Anne With An E - Sec XXI (Concluída)

Vinte e oito

Onde se esconde os verdadeiros amigos.

Sentada na cama do quarto, observo Diana que anda de um lado para o outro como se estivesse perplexa com os pensamentos aéreos. Seus passos são fortes, e seu cenho está franzido o que indica ainda mais que algo estava errado.

— Diga logo — falo e ela me encara com o olhar mais sutil — quem não a conhece que a compre Diana Barry.

— Está falando do que, Anne?

— oh céus, não me subestime Diana. Não sabe que eu consigo enxergar com clareza que você está em um questionamento interno?

— Eu dei um tapa na Winnie — ela diz assustada — ela disse coisas horríveis sobre você e encarou Jerry com desprezo. Não pude me conter.

— Como assim? — levanto-me — ela fez o que com Jerry?

— Pensei que ficaria curiosa para saber o que ela falou sobre você não o que aconteceu com Jerry.

— Eu costumo me importar com as pessoas que estão ao meu redor, muito mais do que me importo comigo mesma. Por anos eu fui o centro para mim mesma, agora que tenho pessoas ao meu lado, sinto que a importância é primordial.

— Você é maravilhosa Anne — ela me oferece o dedinho — vamos fazer um juramento.

— Eu gostava de juramentos quando eu era criança... — lhe encaro.

— Então, conte-me um que seja capaz de nos unir ainda mais.

— Repita comigo e depois eu pronuncio o seu nome e você o meu, ok?

Ela assente.

— Juro solenemente ser fiel a minha amiga do peito Diana.

— Juro solenemente ser fiel a minha amiga do peito Anne.

— Enquanto o sol e a lua existirem.

— Enquanto o sol e a lua existirem.

Ela me abraça, devolvo o abraço, em segundos ela já se deita na cama e eu também.

— Você é boa demais para o mundo Anne, e acredite, é boa demais para Gilbert Blythe.

— Obrigada Diana. Acho que consigo superar o fato dele... Ser um idiota.

— Pessoas vem e vão — ela aperta minha mão — e quem sabe você não encontre um alguém mais interessante que o Gilbert.

— Benjamin — ironizo.

— Não duvido — ela pisca.

— E o seu primo...

— Cole? — ela sorri — você sabe que ele é adotado não é?

Assinto e logo falo:

— Ele me disse, eu gostei dele, talvez devêssemos sair juntos.

— Cole é gay — ela alerta.

— Eu imaginei — ergo os ombros — ele certamente é o amigo gay que eu sempre quis ter — dou risada — ele parece ser tão legal.