The Moon and the Cold Skin [Edrry] - Vol. 1

16. Capítulo 16

Harry estava pensativo enquanto andava de um lado para o outro no quarto. Já estava de noite, e ele sabia que em questão de minutos Edward chegaria.
Edward.
"O que ele fez comigo?" Se perguntou o garoto.
"Não é hora para romantismo Potter". Disse Draco em sua cabeça.

Harry em um tom de voz baixo disse:

-Mas Draco se isso for verdade, acho que é melhor manter distância dele.

"Não pense idiotices. Você é um grifinório e nem por isso me afastei de você" Respondeu a voz suave de Malfoy.
Harry se sentira... traído? Ou chateado? Ou um mix das duas sensações.

"Se Edward realmente fosse um vampiro, o que ele poderia ter feito comigo?" Pensou.

-Draco o que acha que devo fazer? -O moreno perguntou a voz em sua cabeça, mas não obteve resposta. Draco não estava mais ali. -Draco! Draco! -Ele gritou.

Logo, um barulho fora ouvido da janela e Harry rapidamente se virou em direção a mesma, vendo uma silhueta familiar se escondendo às sombras.
Assim que dera um passo a frente, a luz da lua revelara o suposto garoto de pele fria.
Edward estava ali, parado em seu quarto, com um seus olhos em Harry, que instantaneamente recuou um pouco.

-Edward saía daqui, por favor. Não sei o que veio fazer aqui, mas não estou interessado em nada. -Pediu.

-Eu não vou sair até que saiba o motivo pelo qual brigou comigo hoje. O motivo pelo qual anda estranho há dias. -Pediu o vampiro, dando um passo a frente. O garoto que sobreviveu em um rápido movimento, sacara sua varinha do bolso e apontara ao garoto mais alto.

-Você quer saber o motivo? -Perguntou Harry arqueando uma sobrancelha.

-Bom eu vim aqui para isso... -Respondeu Edward com tom de ironia.

--Sua velocidade e força não são normais. -Disse Harry. -Sua pele é branca e gelada e seus olhos mudam de cor. E, às vezes, você fala e age como se fosse de outra época. Nunca come nem bebe nada. E quando faz sol, você não aparece.

-Você é muito observador, não é Harry? -Disse Edward com uma voz cética.

-Quantos anos você tem? -Perguntou Harry, ainda sem saber ao certo o que começar a questionar.

-Dezessete.

Harry parecia estar perplexo com tudo aquilo. Suas emoções eram um mix de exaltação, irritação e medo.

-Há quanto tempo tem dezessete anos?

-Há muito tempo. -Ele respondeu.

-Sei o que você é. -Disse Harry, de costas para o Cullen.

-Diga. Em voz alta. -Pediu Edward, em um tom ríspido. -Diga.

-Vampiro. Você é um vampiro. -Ele soltou duma vez e parecia que suas costas até ficaram um pouco mais leve.

-Agora, eu te faço a pergunta mais óbvia de todas. Do que vampiros sobrevivem? -Perguntou Edward.

-Você sobrevive de sangue. Como consegue matar inocentes? Como consegue simplesmente matar? -O bruxo deu ênfase a última palavra.

-Na verdade, minha família e eu somos vegetarianos, isso significa que apenas nos alimentamos de sangue animal. Contraditório eu sei, chega a ser uma piada interna entre meus irmãos e eu, mas é a realidade. -Respondeu Edward com um tanto de preocupação. -Desde quando sabe disso? -Questionou.

-Não vem ao caso agora. Só... só me diga, por que não me contou? Edward revelei a você o maior segredo da minha vida. -Edward conseguira ver a decepção junto as lágrimas do pequeno bruxo.

-Eu não posso falar sobre isso com ninguém. -Respondeu ele, se aproximando ainda mais. -Na verdade isso não poderia ter acontecido. Isso tudo foi um erro.

