➝ capítulo sessenta e um | FIM

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A S S U N T O S

I N A C A B A D O S


Erick não esperava que Kessie e Tae tivessem granadas. Ele mal teve chance de correr quando elas voaram em sua direção, era impossível escapar. Ele tentou utilizar alguns de seus homens como escudo, mas a explosão o atingiu mesmo assim. Ele caiu do outro lado, atravessando a sala, na qual ele estava escondido um pouco mais cedo. Erick conseguia ver o momento em que Kessie e Tae avançaram, em meio as chamas e atiravam em todos aqueles  que ainda estavam vivos. Ele não conseguia se mexer, o impacto, fez com que ele batesse as costas com força na mesa, ele estava paralisado no chão.

Tae e Kessie avançaram em direção ao corpo dele. Kessie estava com sangue nos olhos, literalmente, toda sua roupa estava suja de sangue. Tae aproveitou a oportunidade para bolar o plano de fuga, os dois não poderiam sair pelo mesmo lugar que entraram, a polícia ja estava no prédio. Antes que pudesse chegar até Erick, Kessie olha para trás e vê um conhecido se aproximar.

— Nossa... Vocês botaram fogo em tudo. — Suga diz, tossindo com a fumaça que se espalhava por todo lugar.

— Foi uma medida desesperada, em um minuto desesperado. — Tae diz fechando a porta atrás deles.

— A polícia está subindo, não temos muito tempo. — Suga diz, olhando para Kessie, que continuava parada em frente à Erick, sem saber como agir.

— Ande garota, faz o que você veio fazer. — ele diz, olhando bem nos olhos dela. — Essa é a sua chance. — ele ri, debochando de Kessie, mais uma vez.

— Você acha que eu não sou capaz?! — ela grita, apontando sua arma para ele.

Tae e Suga não interferem, eles sabiam que Erick estava impedido de tentar alguma coisa, e deram espaço para Kessie, ela realmente precisava daquele momento, precisava vingar a morte de seu pai, e todo sufoco que passou por causa dele e Jae.

— Você não sabe de porcaria nenhuma! — ela grita mais uma vez, deixando as lágrimas escaparem de seus olhos.

— Então atire. — ele diz. — Atire!

— Cale a boca! — Kessie desliza seu dedo para puxar o gatilho. — Você não manda em nada aqui.

— Vocês sabem que o System Black está em todos os lugares, empresas, política. Nós estamos em tudo.

— Nós sabemos, e vamos cortar todas essas cabeças. — Kessie não deixa que Erick responda novamente, ela atira na cabeça dele, bem no meio de sua testa, e ele morre, sem chances de revidar.

Ninguém diz nada. Tae abre a janela da sala, que por um milagre, não sofreu nada com a explosão do andar. Ele e Suga terminam de amarrar algo nela, e depois atiram contra o outro prédio abandonado, do outro lado da rua.

— Vamos de tirolesa. — ele diz animado, tentando quebrar a tensão na sala.

— O que? Nós estamos bem alto aqui... — Kessie vai até a janela, e olha para o chão, nervosa.

— Relaxa Kessie, você vai dar conta. — Suga pega uma das proteções que eles haviam levado. — Eu vou primeiro. — ele não pensa muito, Suga segura bem firme e salta na tirolesa, deslizando para o outro prédio.

Kessie encarou a descida dele nervosa, mesmo tendo acabado de vingar o seu pai, ela não estava tão dopada assim,  de adrenalina, para fazer isso sem medo. Mas na sua mente veio o rosto de Chim, como um gatinho para a loucura dela. Ela pensou que queria vê-lo mais uma vez, e abraça-lo forte depois de tanto lutar. Seu corpo todo tremeu ao tocar na borda da tirolesa, Tae tocou o ombro dela, tentando passar confiança.

— Não temos tempo Kessie... — ele diz, ouvindo pessoas se aproximarem.

