Do Asfalto ao Morro 2

Capítulo 76

Helô narrando

Já faz uns dias depois de tudo aquilo que aconteceu, meu pai nem meus irmãos estão falando cmg, na verdade, ninguém está em exceção da minha mãe e da tia Letícia. Tem sido dias de merda pra mim, mal saio do quarto, muito menos de casa.

Bia: Vem almoçar, Heloísa. -apareceu na porta do quarto-
- Tô sem fome! -falei desanimada-
Bia: Não perguntei se vc tá com fome, mandei vc vim comer! Agora vc tem outra vida pra se preocupar, não pode se dar ao luxo de ficar o dia todo sem comer não. -falou ríspida-

Bufei levantando da cama. Como a casa estava silenciosa imaginei que os meninos não fossem vir comer, e dei graças a Deus por isso.

Desci as escadas indo direto pra cozinha, coloquei minha comida logo após a minha mãe, enchi um copo de refri e fui sentar na mesa ao seu lado.

Bia: Como vc tem se sentido? -me olhou-
- Mal. -falei evitando contato visual-  Não pela gravidez ou algo relacionado a minha saúde, mas sim pelo clima que estamos e como tudo aconteceu. -ela assentiu-
Bia: Rlx, as coisas vão se ajeitar.

Logo depois meu pai e meninos entram em casa no maior falatório e animação, eles riam de algo como se não houvesse amanhã mas assim que me viram sentada na mesa o riso cessou.

Junin: Eai Helô, eai tia Bia. -nos cumprimentou-
- Não precisam parar a risada por minha causa, se tiver incomodando, pede que eu saio! -falei focada na minha comida-

Paulinho deu a volta me deu um beijo na testa e um abraço de lado, logo senti o Gustavo nos encarar com o semblante fechado.

Paulinho: O que foi, mlk? Cara feia pra mim é fome fi!

Eles entraram tudo pra cozinha.

Paulinho: Eai, como vc tá?
- Já tive dias melhores. -forcei um sorriso-

Ele foi pra cozinha colocar a comida dele.

Aqui em casa parecia pensão, vira e mexe todo mundo vinha comer aqui, tem dia que a comida sobra, tem dia que acaba. Um caos.

- Posso terminar minha comida lá em cima? -encarei minha mãe-
Bia: Vc não pode fugir de todo mundo pra sempre, Heloísa. -estalei a língua-

Eles todos sentaram na mesa pra comer, apesar do clima pesado, ficaram conversando sobre assuntos aleatórios enquanto eu ficava na minha.

Eu tava super mal com a situação, sabe?! Essa confusão toda era a última coisa que eu queria e tá fazendo mal pra mim viver com todo esse julgamento ao meu redor.

Meu pai ainda não tinha falado nada sobre o que ele ia fazer com o Thiago ou qual eram os planos dele, aquilo tava me deixando meio sistemática.

- Pai.. -o pouco assunto deles cessou- O que vc resolveu fazer com o Thiago? -ele riu-
L7: Tu sabe mesmo como acabar com a fome de alguem né?! -fiquei em silêncio- Vai me pedir pra eu poupar a vida daquele arrombado agora?
Bia: Lucas... -olhou séria pra ele-
L7: Qual foi, Bia? Eu tô errado? -se alterou- Esse desgraçado tava doido pra matar ela e ela querendo poupar a vida dele, ah num fode, Heloísa.
- Eu preferia ter morrido do que ter que lidar com todo esse julgamento de vcs! -falei sem expressão-
L7: É só vc ligar pra ele que ele vem te buscar no pé do morro... Simples!! -levantou da mesa-
Bia: Lucas, vc tá maluco???