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SHANE

É o dia da ultrassom.

Nós vamos ver o bebê e se ele cooperar talvez a gente até descubra o sexo. É a primeira vez que vou acompanhar Rae a uma consulta e vou ver o bebê, escutar o bebê.

Aposto que vai ser especial.

Nós não remarcamos o exame de DNA, Rae continua repetindo que vai marcar, mas acho que acabo a convencendo de que minha intuição está certa. Ou talvez ela só esteja com medo de o resultado ser outro.

— É o grande dia? — Carter puxa a cadeira e se senta para tomar café.

Joshua está com olheiras enormes parecendo um zumbi do outro lado da mesa e disse que passou a noite estudando.

— É hoje. Então como estamos de torcida? — Pergunto dando um soquinho na mesa.

Eu estou muito agitado e a consulta é apenas no fim da tarde, o que significa que tenho que vencer a ansiedade quase o dia todo.

— Vai ser uma garota. — Carter fala.

— Garoto. — Joshua vai contra ele. — O que você acha?

Dou um leve dar de ombros, não penso muito sobre isso, menino ou menina, é a primeira ultrassom que vou com Rae então só estou ansioso para ver o bebê.

— E já contou aos seus pais?

Eu sirvo café em um copo e movo a cabeça negando. Minha mãe talvez ame a ideia de ser avó, ter um bebê para ela mimar, mas meu pai provavelmente vai fazer questão de dizer que fui estúpido, que garanti uma nova preocupação quando todo meu esforço deveria estar no futebol.

— Seu pai vai entender, cara. E você é a porra do Shane Smith, nada vai deter sua carreira no futebol.

Carter aperta meu ombro dando seu apoio a mim. Nem acredito que em oito meses não estarei mais jogando com esses caras. Eles são minha família.

— Vou dizer a eles depois de hoje, e já dar todas as informações completas. — Digo pegando uma torrada e me levanto. — Tenho aula cedo, vejo vocês no treino.

Passo pela sala pegando minha pasta de projetos e minha mochila e então vou para a minha moto.

Como eu já previa o dia demora demais a passar. Muito mesmo. Eu tento me concentrar na aula, mas a ideia de ver o bebê e as mensagens incansáveis no grupo do whatsapp não deixam. Lili e Krista estão brigando sobre ser menina ou menino, assim como Carter e Joshua, e Rae está tentando apaziguar a disputa. Eu apenas acho graça.

No treino é diferente, eu estou cem por cento em campo. Eu até tenho ignorado a existência de Kersey nas últimas semanas.

— É isso, Smith! — Ouço o treinador elogiar um passe e eu sorrio.

Estou me provando para ele de novo, foi o primeiro elogio em semanas.

— Lembre a Rae de nos ligar e contar. — Ele diz quando eu deixo o campo. — Então, um futuro jogador de Duke, certo?

Tiro meu capacete e dou um sorriso. Dizendo assim eu posso até pensar sobre ser um garoto.

— Vamos ver. Quem sabe. — Eu respondo.

Me apresso em direção a ducha. A consulta será em quarenta minutos, combinei de encontrar Rae no condomínio dela e então irmos juntos. Consigo chegar lá em dez minutos, e depois temos mais quinze até a clínica, ou seja, tenho quinze minutos para estar pronto.

— Nunca achei que veria o Smith correndo fora de campo para algo além de transar. — Alguém debocha quando bato a porta da ducha e ligo o chuveiro.

Criando nosso futuro (Astros de Duke #5)Nơi câu chuyện tồn tại. Hãy khám phá bây giờ