Trinta e nove

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Little do you Know

Assim que chegamos em casa Marilla me puxou e me levou para a cozinha. Onde Matthew já sentado na cadeira observou-me.

Meus instintos me alertavam que algo estava errado, e eu sabia mais do que qualquer coisa, que uma reunião em família "repentinamente" seria para tratar de assuntos complicados.

— Anne, precisamos conversar — disse ele enquanto colocava a xícara na mesa.

— Todos nós — Marilla disse cautelosa.

— E onde está Jerry? — pergunto.

— Jerry não está aqui pois, é um assunto que diz respeito a você...

Meu corpo se enrijece enquanto sinto os olhos enchendo de lágrimas. Eu não era boa em conversas sérias, ao mesmo tempo que as mudanças aconteciam em meu corpo, minha mente me aliava em imaginar que não estava relacionado a doença de Matthew.

— Você ao menos está bem? — pergunto encarando-o.

— Oh Anne, é claro. — ele diz em tom de riso — isso não é uma conversa severa, é mais um aconselhamento em família.

Sorrio e encaro Marilla que me serve uma xícara de chá e se senta.

— Vamos começar.

Era notório que eles estavam sem jeito, mas parecia que era inevitável a tal conversa. Ergo os ombros como se não tivesse escolha. E Matthew fala com bastante dificuldade, como se estivesse prestes a explodir de tanta vergonha.

— Existe algo entre você e o garoto da mansão?

. . .

(Narração Diana.)

— Onde parte dos meus sonhos estão sendo jogados no lixo, por causa dessa obsessão de me jogar em Harvard.

— Isso é trágico — Vanessa diz enquanto passa a bucha no lavatório — olha, mas se te conforta, eu vim parar aqui porque meus pais não tem tempo de pensar em me jogar em Harvard um dia.

Pisco repetidas vezes enquanto o ácido do produto incomoda minha vista.

— Você me acha injusta em ser tão... Ingrata? — encaro a ruiva que sorri.

— Eu adoraria ter pais que desejassem me jogar em Harvard.

Sinto meu coração apertar mas insisto em continuar com meus pensamentos de injustiça.

— Eu vou pensar sobre tudo isso — falo encarando-a.

— Diana Barry — falou a supervisora — está na hora de voltar para o seu castigo.

— Voltarei para o cômodo branco?

Ela me puxa pelo braço em joga dentro do quarto branco.

— Você terá comida em breve.

— Eu preciso de um banho ao menos — retruco — meus pais odiarão saber que estão me tratando tão mal.

Anne With An E - Sec XXI (Concluída)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora