O Policial

Capítulo 33

(continuação...)

L-O-R-E N-A. Me lembro bem de seu nome. Meu estômago chega a revirar apenas de vê-los tão próximos, eu mal conhecia a mulher e já não gostava dela, bobeira da minha parte? Talvez. Ciúmes? Com certeza. Alguma coisa dentro de mim me dizia que meu relacionamento com Sam não seria mais o mesmo depois do "retorno da múmia".

O que essa mulher está fazendo aqui?

Por que agora?

Será que mora nessa cidade?

A quanto tempo foram noivos?

Várias perguntas se formam na minha cabeça, aumentando ainda mais meu nervosismo, eu simplesmente não sabia nada sobre aquela mulher. Dessa forma pude chegar a conclusão de que eu também não conhecia grande parte da vida de Sam, além do nervosismo minha insegurança também foi duplicada com meus pensamentos perversos que tiravam meu sossego.

Minha presença não foi notada, aproximo discretamente e escondo-me na parte da porta que está fechada para tentar escutar um pouco da conversa. É, eu sei que isso não e uma coisa certa de se fazer. Mas vou fazer assim mesmo.

- Podemos recomeçar, fazer dar certo. - Diz Lorena.

Mas que filha da puta... AGORA SIM EU POSSO DIZER QUE ODEIO ELA.

- Você não pode aparecer aqui e simplesmente me pedir para largar tudo e ficar com você.

Ao ouvir a resposta de Sam eu até poderia me sentir aliviada, mas o que ele disse não foi um "não" ele poderia tê-la tirado de sua casa, dito que não queria mais nada com ela. Pareceu mais uma resposta para aquele momento e não uma resposta clara e definitiva. Isso me deixou devastada.

Os segundos ali pareciam horas, eu estava acelerada, minha ansiedade estava em um nível tão elevado que eu nem me lembro a última vez que me senti assim. Não aguentaria mais ficar ali sem tirar satisfação com aqueles dois. Passado alguns segundos, mais nenhuma palavra foi dita, o que me deixou agoniada, se não estão usando a boca para conversar.... devem estar usando para outra coisa.

Abro a porta empurrando-a com a mão tremula e seguro a tigela de brigadeiro com a outra. Eis a imagem que corta meu coração, Lorena com os braços em volta do pescoço de Sam e ambos se beijando. Só notam minha presença quando a tigela que estava em minhas mãos se choca ao chão fazendo os cacos de vidro se separarem com o impacto. Posso dizer que meu coração estava daquele jeito.

Estou parada do mesmo jeito que entrei, com os olhos arregalados sem acreditar no que vê, agora marejados de lágrimas. A boca entre aberta procurando alguma coisa para falar, mas nada que eu fale ira mudar alguma coisa. Sam me olha assustado empurrando Lorena tentando afastá-la de si. Não tinha me dado conta que tinha prendido minha respiração até que solto o ar preso com muita força e tento recuperar meu fôlego que agora estava perdido em algum lugar.

- Diana... nã-não é isso que est-tá parecendo. - Diz Sam levantando as mãos.

Balanço a cabeça negando tudo o que ele dizia, apesar de não conseguir assimilar muito o que ele está falando. Vou andando de costas até sair de dentro daquela maldita casa, preciso pelo menos recuperar meu ar.

- Espera, espera... - Sam se aproxima e segura meu rosto.

Ao sentir seu toque em minha pele só consigo sentir repulsa. Mais que rapidamente retiro suas mãos e estalo um tapa bem cheio em sua cara.

- Não encoste em mim. - Digo com os dentes semicerrados. - NUNCA MAIS ENCOSTE MIM. - Grito praticamente na sua cara. - EU TENHO NOJO DE VOCÊ.

- Se acalme um pouco. - Diz Sam com a mão no rosto aonde havia levado o tapa. Minha mão ainda latejava.

- Se acalme? - Dou uma risada ironica. - Você ainda não me viu nervosa. Eu quero mais é que você vá para o inferno você e essa vagabunda aí, desgraçado.

- Sam, eu vou embora. - Diz Lorena saindo e a puxo pelo braço.

- Você não deveria nem ter vindo e nem sei o que está fazendo aqui ainda.

- Me solta sua louca!

Solto braço dela levantando minha mão em sinal de nojo e limpo a mão na perna da minha calça.

- Pensando bem, pode ficar. Eu que vou embora. - Falo e começo a andar saindo daquele lugar nojento.

- Diana, espera....

Finjo que não escuto e continuo andando, com os passos apressados. Só não corro, porque a falta de ar ainda me impede. Escuto passos se aproximando de mim.

- Não vá embora sozinha nesse estado... - Paro na mesma hora que ele diz isso e viro em sua direção.

- Agora você se importa em como eu estou? Me poupe Samuel. - Ele me olha perdido. - Você é um mentiroso, safado eu quero mais é distancia de você. Esqueça que eu existo e vai curtir com sua mulherzinha, boa reconciliação para vocês, porque agora eu não vou mais atrapalhar o momento. Vocês se merecem. - Olho em seus olhos quando digo essas palavras e vejo lágrimas acumulando, o que não me atinge nem um pouco.

- Por favor não me deixa assim... se acalme um pouco para que podemos conversar.

- Não tem o que conversar. Não tem como voltar atrás e apagar tudo que aconteceu. Mas isso foi bom para que eu conhecesse quem você é de verdade Samuel, e eu não quero mais você na minha vida.

*-----------------------------*

Boa tarde!!

E aí ?! Bafônico esse capítulo de hoje, não foi?

O que vcs fariam se fosse Diana?

Não quero trazer para vocês personagens perfeitos, todos tem atitudes ruins alguma hora, assim como nós mesmos. Espero que estejam gostando!

Não deixe de avaliar e comentar! Adoro quando interagem comigo ⭐️

bjooos 😘

Até o próximo capítulo! ❤️