Kessie olhou para o corpo de Erick no chão e se lembrou da sensação que teve ao puxar o gatilho. Ela respira fundo antes de pisar na borda da janela, e fecha bem suas mãos na proteção antes de pular. Seus pés se perdem no ar e o vento balança seus cabelos, os jogando de um lado, para o outro. Logo atrás dele, Tae pula, temendo que a polícia chegasse na sala antes de seu salto. Os dois pulam em uma sala abandonada no prédio vizinho. Seus corpos se chocam com o chão empoeirado durante a aterrissagem.

— Eu disse que você conseguiria, ruiva.— Suga bate nas costas de Kessie.

— Eu não sei se quero repetir... — ela sorri, ainda tonta com a aterrissagem.

— Eu vou cortar logo essa corda, ou podem nos encontrar aqui. — Tae diz indo até a janela que eles atravessaram.

Depois de se recuperarem, o trio desce as escadas do prédio apressadamente. O carro não estava muito longe da posição deles, Joon havia planejado muito bem a fuga deles. Enquanto desciam, a polícia ja havia tomado de conta de todo prédio Yang, eles ainda estavam muito confusos, pois só encontravam corpos e funcionários escondidos que não sabiam o que estava acontecendo.

— Eu não acredito que conseguimos. — Kessie diz, enquanto eles corriam.

— Sempre conseguimos. — Tae e Suga sorriem, um para o outro.

— Kessie, como se sente agora? — Suga pergunta.

— Eu... Eu nem sei como me expressar agora. Meu corpo todo, está tão cheio de adrenalina.

— Bem vinda a equipe. — Tae diz, assim que o grupo consegue sair do prédio.

...

Jin dirigia o mais rápido que podia, o grupo precisava ficar o mais longe do local, que eles pudessem. Na van, Chim abraçava Kessie, enquanto Tae e Suga, cuidavam dos ferimentos de Joon, que era o mais grave naquele momento. Todos estavam machucados de alguma forma, e carregariam um pedaço daquela missão em suas mentes, para sempre.

Kessie era uma mulher feita agora, e tomava suas próprias decisões. Chim estava mais sensível do que era, quando tudo começou. Jin e Joon, ainda tinham muitos assuntos inacabados, que ele torcia para ter a oportunidade de falar sobre eles com Joon, depois que ele se recuperasse. Kook não se achava tão "imbatível" como antes, e conhecia muito mais, de seus limites físicos agora. JJ tinha certeza, de que não queria passar por tudo aquilo novamente, mas ele sempre se sentia assim, quando uma missão muito difícil acabava bem. Suga sentia que precisava aprender mais, e que suas habilidades ainda tinha muitas falhas, ele queria alcançar a perfeição.

Tae sabia que aquilo estava muito longe de acabar, mas aceitaria, que por hora, eles eram os vencedores, mas que não poderiam relaxar. E Joon... Joon queria apenas viver, só mais um pouco, o suficiente para ver todo o System Black destruído. Joon dificilmente tinha metas em sua vida, ele gostava de viver um dia de cada vez, sem se cobrar demais. Mas naquele momento, depois de conhecer a tal organização misteriosa, ele não conseguiria viver, sabendo que eles estavam por ai fazendo atrocidades e decidindo a vida e o futuro das pessoas, sem que elas soubessem.

Nos braços de Chim, Kessie tinha encontrado um novo lar, e uma nova família. Ela jamais seria a mesma, e todas as suas ações até ali, poderiam cobrar algo dela mais tarde. Como nova integrante do Clube dos Sete, Kessie queria ser a diferença, e fazer com que aquele grupo de assassinos, fossem muito mais além do que eles mesmos pudessem imaginar.

— E agora, qual é o nosso próximo passo? — Kessie pergunta para Chim, que pareciar estar em outro lugar.

— Nós vamos ir atrás deles, um por um, todos irão cair, não importa o que aconteça.

Clube Dos Sete • The System Black | BTSOnde histórias criam vida. Descubra agora