Capítulo 59

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Helô narrando

Acordei com o meu despertador gritando no meu ouvido como de costume, levantei com calma vendo minhas coisas arrumadas em cima da poltrona.

- Obrigada, mãe. -sussurrei me levantando-

Tomei banho calmamente pensando na conversa que tive com meu pai ontem, ele realmente amadureceu em relação a mim, me deu vários conselhos e me fez prometer que eu iria me esforçar pra ficar bem e já que não é pra ser, vou ficar longe desse garoto.

Saí do banheiro enrolada na toalha, vesti minhas peças íntimas e meu uniforme da escola, fiz uma make leve pra esconder as olheiras e desci pra tomar café.

Bia: Bom dia, meu amor. -falou assim que me viu-
- Bom dia, mãe. -beijei o rosto dela-
Bia: Vc e seu pai demoraram ontem hein. -me analisou- Foram aonde?

Quando eu estava prestes a responder escutei a voz rouca dele ecooar pela sala.

L7: Deixa de ser fofoqueira, Beatriz. -chegou com a cara amassada- Já falei que isso é só entre eu e a minha filha. -piscou pra mim-
Bia: Aiii, pq eu não posso saber? Sou mãe dela!
L7: Eu fico enchendo teu saco perguntando o que vcs conversam o tempo todo? -encarou ela-
Bia: Fica! -gargalhei-
L7: Independente minha filha. -deu os ombros- Dessa vez é diferente.

Eles ficaram naquele bate boca engraçado e eu só sabia rir. Terminei de tomar café rapidinho, fui escovar o dente e pegar minha mochila, ouvi a buzina do carro do tia PL na porta e desci depressa.

Passei pela porta da cozinha e vi meus pais no maior amasso.

- Gente, o Arthur ainda tá pequeno, vão devagar. -gargalhei-
L7: Quero montar meu time logo, filha. -piscou tirando minha mãe de cima do balcão- 
Bia: Deus me livre, ainda não tô louca. -rimos- O PL já tá ai no portão, vai logo.

Beijei o rosto dos dois e saí da cozinha.

- Juízo hein meus amores. -gritei já perto da porta e escutei a risada deles-

Eu tô realizada vendo minha mãe e meu pai felizes, e juntos!! Não tem nada melhor no mundo pra mim.

(...)

Chegamos na escola uns minutos antes do sinal tocar, encontramos a Duda e ficamos conversando com as meninas que estavam no portão também.

Logo o sinal bateu e fomos pra sala juntas, assim que eu cheguei na sala Xavier, um dos amigos do Paulinho, acenou pra mim, estranhei porém acendi de volta.

May: Xavier? Sério?
- O que foi? Tô sendo educada. -ela riu-

Sentei no meu lugar e fiquei fuçando o celular.

Xavier: Eai, Helô. Tranquilo? -sentou na cadeira que estava vaga atrás de mim-

Estranhei essa aproximação repentina do Xavier, de todos os garotos, ele nunca foi de falar muito cmg. Há quem diga que ele é apaixonado por mim, mas não sei.

- O que vc quer? O dever de física? Pediu pra pessoa errada. -ele riu-
Xavier: Só vim saber como vc tá  cara. -se defendeu- Te notei estranha esses dias. -frazi a testa-
- Então quer dizer que o senhor tá me reparando ultimamente? -ele riu sem graça-
Xavier: Sempre te reparei, mas vc chega com uma cara de que vai morder o primeiro que chegar pra falar com vc -gargalhei-

Do Asfalto ao Morro 2 Where stories live. Discover now