➝ capítulo trinta e três

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C H O Q U E   D E

R E A L I D A D E


Chim desce uma de suas mãos até a cintura de Kessie a e aperta ali a pressionando contra o chão enquanto o beijo vai se intensificando.

— Melhor a gente sair daqui. — ele diz com um tom de frustração na voz.

— Também acho... Daqui a pouco meu corpo vai se fundir com o chão. — Kessie sorri.

Chim sorri de volta saindo de cima do corpo de Kessie o mais devagar que ele podia. Ele estende a mão para ela, e a ajuda a se levantar. Kessie sacode suas roupas tirando as folhas que estavam presas ali e Chim arruma os cabelos levemente bagunçados agora.

— Eu gostei de vir aqui hoje. — ela diz.

— Eu também, garanto que foi mais divertido do que as outras vezes. — ele sorri sugestivo.

Kessie bate de leve no braço de Chim envergonhada.

— Sério, acho que vou te trazer aqui na próxima vez.

— Você sabe que não precisa me trazer aqui né? - Kessie ajeita a blusa olhando fixamente para Chim.

— É estranho com os rapazes lá... — Chim coça a nuca.

— Esse é o problema? — ela sorri.

— Uma parte dele...

Os dois trocam um sorriso enquanto Chim se abaixa para guardar as coisas que eles haviam levado.

— Não gastamos tantas balas quanto eu pensei.

— Claro, não ficamos atirando o tempo todo. — Kessie o segue ajudando a desmontar sua arma.

Os dois se apressam guardando as coisas na bolsa. Chim sabia que os dois não deveriam ficar muito tempo ali. Ele sempre foi instintivo demais e seu pensamento no momento é que eles deveriam ir embora antes que alguém aparecesse ali.

— Ouviu isso? — Kessie pergunta olhando em volta.

— Ouvi... — Chim deixa a bolsa no chão novamente. — Droga...

— O que foi? — ela pergunta ainda tentando ver algo.

— Acho que tem alguém vindo pra cá.

Os olhos de Kessie se arregalam. A jovem não esperava que isso pudesse acontecer ali naquele lugar, tudo estava calmo demais para ser verdade.

— O que fazemos agora? — ela pergunta ainda assustada.

— Calma... — Chim passa as mãos nos cabelos. — ...Vamos tentar nos esconder por aqui... E... — ele hesita. — ...Torcer para que ninguém nos veja.

Chim não se preocuparia tanto se fosse algum de seus conhecidos. A sua preocupação era com o grupo misterioso que estava dedicando todo o seu tempo para persegui-los e mata-los. As vozes se aproximavam cada vez mais, os deixando ainda mais tensos. Chim voltou a pegar a bolsa do chão e fez um sinal com o dedo indicador sobre a boca avisando para Kessie fazer silencio. Ela acena positivamente com a cabeça concordando com o rapaz.

Os dois caminham devagar para a lateral onde tinha algumas arvores mais robustas que eles poderiam se esconder. Na ponta dos pés eles se movem até chegar a alguns arbustos mais altos, os dois se agacham ali prestando atenção em tudo a sua volta. Chim olhava freneticamente para o alto como se esperasse ver algum atirador ou alguém de tocaia, mas pelo o que ele podia ver não tinha nada, apenas as vozes que se aproximavam cada vez mais.

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