❎ - - - - - - CAPÍTULO SETE - - - - - - ❎

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Após me recuperar e secar minhas lágrimas, me recompondo, saindo do quarto e encontrando Diogo encostado na parede, com as mãos nos bolsos e me olhando com certa preocupação.

— Você está bem? Olha, me desculpa, eu não queria te ofender, mas é que...

— É estranho um cara de vinte anos ser virgem? — Completo, vendo ele me olhar em silêncio. — Olha, eu acredito em coisas mais importantes do que isso, mas cada um com seus ideais, não? O almoço já está pronto. É só arrumar a mesa.  — Aviso, seguindo para a sala e arrumando meus livros e cadernos. Eu precisava rever alguns conteúdos, então resolvi focar minha mente nisso.

Abro meus livros e ligo meu celular, caso eu precise pesquisar alguma coisa, mas assim que ele ligou, vejo inúmeras mensagens. Entre elas, de Brian e Lucas, perguntando onde eu estava, o que havia acontecido, e esse tipo de pergunta de gente hipócrita.

Agora eu estava ainda mais decidido a viver sozinho. Nem em amigos se pode confiar mais. Parece que as pessoas gostam de trair umas às outras. O que leva alguém a fazer isso?! Não se há mais consideração?!

Eu pensei responder. Xingar os dois de todos os palavrões que conheço, mas fui interrompido por Diogo.

— Arthur, você entende melhor de etiqueta. Me ajuda aqui. — Pediu, colocando os pratos e talheres de qualquer jeito sob a mesa.

Suspirei, apagando os contatos de vez daqueles dois e me levantando, indo ajudar Diogo. Coloquei os pratos e talheres organizados e os pratos de comida organizados de acordo com sua categoria. Comida japonesa em um suporte de madeira rústico, comida americana em outro, e por aí vai. Ficou bonito até.

— Pronto. — Falo, sorrindo ao ver o resultado.

— Ótimo. Lembra do nosso combinado, não é? — Diogo questionou, me olhando com certa preocupação. Depois do que ele me disse, eu deveria mandá-lo para o inferno. Mas de qualquer forma, Diogo não sabe da história toda. Ele só sabe que saí de um relacionamento onde a causa envolvia sexo, mas não foi só isso. Eu não fui traído por uma única pessoa, mas por duas. Duas que eu amava. Diogo não tem culpa dos meus problemas ainda me atingirem.

— Sim, Diogo... Espero que você também lembre da sua promessa depois disso. — Ele assentiu, risonho.

A campainha tocou segundos depois. Diogo rapidamente endireitou a postura, dando uma arrumada no cabelo e seguindo para a porta, a abrindo.

Um homem de meia idade entrou, alto e em forma. Ele não parecia ser muito amigável, mas ao ver Diogo, o abraçou fortemente. Ambos se parecia muito até.

— Pai, esse aqui é o Arthur. — Diogo apresentou. O homem se aproximou, me observando da cabeça aos pés, como se procurasse algum defeito ou algo que o desagradasse.

— Me chamo Carlos. — Ditou, estendendo a mão, na qual apertei cordialmente.

— Bem, seu filho já me apresentou. — Falo, vendo ele sorri levemente.

— Então vocês...

— Estamos namorando! — Diogo exclamou, vindo até mim e abraçando minha cintura. Tentei afastá-lo, mas ele não permitiu.

— Você não é o filho da Magda? Pelos meus cálculos, deve está a pouco tempo morando aqui. E já estão namorando? — Questionou. Diogo me olhou, como se me pedisse socorro.

— Foi muito rápido, mas nós entendemos muito bem. — Minto, vendo ele sorri, desviando seu olhar para a mesinha de centro, onde estavam meus livros e anotações das aulas da faculdade. — Ah, desculpe a bagunça. Eu vou arrumar isso logo. — Falo, vendo ele ir até o sofá, se sentando e olhando um dos livros.

— Esses livros são seus? — Questionou, me deixando meio confuso pelo interesse nos meus livros, mas assenti.

— Sim... Comprei recentemente.

— Ah, pai. Não te contei? Ele é Físico e agora está cursando Matemática. — Diogo falou, sorrindo e se sentando ao lado do pai, que me olhou surpreso.

— Mesmo? Quantos anos você tem? Parece muito novo.

— Sim, senhor... Eu tenho 20 anos.

— E já é Físico?

— Hm... Eu terminei o ensino médio mais cedo... por já saber dos conteúdos e... enfim. — Falo, vendo ele assentir, olhando em volta.

Carlos se levantou, caminhando pela casa como se fosse um fiscal.

— Seu pai trabalhou em exército ou coisa assim? — Sussurro, para que só Diogo me ouvisse.

— Sim. Ele é ex-capitão do exército internacional. Então já tem ideia de com quem estamos lidando, né? — Assenti, vendo Carlos voltar para a sala.

— O apartamento está brilhando. Nem parece o mesmo lugar que vim da última vez. — Comentou, o que me trouxe lembranças nada agradáveis do meu primeiro dia aqui.

— Eu que o diga... — Balbucio, e Diogo me cutuca, fazendo uma careta de repreensão. Lide com a verdade, seu porco!

— Diogo, pode ir comprar uma cerveja para nós? — Carlos pediu.

— Ah, tem na geladeira. — Ditou, mas Carlos continuava o encarando fixamente.

— Diogo, vá comprar cerveja. — Ordenou, o que fez Diogo bufar, vindo para detrás de mim e fingindo beijar meu pescoço.

— Boa sorte com ele. — Sussurrou, saindo do apartamento logo em seguida.

Como assim “boa sorte”?!

— Podemos conversar um pouco, Arthur? — Carlos chamou, indicando o sofá. Assenti, seguindo ele e me sentando ao seu lado, um pouco afastado, por segurança.

Eu ainda mato Diogo por me fazer passar por isso!

NO QUARTO AO LADO - (ROMANCE GAY) Onde histórias criam vida. Descubra agora