❎ - - - - - - CAPÍTULO DOZE - - - - - - ❎

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Me remexo, sentindo um certo peso sob minha barriga

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Me remexo, sentindo um certo peso sob minha barriga. Abro os olhos, um pouco sonolento, vendo que ainda era cedo, porém não era o meu quarto.

Olho para o meu lado rapidamente, me assustando ao ver Diogo, ainda dormindo, me abraçando. E antes que eu começasse a gritar com ele, lembrei do porquê eu estava aqui. A massagem, a tempestade, o frio... Ele realmente tinha mãos ótimas para massagem.

Respiro fundo, me acalmando e resolvendo me levantar. Olho para a varanda, estranhando ao ver neve. Não brinca...!

Corro até a varanda, empurrando a porta de correr e rindo feito criança ao ver que era realmente neve, e que pela quantidade, deve ter começado durante à noite, já que o chão estava branco, coberto pela neve.

— Diogo! Diogo, levanta! — Exclamo, animado, o sacudindo. Ele resmungou, se remexendo, mas não se acordando. — Diogo! Anda logo! Vem ver isso!

— Diogo não se encontra no momento, por favor, tente mais tarde. — Diogo balbuciou, o que me fez revirar os olhos. Palhaço!

— Se não levantar, eu vou te acordar com um balde de água fria. — Ameaço, vendo ele choramingar, se forçando a ficar sentado na cama.

— O que foi que eu fiz dessa vez? — Questionou, com os cabelos todo bagunçado e uma cara de sono que não sumiria tão cedo. Sorri, puxando seu braço, o trazendo até a varanda.

— Olha! Neve! Está nevando! — Exclamo, com extrema animação. Diogo me encarou, indiferente.

— Acha isso incrível? Todo ano neva. Até porque estamos na época de inverno, então... — Comentou, com descaso.

— Ah, onde eu morava não neva... Ah, vamos lá fora um pouquinho! — Imploro, vendo ele negar rapidamente.

— Nem fodendo que vou lá fora tendo o quentinho da minha cama. — Ditou, já querendo voltar para a cama, mas entro em sua frente.

— Por favor. Eu quero ir lá fora!

— Quantos anos você tem? 5? — Zombou, o que me fez revirar os olhos.

— Ei, eu sou formado, mas ainda sou um baby. — Brinco, rindo. — Anda, vamos. Só um pouco. — Insisto. Ele revira os olhos, assentindo.

— Tudo bem, Arthur. Eu vou vestir algo. — Comemoro, animado.

— Eu também, volto já! — Exclamo, correndo para o meu quarto, procurando uma roupa na parte de roupas de inverno. Visto uma calça preta, mais grossa, um sueter preto, de gola alta, e um sobretudo verde escuro. Pego um gorro preto, minhas luvas de inverno e um cachecol. Calço minhas botas de inverno e saio do quarto, parando em frente à porta de Diogo, dando duas batidas.

Ele logo saiu, usando apenas uma calça e uma camisa comum. O encaro, não entendendo.

— Você vai assim? — Questiono, vendo ele se olhar, procurando algum defeito.

— Qual o problema?

— Você vai morrer congelado!

— Que exagero, garotinho. Estou acostumado com o frio, apesar de odiar o inverno. Além disso, minhas roupas de inverno são essas roupas. — Ditou, me deixando indignado. Volto para o meu quarto, pegando mais um par de luvas, um cachecol e um gorro, voltando até Diogo e o vestindo com esses acessórios.

— Você realmente morreria sem mim. — Afirmo, entregando um sobretudo para ele. — Este é o maior que tenho. Deve caber em você. Vista. — Falo, vendo ele suspirar, vestindo o sobretudo.

— Pronto? — Sorri, assentindo, ajeitando o ângulo do cachecol e do gorro.

— Agora sim. Vamos! — Exclamo, correndo para fora do apartamento, sendo acompanhado por Diogo, que estava totalmente desanimado e bocejando.

Na rua tinha várias crianças correndo para lá e para cá, pulando e brincando na neve, até fazendo bonequinhos.

— É macia! — Exclamo, me jogando no chão, fazendo um anjinho com meu corpo. Diogo continuou parado, me olhando como se eu fosse a criança e ele o adulto responsável que não vê mais graça na vida. — Anda, Diogo. É divertido! — incentivo, mas ele revira os olhos, me virando às costas.

— Não tenho mais 5 anos. — Zombou. Sorri, pegando uma boa quantidade de neve em minhas mãos, formando uma bola perfeita. Me levanto, a jogando em direção a Diogo, que foi atingido no ombro.

Gargalhei, vendo ele me olhará rapidamente, indignado.

— Ah, é assim?! Agora você vai ver! — Exclamou, se abaixando para pegar uma bola de neve em mãos. Gritei, correndo, tentando fugir. Ele riu, a jogando em mim e me atingindo nas costas.

Ficamos nessa, agora fazendo guerra de bola de neve. Corro para detrás de uma árvore grande, na tentativa de me esconder, com uma bola de neve em mãos, preparado para atacar. Respiro fundo, descansando um pouco e resolvendo espiar para ver se ele estava perto. Olho devagarinho para o meu lado esquerdo, mas não o vejo. Ué, para aonde ele foi?

— Te peguei! — Grito de susto quando Diogo aparece na minha frente, agarrando minha cintura. Ele riu, derrubando uma bola de neve na minha cabeça, rindo ainda mais na minha cara.

— Isso é injusto... — Balbucio, fazendo bico e tentando tirar a neve do meu cabelo.

— O que é injusto? — Diogo questionou, baixinho, ficando mais perto de mim, o que chamou minha atenção. O encaro, de repente perdendo toda a minha capacidade de argumentar.

Diogo sorriu de canto, tirando alguns vestígios de neve do meu cabelo e passando seu polegar suavemente por minha bochecha, que certamente deveria estar vermelha de tanta vergonha que eu estava. Mas por que eu estava tão corado?!

Diogo se aproximou ainda mais, trazendo sua boca perto da minha.

Céus, ele iria me beijar!

NO QUARTO AO LADO - (ROMANCE GAY) Where stories live. Discover now