Capítulo 61

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Dentro do carro do policial rumo a delegacia, eu fui repassando todo o ocorrido na minha mente, tentando identificar algo que deixei passar, comecei a lembrar do meu filho, de Diana...

- Como ela está? - Perguntou o policial ao volante.

- Bem, dentro do possível. - Falei olhando pela janela.

- O que está pensando?

Naquela pergunta, notei no mesmo momento que a investigação do caso e o meu interrogatório já havia começado fazia tempo. Claro, desde que me encontraram, estão observando minhas atitudes, meus passos, para ver se podem confiar em mim. Eu como policial, deveria ter percebido isso antes. Mas com o desespero tomando conta de mim, ficou imperceptível. Mas, como não devo nada, que seja melhor que aconteça assim, de forma natural e verdadeira.

- Eu não sei, em várias coisas ao mesmo tempo. - Respondi sendo sincero.

- Como está se sentindo?

- Parece que meu corpo vai desabar a qualquer momento de cansaço. Espero que essa nossa visita na delegacia não demore muito.

- Tenho sensação que será rápida. Só precisamos recolher seu depoimento.

Ao estacionar vi o carro de Marcos, ao entrar na delegacia o vi sentado com os cotovelos apoiados nos joelhos a mão apoiando o rosto.

- Sam, porque não me ligou? - Disse me dando um abraço caloroso.

- Sinceramente, não sabia se podia confiar em você.

- Entendo, e ao mesmo tempo fico ofendido.

- É, diante de tudo que estava acontecendo, espero que me entenda e me perdoe por isso. Eu estava desesperado. - Ele fez um sinal positivo com a cabeça. - Preciso resolver isso aqui logo para ir em casa tomar um banho e voltar para o hospital.

- Tudo bem, ficarei aqui, caso precise de mim.

- Obrigado.

Fui entrando na sala onde estavam o investigador e o delegado responsável pelo caso e o advogado que entrei em contato lá no hospital antes de vir pra cá.

- Samuel Collins. - Disse o delegado.

- Sim.

- Precisamos fazer algumas perguntas e você estará liberado.

- Podem começar.

(...)

Após uma hora e meia de perguntas sobre o ocorrido fui liberado da delegacia, minha cabeça estava quase explodindo e agora também estava morto de fome. Marcos me deu uma carona até minha casa, já que meu carro ainda estava em posse da polícia para fazer a investigação. Ele esperava na sala enquanto em tomava um banho para voltar ao hospital. Assim que terminei o banho já fui correndo pegar uma roupa qualquer para ir, fiz uma pequena mala com algumas roupinhas que compramos para o Luke e uma roupa para Diana. Não sabia quando ela ganharia alta, mas queria estar preparado quando isso acontecesse.

- Preciso comer alguma coisa antes de voltar. - Falei para Marcos.

- A gente compra no caminho.

- Ótimo, muito obrigado pela ajuda.

- O mínimo que posso fazer.

Saímos, tranquei a casa e fomos para o carro em direção ao hospital, que ficava um pouco longe. Parei no caminho e comprei um fast food para nós e fui comendo dentro do carro mesmo, a fome estava muito forte. Estava ansioso para vê-los novamente. Não ficamos de muita conversa durante o percurso, Marcos via que eu não estava muito no clima de ficar conversando. Não sei como, mas minha mãe já sabia do ocorrido e tentava demonstrar um pouco de compaixão pelo telefone. Eu logo disse que ela estava bem, que ia melhorar e que meu filho também estava bem, não contei onde ela estava, ultima coisa que queria era uma visita indesejada, não sei como minha mãe se comportaria então era melhor evitar tal constrangimento.

O PolicialWhere stories live. Discover now