— Você está estranho ultimamente... — Comento, olhando para Thomaz. Andávamos juntos, voltando da faculdade, enquanto ele devorava um segundo hambúrguer na qual comprou em uma lanchonete.— Estranho por quê?
— Porque você nunca mais foi lá em casa. — Thomaz suspirou, parando para me olhar.
— Carlos... continua indo lá? — Questionou, o que chamou minha atenção.
— Bom, ele é meu sogro e pai do meu namorado... então... seria estranho se ele não fosse. Por quê?
— Ah, Arthur... você sabe que eu o desejei desde o começo... Mas... — Ele me puxou para mais perto, como se fosse me contar um segredo. — Nos beijamos.
— O quê?!!! — Eu praticamente grito, em espanto.
— Shhh!!! Não é uma coisa de outro mundo, afinal!
— Bom... se foi só isso por que está agindo assim? Ele beija mal? — Questiono e Thomaz ri, negando.
— Ah... meu amor...! De ruim aquele homem não tem nada! Foi o melhor beijo que já recebi em toda vida, e com extra de uma pegada forte. — Comentou, suspirando. — Mas ele se arrependeu depois. Disse que não agiu certo e que não poderíamos fazer isso. E depois com a volta da... mãe do Diogo, bem... isso só deixou ele ainda mais inseguro. Então ele me pediu um tempo, para que ele pudesse pensar e decidir o que fazer... — Ditou, parecendo chateado.
— Ai, Thomaz... eu nem sei o que dizer. — Balbucio, ficando chateado por ele, que apenas sorriu, olhando para mim.
— Só me ouvir já está de bom tamanho. Eu precisava falar disso com alguém ou iria enlouquecer. — Eu apenas sorri, o puxando para um abraço, na qual ele rapidamente retribuiu, aproveitando a deixa e me erguendo do chão, rindo do meu desespero.
— Vai ficar tudo bem, Thomaz. Vocês vão se entender. Ao menos eu espero. — Comento e ele assente, sorrindo fraco.
— Pelo visto eu já fui substituído... — Olho para frente, desfazendo meu sorriso ao ver Brian. Ótimo! Como se não bastasse o encosto do meu ex, agora aparecia a pessoa que se dizia meu amigo.
— O que infernos faz aqui?! — Questiono, irritado.
— Hey, calma... Só estou de passagem. Vim atrás do... — Ele parou de falar de repente, olhando para trás de mim.
— Hey, baby... — Diogo me abraçou por trás, beijando meu pescoço. Ele ficou de se encontrar com a gente no caminho. Mas posso dizer que foi um péssimo momento.
— Nossa... Não vai me apresentar seu amigo, Arthur? — Brian insinuou, com um nítido sorriso malicioso para Diogo, que permaneceu sério, o encarando com indiferença, o que realmente me deixou um pouco mais aliviado por Diogo não ser tão simpático como normalmente era. Acho que ele notou que eu não estava nem um pouco feliz com a presença daquele infeliz.
— Ele é meu namorado! — Falo, deixando bem claro para ver se ele se tocava. Brian apenas sorriu, me olhando com surpresa.
— Namorado?! Uau... você tem bom gosto. Poderíamos sair qualquer dia desses, o que acha? Reatar as velhas amizades...
— Não existe amizade entre nós, Brian! Você me traiu. Não teve a menor consideração comigo!
— Ah, para de drama, né Arthur?! Você não soube satisfazer seu namorado e ele acabou me procurando. Cuidado... esse seu amigo aí pode está fazendo a mesma coisa... — Insinuou, e Thomaz riu, sem humor, partindo para cima dele e o empurrando com força.
— O que está insinuando, seu merda?! Não sou como você não, que se diz amigo, mas não passa de um traíra! E gente como você só ganha o mais completo desprezo de mim! — Thomaz ditou, irritado. O puxo pelo braço, não querendo que uma briga maior se iniciasse.
— Thomaz, não se envolva...! É isso que ele quer. — Falo, mas Thomaz parecia muito irritado. E acho que estava acumulando todos os seus problemas naquele momento, o que me deixava preocupado.
— Até parece... Você quer que eu acredite que você nunca pegou esse gostoso? Ah, amigos, amigos... sexo à parte. — Brincou, mas ninguém riu, e para o meu desespero, Thomaz partiu para cima dele, lhe acertando um soco no rosto. Ambos caíram no chão, entrando em uma briga física, o que me deixou assustado.
— Diogo! Faz alguma coisa! — Exclamo, perdido. Mas Diogo parecia tão perdido quanto eu. Até que um carro esportivo preto parou ao nosso lado, e Carlos saiu de dentro, para o nosso alívio.
— Mas o que está acontecendo aqui?! — Questionou, e logo notou que Thomaz era quem estava no meio da briga, e não demorou mais nenhum segundo para apartar a briga e puxar Thomaz pela cintura, o mantendo longe de Brian, que se levantou, olhando bravo para Thomaz, que continuava com um olhar furioso em direção ao Brian.
— Eu vou acabar com você! — Thomaz exclamou, tentando se soltar.
— Algum problema aqui? — Um guarda apareceu, para aumentar meu desespero.
— Sim! Esse maluco me agrediu! — Brian acusou, apontando para Thomaz. O guarda o encarou, já querendo questionar, mas logo foi interrompido.
— Não se preocupe, Alan. Foi uma briga de garotos e já terminou, não é?! — Carlos ditou, apertando Thomaz, que só então notou por quem estava sendo segurado, o olhando agora em completo silêncio e concordando com a cabeça.
— Sr. Carlos! Quanto tempo! — Cumprimentou, sorrindo.
— Pois é... eu preciso ir agora. Mas vamos deixar essa passar, pode ser? — Carlos pediu, sorridente.
— Tudo bem... vou deixar porque o senhor me pediu. Mas olha... que eu não pegue vocês novamente brigando na rua. — O guarda avisou, apontando para Brian e Thomaz.
— Até policiais estão se tornando inúteis! — Brian resmungou, nos olhando. — Não precisam se preocupar. Eu só estou aqui para buscar o Lucas... — E então olhou para Diogo, sorrindo. — E quem sabe me divertir um pouco...? — Insinuou, indo embora.
Tenta... e quem vai te bater na próxima sou eu!
Suspiro, olhando para Thomaz, tentando ter certeza de que ele estava bem. Carlos continuava abraçado a ele, lhe dando um enorme sermão, o que me fez sorri involuntariamente.
— Já pode me soltar... — Thomaz falou, meio sem jeito. Carlos o soltou, limpando a garganta e respirando fundo.
— Certo. Vamos para casa. Você precisa de alguns cuidados, Thomaz. — Falo, notando o canto da sua boca cortada, assim como o canto da sua sobrancelha esquerda. Ninguém discutiu, e Carlos nos deu carona até em casa.
Que dia...!
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NO QUARTO AO LADO - (ROMANCE GAY)
Romance"Arthur já não acredita mais no amor e na reciprocidade. Depois de desilusões traumáticas, ele desistiu do amor. Mas Diogo vai lhe provar o contrário, e que o arco-íris só aparece depois da tempestade". PLÁGIO É CRIME!!! CRIE, NÃO COPIE :3