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SHANE

Fevereiro/2021

Carter e Lili entram na casa tão sorridentes que é contagiante. Me viro no sofá para os encarar.

— O trabalho foi bom?

Lili tinha uma sessão para fotografar e Carter se ofereceu para a ajudar, parece que deu tudo certo.

— Cara, você não tem ideia! — Carter pula o encosto do sofá e se joga ao meu lado. — É uma matéria para uma revista local sobre o Movimento Negro, nós conhecemos pessoas com histórias incríveis de superação e conquistas.

— Fotografar enquanto ouvia tudo aquilo foi impactante. — Lili o completa.

Desde o que aconteceu no ano passado, quando Carter sofreu racismo, ele passou a realmente olhar para a luta que ele e tantos outros vivem. Lili também é tão engajada e interessada, eles constantemente estão presentes em protestos. Esse é meu casal!

— Podem me contar tudo, eu estou interessado. — Digo a eles.

Porque eu realmente estou, sei que tem muita importância o que eles ouviram e experimentaram essa tarde.

Carter sorri como se eu tivesse feito algo bom, mas a verdade é que não fiz nada demais. Eu abraço o ombro dele e o puxo mais perto.

— Você me ama demais, não é? — Ele me pergunta.

Eu rio. — Sim, cara. Você sabe disso.

Lili dá um sorriso meio fofo vendo a cena.

— Podemos ouvir também? — Krista entra na sala.

Cinco minutos atrás ela e Josh estavam cantando e dançando na cozinha enquanto cozinhavam. Essa casa ganhou um novo clima depois que as garotas chegaram a pouco mais de duas semanas.

— Onde está Rae? — Lili pergunta.

Sim, elas são namoradinhas, cara.

— Dormindo, ela está parecendo bem cansada hoje. Daqui a pouco vou subir e ver como está.

Ela fica séria e acho que ela pensa se deve subir agora e checar Rae nesse exato momento, mas desiste.

— Então, tinha essa mulher que é dona...

— Shane!

Todos nós olhamos para a escada imediatamente. O grito veio de Rae lá em cima. Eu solto Carter e corro para cima pulando dois degraus por vez.

Abro a porta do quarto, mas ela não está deitada. Um canto do quarto está montado com a cômoda e o berço de Nyla.

— No banheiro! — Rae avisa e vou até lá.

Ela está sentada no vaso respirando fundo várias vezes seguidas.

— Não consigo levantar, está doendo minhas costas, eu não consigo. — Ela parece quase envergonhada. — Estou sentindo a barriga ficar dura.

Isso quer dizer alguma coisa, não é? Eu sei um total de zero coisas sobre sintomas que grávidas sentem.

— Vou te levar para a cama e então podemos ir ao médico. — Me abaixo na frente dela subindo sua roupa e ela aperta meu ombro.

Ouço os passos dos outros entrando no quarto.

— A gente já vai aí! — Grito para ninguém entrar no banheiro.

— O tampão também saiu essa manhã.

— O que saiu? — Pergunto e me ajeito a erguendo com cuidado.

Criando nosso futuro (Astros de Duke #5)Where stories live. Discover now