❎ - - - - - - CAPÍTULO QUINZE - - - - - - ❎

6.6K 755 58
                                    



Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

No dia seguinte, eu já estava um pouco mais calmo. Porém, estava com medo de ir para a faculdade e acabar encontrando Lucas. Eu realmente não queria passar por isso.

Após devidamente arrumado, saio do quarto, sentindo um cheirinho gostoso de café da manhã, o que era estranho. Sou eu que sempre acordo bem mais cedo para não deixar Diogo morrer de fome ou se entupir com porcarias que ele insiste em ficar comprando.

Entro na cozinha, ficando surpreso ao ver Diogo arrumando a mesa, com um café da manhã que parecia realmente delicioso.

- Você encomendou tudo isso? - Questiono, surpreso. Diogo sorriu, limpando as mãos com um pano de prato.

- Eu também tenho alguns talentos escondidos, beleza? - Brincou, sorridente. - Sente-se, vou servir seu café hoje. - ditou. Sorri, desconfiado, mas me sentei mesmo assim, conferindo se tudo estava feito corretamente. Eu tenho um pequeno problema de perfeccionismo. Bem pequeno, quase nada... É sério.

- Lavou a louça que sujou? - Questiono, enquanto ele servia meu café.

- Lavei porque sabia que você iria arrancar meus dedos se não o fizesse. - Ditou, o que me fez ri, experimentando o sanduíche, conferindo o que tinha dentro dele. Estava gostoso e era com alimentos saudáveis.

- Quer que eu te leve hoje? - Diogo questionou, o que me fez olhá-lo rapidamente.

- Me levar? Por quê?

- Eu estou pensando em voltar ao meu curso de administração. Eu trance há algum tempo porque estava sem ânimo, mas... te ver tão dedicado todos os dias me inspirou a voltar, de verdade. - Falou, o que me fez sorri.

- Que honra, não? - Brinco, tomando um pouco do café e terminando o sanduíche.

- Eu vou terminar de me arrumar e já vamos, tudo bem? - Assenti, vendo ele correr na direção do quarto, voltando minutos depois terminando de abotoar a bermuda bege e vestir a camisa preta. Suspiro, desviando o olhar e pegando minha bolsa e um copo extra com café.

- Podemos ir? - Questiono, vendo ele concordar, pegando as chaves do carro e então finalmente saímos do apartamento, descendo juntos para o estacionamento. Notei que as pessoas que passavam por nós, ficavam me encarando e cochichando entre si, o que estava me deixando confuso e incomodado. - Por que elas não param de olhar para mim? - Questiono, olhando para minha roupa e vendo se havia alguma coisa errada. Diogo suspirou, abrindo a porta do carro e me encarando.

- Não sou muito bem visto pelos inquilinos daqui, Arthur. E como você está morando comigo, bem... enfim. Vou entender se não quiser ir comigo. - Explicou, parecendo chateado. Só então entendi o porquê as pessoas me olhavam tanto.

- Bem, eu também sou mal visto na faculdade, então estamos quites. - Falo, vendo ele me olhar surpreso.

- Você?! Como é possível? - Eu ri com sua indignação.

- Está sendo sarcástico, não é? - Falo, quase como afirmação, vendo ele sorri.

- Claro que não. Você é um doce de pessoa. - Ironizou, o que me fez revirar os olhos, sorrindo.

- Arthur! - Olho para trás, engolindo em seco ao ver Lucas se aproximando. Diogo rapidamente veio para o meu lado, olhando feio para Lucas, que não pareceu se intimidar.

- O que você ainda quer comigo, Lucas?!! Já acabou! Você não entende?! - Exclamo, impaciente.

- Não! Não entendo. Eu sei que errei. Errei muito. Mas custa me entender?! Arthur, você nem me deixava tocar você... parece que tinha nojo de mim.

- Bem, agora eu tenho certeza! - Rebato, irritado. - Talvez meu corpo estivesse me avisando que você não era o cara certo. E veja no que aconteceu! No fim, eu estava certo. - Ele riu, sem humor.

- Arthur, você que me obrigou àquilo! Porra, o que você queria que eu fizesse?! Eu também tenho necessidades e você nem se importava com a gente... - Fecho os olhos, respirando fundo.

- Agora você está me culpando?! Chega! Chega, Lucas. Não vou ficar aqui revivendo esse inferno com você! Aconteceu o que tinha para acontecer. Não vivo de hipóteses, mas de fatos. Você foi um filho da puta que não soube me respeitar e muito menos me esperar! Volta para aquele desgraçado que tanto te deu prazer. Ele certamente vai te dá mais valor do que eu! - Exclamo, farto. Ele suspirou, negando.

- Brian não é você. Ele... não se importa com nada. Quer que eu banque tudo para ele... Eu perdi uma joia rara e não percebi a tempo. Me perdoa... Eu amo você! - Declarou. Engulo em seco, mentalizando mil vezes para não cair nessa roubada.

- Que pena! Eu já estou comprometido. - Falo de imediato, segurando a mão de Diogo, que me encarou surpreso, mas entrou no jogo.

- Como é?! Com ele?! Eu mal cheguei e já escutei coisas horríveis dele, Arthur. Se eu fui capaz de te trair, imagina o que ele já não fez pela suas costas! - Exclamou, enojado.

- Quem você pensa...! - Diogo já ia partir para cima, mas o segurei, negando com a cabeça.

- O caráter de uma pessoa não está baseada no que os outros dizem, mas nas atitudes dela. Ninguém falava mal de você, e olha o que fez. Ao contrário de você, ele me respeita. Adeus, Lucas. - Falo, puxando Diogo, entrando no carro e fechando a porta. Mesmo irritado, Diogo deu partida, o deixando para trás.

Exalo o ar dos meus pulmões, encostando a cabeça na poltrona e tentando me aclamar.

- Você está bem? - Diogo questionou, preocupado.

- Vou ficar... - Balbucio, sorrindo fracamente. Ele pegou minha mão, a levando até seus lábios, a beijando suavemente, o que chamou minha atenção.

- Ele é um idiota por ter perdido você. - Ditou, o que me fez sorri.

- Eu sou sortudo por ter me livrado disso. - Rebato. Rimos, e seguimos o caminho conversando, amenizando o clima pesado que estava.

NO QUARTO AO LADO - (ROMANCE GAY) Onde histórias criam vida. Descubra agora