-Isso o que? Eu descobrir tudo? Eu confiei em você quando te contei tudo sobre mim e você simplesmente continuou uma mentira. -Disse Harry, limpando com uma mão as lágrimas de seus olhos.

-Harry ouça eu... -Falou Edward, porém sendo interrompido por Harry.

-Você me afundou em mentiras e quando eu descobria alguma coisa você disfarçava, teve chances de me contar. -Verocificou Harry.

-Eu sei mas eu... -Novamente Edward fora cortado por Harry, que estava intensamente nervoso.

-Você mentiu pra mim! Você foi cruel. Eu poderia ter apagado com facilidade sua memória mas eu não quis!

-Eu não tive escolha! -Gritou o vampiro, vendo Harry ficar com algumas lágrimas nos olhos. -Se revelarmos nosso segredo aos humanos a sentença é a morte e eu não poderia me arriscar. -Harry estava ainda bravo, porém paralisado.
Ele analisava o rosto do vampiro que se aproximava de forma calma. Sua varinha continuara apontada para o mesmo. -Olha me desculpe por tudo, eu fui egoísta sei disso. -Ele então tocara a mão de Harry que segurava a varinha firmemente apontada em direção a ele. Harry estremeceu com o gélido toque do garoto, que segurou sua mão, abaixando-a mas não a soltando. -Mas agora estou disposto a lhe contar tudo o que deseja saber, afinal tenho um motivo para isso.

-Um motivo? Seria porque você sabe tudo sobre mim e eu não sei nada sobre você? -Questionou o bruxo, sentindo que o vampiro se aproximara ainda mais de ti.
Ele estremeceu com a proximidade, mas não recuara.

-Além disso. Digamos que seja um motivo maior. -Edward respondeu, levando a outra mão ao pescoço de Harry.

-E qual seria então? -Perguntou Harry, sentindo a aproximação do vampiro e automaticamente fechando seus olhos.

-Esse. -Disse Edward antes de tomar os lábios de Harry com os seus. Seus lábios gelados, de mármore se pressionaram nos quentes e aconchegantes lábios rosados de Harry.
Nenhum dos dois estavam preparados para aquilo, afinal Edward sabia dos riscos em que colocaria Harry se afundasse ainda mais a sensação. Por outro lado, o menino que sobreviveu parecia não ligar para tudo aquilo.
O sangue queimou embaixo de sua pele e sua respiração saiu selvagemente entre os lábios de Edward. Os dedos de Harry se fecharam nos cabelos do vampiro, apertando ele contra si.
A sensação prazerosa fora quebrada quando as mãos de Edward seguraram as bochechas de Harry, forçando-o para trás. Logo Harry notara que precisara respirar.
Ele então retoma o fôlego, e diz:

-Me conte tudo. Quero saber tudo.

-Você irá. -Disse Edward. -E eu ficaria aqui a noite toda lhe contando, mas preciso sair para que você durma um pouco. Eu prometo que amanhã você irá ter todas as suas respostas.

Harry estava em êxtase. A sensação era extremamente prazerosa, e ao mesmo tempo parecia tão perigosa.
Quanto a afirmação de Edward, ele assentiu com a cabeça, um tanto confuso. Edward sem hesitar, lhe tomou os lábios novamente em um longo selinho, antes de andar em direção a janela e sair pela mesma.

Harry apenas se deitou em sua cama. Um tanto confuso e imerso em pensamentos.
Não poderia acreditar que aquilo havia acontecido. Fora maravilhoso e instigante, mas no momento seguinte algo lhe tomara os pensamentos.
Draco.
Draco Malfoy.
Como o loiro reagiria a tal ato? O que pensaria?
Essas eram algumas das questões internas de Harry. Logo, ele adormecera, mal sabendo o que lhe aguardava no próximo dia na escola.
Óbvio que ele estava louco para saber tudo sobre Edward e estava imensamente preocupado com Draco, mas no momento seu sono era mais importante do que tudo.