Tomei a decisão de testar meus limites

6.8K 580 79
                                    

Minha mãe pediu para que eu fizesse a compra do mês para ela, ela estava tão ocupada no serviço e já que era meu último dia em casa, amanhã cedo já estaria na Mansão Evans, me ofereci para fazer as comprar do nosso apartamento. O que é muito bom, vou aproveitar para comprar muita coisa gostosa. Foi exatamente isso que eu fiz, segui a lista e orientações da mamãe mas, aproveitei para comprar as minhas besteiras favoritas.

Eu não deixei de pensar se o Senhor Evans resolveu com a Wanda mas, não é mais da minha conta. Eu só quero me proteger e fala sério, como um homem daquele se envolve com aquele tipo de mulher? Ela não deve ter equilíbrio mental ou o ciúmes subiu a cabeça a partir de agora. Eu não entendo. Nem quero entender na verdade. Ela ficando longe de mim já é suficiente.

Caminho até o caixa, assim que pago todas as compras e pego as sacolas, vou caminhando para fora do supermercado. Ando pelas calçadas em direção ao meu apartamento, observo as pessoas e alguns conhecidos que acabam me cumprimentando com um sorriso. Assim que chego em meu apartamento, sinto meu celular vibrar na minha bolsa e pego o elevador rapidamente. Deixo algumas compras no chão e pego o celular, um número desconhecido e fico desconfiada daquela dissimulada mas, pode ser outra pessoa e por isso me arrisco em atender.

- Alô? - Murmuro atendendo e colocando o celular no meu ombro inclinando a cabeça para ouvir melhor ao pegar as compras de novo.

- Bom dia, Senhorita Reinhart? - Uma voz feminina responde - Somos da coordenação do Colégio do Bradley. Entramos em contato somente por não conseguir falar com o Senhor Evans, Bradley está queimando de febre. Precisamos que alguém venha buscar, passamos na enfermaria do colégio mas, ele vomitou pela segunda vez, não temos autorização e nem podemos passar mais remédios.

- Ah - Sussurro preocupada - Ok. Em alguns minutos estarei aí.

- Aguardamos. Obrigada, Senhorita Reinhart! - Ela agradece e assim que abro a porta do meu apartamento eu desligo a ligação.

Era só o que faltava, né Bradley. Joguei todas as compras na sala mesmo, me virei para a porta novamente e sai outra vez, chamei um Uber pelo meu celular e enquanto já estava no elevador. Em pouco minutos esperando na frente do apartamento o Uber chegou. Tinha pouco trânsito e poderia chegar mais rápido. Quando eles peroraram um segundo contato de emergência não imaginei que já iria funcionar, talvez Bradley tenha decorado meu número também e não entendo porque não conseguiram ligar para o Senhor Evans, ele sempre atende quando é justamente o Colégio dos garotos.

O carro estacionou na entrada do colégio, paguei rapidamente a corrida e sai do carro. Me identifiquei na entrada e já reconhecia um pouco o Colégio, fui diretamente na secretaria e encontrei Bradley sentado em uma das poltronas com a mão na cabeça, ele soava frio. Me aproximei e uma negra se aproximou de mim, ela era alta e eu a reconheci.

- Bom dia - Ela me oferece a sua mão direita e eu a cumprimento - Sou a professora Stella, de natação. Acompanhei o Bradley na enfermaria quando encontrei ele passando mal em um dos corredores, avisei o seu irmão mais velho, o Derek, ele está bem e pode permanecer no Colégio. Explicamos a situação para que ele posso avisar ao responsável que vier o buscar.

- Entendo - Respondo baixo e olho para o Bradley - Irei levar o Bradley ao médico. E, se eu conseguir entrar em contato com a casa do Senhor Evans aviso também.

Ela balança a cabeça assentindo, assino a saída do Bradley e em seguida pego a sua mochila. Ele parece fraco até mesmo para falar, passo um dos seus braços pela minha cintura enquanto eu a abraçava de volta o segurando, com a mão livre chamo mas uma vez um Uber e com o endereço de um hospital mais perto. Ajudo o Bradley a entrar no carro, ele tenta arrumar a postura mas, acaba caindo de fraqueza ao meu lado.

The NannyWhere stories live. Discover now