❎ - - - - - - CAPÍTULO VINTE E SETE - - - - - - ❎

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— Amor, quando acaba isso? — Diogo questionou, jogado em minha cama, enquanto eu estava em minha escrivaninha, digitando um artigo científico para a faculdade

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— Amor, quando acaba isso? — Diogo questionou, jogado em minha cama, enquanto eu estava em minha escrivaninha, digitando um artigo científico para a faculdade.

— Provavelmente... — Confiro em meu relógio de pulso. — daqui à meia hora. — Falo, voltando a digitar o documento. — Isso se eu não perder nenhum minuto respondendo suas perguntas. — Concluo, o ouvindo suspirar.

— Você já está aí há mais de duas horas sentado nessa cadeira. Podia está sentado em outra coisa... — Insinuou, mas continuo com meu olhar fixo na tela.

— Estou morrendo de ri por dentro com sua piadinha. — Ironizo, empurrando meus óculos para cima, já que escorregava de hora em hora pela ponte do meu nariz.

— Você é um mente poluída. Eu estava falando da sua cama, que é muito mais confortável do que essa cadeira. — Falou, o que me fez ri baixo, descrente.

— Claro que estava... — Balbucio, completamente sarcástico.

— Por que está tão frio comigo? Antes você estava mais amoroso. Bem... não era aquelas coisas, tipo, nossaaa' que romântico, mas já era alguma coisa. — Falou, o que me fez revirar os olhos.

— Devia ter pensado nisso antes de ficar interferindo na vida pessoal do seu pai e humilhar meu amigo. — Rebato friamente.

— Ainda com isso?! E agora já considera aquele ladrão de pais seu amigo?! — Suspiro, desacreditado.

— Sim, Diogo. Considero ele meu amigo. E você agiu como uma criança imatura fazendo birra na frente do papaizinho. Eu sou 7 anos mais novo que você e não tenho essa mentalidade ridícula que você demonstrou na frente do seu pai e do Thomaz. — Falo, e ele bufa, irritado.

— Não é ser infantil ou a merda que seja. É o meu pai e eu não preciso ter na minha cabeça um interesseiro ficar se insinuando para o meu pai na minha frente. — Resmungou, o que me fez revirar os olhos.

— Ele não é interesseiro. Thomaz gosta de caras mais velhos.

— Mais velhos e coincidentemente com a conta bancária cheia. — Suspiro, me levantando e indo até a porta do meu quarto, a abrindo.

— Certo, saia do meu quarto. — Falo e ele me encara.

— Por quê?

— Porque eu vou passar boa parte estudando, concluindo meus trabalhos e em seguida vou ter uma ótima noite de sono absolutamente sozinho. — Falo e ele me encara chateado.

— É sério isso? Arthur, íamos dormir juntos,. Eu não me importo em te esperar com esses... trabalhos. — Falou, o que me fez respirar fundo.

— Quando você amadurecer e ter uma conversa singela e imparcial com o seu pai, eu posso pensar em deixar você dormir aqui. Até lá, eu vou aproveitar o silêncio e o espaço do meu quarto todas as noites. — Falo e ele nega.

— Sério?! Arthur, eu estou me esforçando para isso acontecer. Eu amo você, mas eu já não estou aguentando ficar tanto tempo sem você.

— Sem mim ou sem sexo? — Rebato, vendo ele se calar.

— Eu te respeito, Arthur. Mas você se importa com a nossa relação? — Eu ri, descrente.

— Saia do meu quarto, Diogo. — Falo, em um tom sério. Ele suspirou, assentindo e se levantando, passando por mim e saindo do meu quarto, mas antes que eu fechasse a porta, ele a segurou com a mão, me olhando seriamente.

— Não estou te exigindo nada além de um pouco de atenção. Até os beijos são poucos e você não demora a me afastar. Por acaso está testando meu limite e ver até onde eu aguento sem sexo? Arthur, se você não está realmente pronto, eu posso esperar a vida inteira. Mas se estiver me testando, saiba que você está fazendo comigo o mesmo que fizeram com você. Está traindo a confiança que estou dando a você. Boa noite. — Falou, soltando a porta e entrando no quarto dele.

Suspiro, fechando a porta devagar, pensativo. Nem eu sabia o que estava sentindo direito. Era confuso ainda, especialmente por ser tudo muito recente. Eu só queria ter certeza de que eu estava no caminho certo, com as pessoas certas. Eu já errei duas vezes, uma terceira seria demais para o meu psicológico.

Salvo meu trabalho, desligando o computador e me sentando na cama, um tanto quanto pensativo. Eu realmente queria que dessa vez fosse verdadeiro, e eu sei que estava complicando o relacionamento, mas eu realmente não queria que isso fosse só mais um relacionamento com um fim próximo. Eu queria que durasse e Diogo estava tentando fazer isso acontecer.

Eu tento mostra o que penso, o que sinto, por mais que às vezes seja difícil. Eu amo ele, mas não consigo dizer, não consigo demonstrar, e simplesmente tenho medo de me entregar.

Suspiro, me levantando e saindo do meu quarto, com o coração acelerado ao parar em frente à porta do quarto de Diogo.

Giro a maçaneta, vendo Diogo emburrado, deitado na cama. Penso em voltar atrás, me trancar no meu quarto e evitar de me arrepender, mas eu já estava aqui, então iria em frente.

— Diogo... — Chamo, vendo ele me olhar surpreso. Mordo o lábio inferior, tomando coragem e me aproximando da cama dele, retirando minha camisa e me sentando ao lado dele. — Poderia... me fazer aquela massagem que me fez uma vez? — Peço, vendo ele sorri, se levantando e me beijando calmamente, me pedindo para deitar na cama e se levantando para pegar o óleo.

Respiro fundo, deitando de bruços na cama, tendo consciência de que não seria uma massagem qualquer, mas talvez uma espécie de preliminares.

NO QUARTO AO LADO - (ROMANCE GAY) Onde histórias criam vida. Descubra agora