(...)

Só consegui me tranquilizar depois de ver minha filha bem nos meus braços.

- Fiquei tão preocupada.. -acariciei o rosto dela pela milésima vez-
Helô: Vou só um susto, mãe. Queda de pressão talvez!
- Coloca uma roupa leve e deita que daqui a pouco eu vou lá levar alguma coisa pra vc comer, tá? -ela assentiu-

Coloquei o Arthur no bebê conforto e levei ele pra cozinha pra eu ficar de olho nele enquanto preparava o almoço.

- Ai Arthurzinho, que vc me dê menos preocupação que seus irmãos pq eu não aguento não. -falei socando alho- Já tô velha pra passar por esses sustos.

Fiquei conversando com meu neném até que toda comida estivesse pronta, até que foi rapidinho, quando dei por mim os meninos já tinham chego.

Paulinho: Eai, tia. -beijou meu rosto- Como tá a Helô?
Junin: O que aconteceu com ela?
Gusta: Desmaiou na escola..
- Tá melhor! Vou levar comida pra ela agora.
May: Pode deixar que eu levo, tia. Só vim pra ver ela mesmo..

Eu não entendi o que ela quis dizer com isso mas deixei passar.

- Podem ir tirando a comida de vcs aí, vou dar mama pro Arthur!

Fiquei na sala dando peito pro Arthur enquanto ouvia a bagunça dele na cozinha. Olhei o horário e já marcavam 13:39 e nada do L7 chegar.

- Ele disse que vinha pro almoço né?! Vamos esperar.

Escutei a porta bater e me virei pra olhar mas era o Henrique entrando.

- Como foi a aula?
Henri: Uma puta chatisse, não vejo a hora desse semestre acabar logo. -beijou minha testa- Comida tá pronta?  -assenti e ele saiu do cômodo-

Terminei de dar mama pro Arthur, coloquei ele pra arrotar e o mesmo logo dormiu. Como já passavam das 14h decidi ligar pro L7 pra ver se ele vinha comer em casa.

Chama, chama e ninguém atende. Tentei cinco vezes e nada, aquilo já tinha me irritado profundamente.
Não que eu desconfie que ele esteja fazendo algo de errado, mas odeio quando ele fala que vai fazer algo e não cumpre. Puta que pariu, que ódio.

Henri: Cadê meu pai?
- Deve tá na puta que pariu ele! -falei curta e grossa-
Gusta: Vou passar um rádio pra ver qual foi.
- Não! Deixa ele lá, por favor.

Coloquei minha comida e comecei a comer quieta, as crianças (pra mim eles sempre vão ser crianças) subiram pra ver como tava a Helô, me deixando sozinha com as minhas paranóias.

Logo terminei de comer e subi, dei uma passada no quarto da Helô pra ver como tudo estava e logo fui pro meu quarto. Deitei e tentei dormir, mas logo um sentimento de angústia me atingiu, eu sabia que tinha alguma errada, e eu precisava saber o que.

Levantei da cama depressa amarrando meu cabelo, coloquei os chinelos e voltei pro quarto da Helô.

- Fiquem de olho no Arthur rapidinho que eu vou resolver uma coisa.
Gusta: Resolver o que?
- Se fosse da tua conta, vc saberia.

Eles começaram a tumultuar e rir.

Paulinho: Tomaaa distraído!! -rimos-

Do Asfalto ao Morro 2 Where stories live. Discover now