Capítulo 87

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Henrique narrando

Saí da faculdade de cara quente de tão puto que eu tava, entreguei minha parte do trabalho fo semestre na mão do Guilherme pra ele poder terminar e entregar pro professor e o desgraçado vem me dizer que perdeu a porra das folhas.

Caralho, eu surtei! Demorei dias pra fazer aquela merda pra agora e me vim com essa. Abri o carro e bati a porta com uma certa força, liguei-o e saí dali o mais rápido que eu pude dali, tudo que eu precisava era um lugar pra beber e fumar um baseado pra relaxar.

Cheguei na entrada do morro, os menor abriram a barricada pra eu passar e eu subi com o carro.

Junin: Eai cria, tá na paz? -me parou-
- Paz é o caralho, tô cheio de ódio na mente. -ele riu-
Junin: Bora fumar um lá em casa, fi. Só tenho que cumprir meu turno mas umas 14h já tô livre.
- Porra, vai dar 13h ainda...
Junin: Aquieta teu cu em casa que eu passo lá pra te chamar. -assenti-

Dei partida com o carro, passei a marcha e acelerei virando numa esquina. Maior missão subir de carro pq tenho que dar maior volta pra chegar em casa.

Joyce, uma mina que eu pego, me chamou assim que viu me carro se aproximar, resolvi ignorar mas acabei me destraindo, quando eu olhei pra rua de novo, vi alguém andando na frente do carro e freei o mais rápido que eu pude.

- Caralho, não acredito! -falei assim que escutei o impacto-

Eu consegui freiar a tempo mas ainda sim acabei batendo na pessoa que tava na minha frente. Saí do carro depressa vendo todo mundo prestar atenção na cena.

Lua: Caralho, Henrique, vc tá louco? -falou com a mão na perna-
- Foi mal, eu não te vi. -ajudei ela a levantar- Tá doendo muito?
Lua: Porra, desaprendeu a dirigir, moleque! -me empurrou apoiando no carro-

Tinha um puta vermelhão na perna dela, com certeza ficaria inchado já já.

- Quer que eu te leve no hospital? -ela negou-

Ela tava nervosa com certeza e, provavelmente, puta comigo então ia negar qualquer ajuda que eu oferecesse.

Lua: Me leva em casa pelo menos, mal consigo andar. -assenti-

Peguei a mochila dela, que ainda tava no chão, e a ajudei a entrar no carro enquanto recebiamos olhares do pessoal que passava.

- Perderam o cu na minha cara, porra? -gritei pra eles-

Entrei no carro, dei a partida e continuei o caminho em direção a casa dela.

Lua: Tá com essa cara de cu pq? É tão ruim dar uma carona pra mim! -ri fraco-
- Não é nada, tô suave.
Lua: Vc ê um péssimo mentiro, sempre te disse isso. -me encarou-
- E vc é uma fofoqueira, sempre te disso isso. -ela deu os ombros-

A Luana foi a mina mais maluca que eu já me envolvi, na época ela era nova e batia neurose com tudo mas eu me amarrava na dela pq ela nunca fingiu ser quem ela na era pra mim nem pra ninguém.

Lua: Tô com dois baseados aqui na mochila, que fumar?
- Tá levando maconha pra escola, Luana? -olhei pra ela surpreso-
Lua: Acabei de comprar, o animal. Ia fumar com umas colegas mais tarde mas tô vendo que tu tá precisando relaxar. -ri-

Do Asfalto ao Morro 2 Where stories live. Discover now