❎ - - - - - - CAPÍTULO VINTE E CINCO - - - - - - ❎

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Me encosto na bancada, cruzando os braços e encarando Diogo seriamente

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Me encosto na bancada, cruzando os braços e encarando Diogo seriamente. Carlos havia saído após o almoço e eu sinceramente odiei ver o comportamento de Diogo hoje.

— Arthur, nem me olha assim! Eu não fiz nada! — Diogo se defendeu, irritado.

— Não fez?! Você destratou o Thomaz! — Exclamo e ele me encara.

— Obviamente! Ele estava dando em cima do meu pai, Arthur! — Eu mesmo tenho idade para ser pai do Thomaz, imagine o meu pai!

— Ok, você exagerou. Seu pai tem 40 anos e Thomaz 23, não é tão absurdo assim. — Falo, e ele bufa, negando.

— Por favor, você também não. Além disso, meu não é gay, então ponto final.

— E se fosse? — Ele me encarou, confuso.

— Não tinha problema nenhum, mas...

— Mas o quê, Diogo?! O que infernos você tem a ver com a vida pessoal do seu pai?! Ele não é velho e tem mesmo que curtir a vida o quanto quiser! — Exclamo, impaciente.

— Não com um garoto de 23 anos!

— Qual é a porra do problema?!! Diogo, estamos no século XXI. Me poupe dessa merda de colocar diferença de idade como um problema de relacionamento. Você mais do que ninguém deveria ser de boa com isso. Já apareceu aqui com meninas mais novas, caras mais velhos, gente de tudo que é jeito. Por que seu pai não pode?!

— Olha, só... é diferente.

— Diferente como?!

— Ele é o meu pai. Já pensou? Um garoto de 23 anos seria meu padrasto. Não tem lógica! — Respiro fundo, balançando a cabeça.

— Não é questão de ser o Thomaz ou não. Pode ser qualquer outra pessoa. O problema é você, que fica interferindo na felicidade do seu pai! Cresce, Diogo. Você não é mais uma criança para ficar fazendo drama cada vez que vê algo que não gosta! Se seu pai quiser ficar com qualquer pessoa, independente de cor, raça, idade ou a porra que seja, você não tem nada que interferir! É ele quem decide, não você. — Diogo suspirou, cruzando os braços.

— Eu só não quero que ele se machuque novamente... — Murmurou, chateado. — Thomaz é jovem, vai querer se aproveitar do meu pai.

— Eu tenho 20 anos, sou mais novo que ele. Quer dizer que estou me aproveitando de você também? — Rebato, em um tom sério.

— Amor, não é isso! Não distorça minhas palavras.

— É você quem está dizendo, não eu.

— Ok! Que seja, tudo bem? Não vou mais interferir na vida do meu pai...

— Não? — O encaro, desconfiado.

— Mas posso opinar. — Completou, fazendo bico. Reviro os olhos, suspirando.

— Você é tão teimoso e irritante! — Resmungo, desacreditado. Diogo sorriu, vindo em minha direção e segurando em minha cintura.

— E você ama... — Ele tentou me beijar, mas me esquivei, o afastando. — O que foi?

— Hoje você não está merecendo.

— Sério?! Ah, Arthur! Nem um beijinho? Isso aí já é tortura! — Resmungou, o que me fez ri, pegando meus livros e me sentando no carpete felpudo da sala, me encostando no sofá e ligando meu notebook.

— Esses são meus métodos de castigo. Se não gosta, é só terminar. — Falo, e ele ri, me encarando.

— Muito engraçado! Isso é um teste? Ótimo. Um dia sem beijos não é nada perto de quase 3 meses sem sexo, beleza? — Ditou, seguindo para o quarto, o que me fez ri, resolvendo focar em meus estudos, aproveitando o silêncio daquela casa.

— Amor

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— Amor... — Diogo choramingou, na porta do meu quarto. Já era noite e eu estava deitado em minha cama, pronto para dormir, lendo um livro. Olho por cima do livro, encarando Diogo que estava com uma cara de cachorro que caiu da mudança.

— O que você quer? — Questiono, e ele suspira, entrando em meu quarto e se sentando na beirada da minha cama.

— Não vai mesmo me dá nem um beijo?

— Não foi você que disse que aguentar um dia era fácil? — Ele choramingou, se deitando ao meu lado e deitando a cabeça em minha barriga, abraçando minha cintura.

— Não aguento! É abstinência demais! Ainda mais sabendo que você está do lado do meu quarto, todo lindo, cheiroso... — Balbuciou, adentrando sua mão por baixo da minha barriga, me causando um arrepio instantâneo. Bato na sua mão com o livro, o que fez ele tirar a mão dali imediatamente.

— Para de ser infantil! Moramos juntos há meses sem nos tocarmos. Um dia não mata. — Falo e ele suspira, fazendo bico.

— Mata! Mata, porque para eu me jogar da janela é em dois segundos.

— Credo, Diogo! — Exclamo e ele ri, me abraçando mais forte.

— Só um beijo... eu não vou dormir sem sentir o sabor dos seus lábios de novo...

— Boa sorte passando a noite em claro. — Falo, fechando meu livro e retirando meus óculos de grau, o deixando sob a cabeceira ao lado da minha cama, em cima do livro.

Já ia me virar, mas Diogo me agarrou, subindo em cima de mim e prendendo meus pulsos contra a cama. Me assusto, o encarando com espanto.

— Diogo! O que está fazendo?! Me solta! — Exclamo, mas ele logo me cala com um beijo, o que me colocou em uma batalha mortal de sentimentos entre o medo e o desejo.

No fim, acabei retribuindo ao beijo, não lutando mais contra.

Diogo sempre conseguia o que queria...

NO QUARTO AO LADO - (ROMANCE GAY) Onde histórias criam vida. Descubra agora