabalho, mas eu sei que ela está me apoiando.

— Queria estar aqui com você para fazer o exame. — Eu suspiro.

Kersey exigiu o exame, na justiça, a data é em três dias. É uma droga eu não estar presente.

— Meu pai vai comigo e assim que sair o resultado eu vou te ligar.

O resultado só é importante porque Kersey vai fazer um inferno se Nyla for filha biológica dele. E é por isso que estamos confiando que o exame deles dará negativo.

Rae sobe seus dedos por minha nuca.

— Eu tenho uma pergunta muito séria antes de ir. — Mantenho o olhar sério.