Capítulo 119

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Duda narrando


L7: Bom dia... -me fitou assim que cheguei na cozinha e eu dei um sorriso amarelo- Tá melhor?

Engoli a seco. Será que o alguém já contou pra ele?

- É... Tô!
L7: Um soldado me falou que tu foi parar no hospital ontem. Vcs tem que dar uma segurada na bebedeira... -assenti sem graça-

Ok, provavelmente, ele não sabia de nada.

L7: Tô fazendo fritada de sardinha, vai querer? -falou mexendo na frigideira-
- Aham, tô morta de fome. -apoiei no balcão-

Ele começou a fazer uma pra mim, e só de olhar já tava me dando água na boca, minha barriga roncou algo e nós rimos.

L7: É, parece mesmo que alguém tá com muita fome. -falou rindo-

É, eu e seu segundo neto ou neta.


L7: Alguém já te falou que sua cara tá péssima? -fez uma careta me encarando-
- Obrigada por me lembrar. -peguei o prato da mão dele-
L7: Quando o Gustavo acordar manda ele ir na boca que eu preciso que ele faça uma missão ainda hoje! -assenti quieta- Nem preciso dizer pra ficar a vontade, né?! - riu bagunçando meu cabelo e saiu-

Ou eu estava com muita fome ou aquilo estava estremamente gostoso, acabei em poucos minutos já querendo mais e fui pra sala tentar distrair a minha mente. Um tempinho depois o Gustavo desce as escadas totalmente chapado de sono.


- Eai... -dei um sorriso fraco pra ele-
Gusta: Senti sua falta lá na cama. -deitou a cabeça nas minhas pernas e beijou minha barriga-

Sim, ele BEIJOU A MINHA BARRIGA. Meu Deus, o que aconteceu aqui????? Sentir lábios dele em contato com a minha barriga me arrepiou por inteira, os olhos dele permaneceram fechados, impossibilitando-do de ver minha cara de pânico, e seus braços envolveram minha cintura.

Gusta: Sonhei que vc tava com maior barrigão já, vc acredita? Eu tava todo bobão. -falou baixo- Acho que essa parada pegou no meu psicológico.
- Minha mãe ligou... Preciso estar em casa pro almoço.
Gusta: Quer mesmo fazer isso hoje?
- Adiar vai ser pior, Gustavo... -acariciei o cabelo dele-
Gusta: Puta que pariu. -riu fraco, ainda de olhos fechados- Minha mãe vai surtar quando eu contar pra ela. Vovó Beatriz! -rimos-

(...)

Depois de passarmos na boca pra ele conversar com o L7, descemos o morro de carro em direção a minha casa, eu tava tão tensa que sentia minha carne tremer constantemente, meu coração batia mais forte quando mais próximo a gente chegava do condomínio.

Gusta: Eduarda, pelo amor de Deus, vc vai acabar passando mal. -acaricou o interior da minha coxa- Vc precisa se acalmar.
- Eu não consigo, ok? Já tentei porém não consigo. -esfreguei meus olhos-
Gusta: Que tal contar pra eles outro dia, hein? Hoje vc vai, almoça com eles, fica na paz, digere a ideia e depois a gente conta com calma! -me olhou ao parar no sinal-

Era o certo a se fazer, eu acho, mas eu queria acabar logo com essa aflição, se fosse pra eles surtarem comigo que fosse de ums vez.

Do Asfalto ao Morro 2 Where stories live. Discover now