Edward, Lizzie e Corvo saíram da fenda, retornando ao Reino dos Céus. Antes que eles se dirigissem para fora da sala do trono, Deus entoou:
— Leve um dos arcanjos consigo para ajudá-los no inferno.
Os dois pararam e viraram, e Edward fez uma careta de desgosto.
— Com todo o respeito, Senhor — começou ele —, mas não precisamos de ajuda de nenhum de seus arcanjos.
— Chamou-me aqui, Senhor?
Reconhecendo a voz, Edward sorriu e virou-se para fintar Uriel. A arcanjo de olhos azuis e longos cabelos brancos estava equipada com sua armadura prateada e sua espada acoplada em sua cintura. Notando que era o Selo, ela também sorriu.
— Edward, Lizzie, Corvo, é bom revê-los.
— Digo o mesmo, Uriel — disse Ed. Lizzie acenou e Corvo crocitou. — Nós estamos prestes a ir para os mais longínquos confins do inferno para caçar nosso tão amado mentor. Que tal ir conosco?
Uriel olhou além do Edward. — Posso? — pediu ela.
— Obvio que pode! — concordou ele, ignorando propositalmente o fato que a pergunta fora direcionada para o Senhor. — Prometo trazer você de volta quase inteira. — Ed tocou o ombro dela enquanto passava. — Vamos logo. Dante estará lá.
Uriel fez uma reverência e passou a seguir o Selo. Enquanto desciam as escadas, ela indagou:
— Compareceu em vosso Reino só para me recrutar, Edward?
— Na verdade, não. Você fora um acaso bem-vindo. — Ele ajudou Liz a subir em suas costas. — Vim aqui para conversar com a Vida. Havia alguns questionamentos.
— E foram saciados?
— Por parte. Infelizmente, sai com novos questionamentos de lá. — Ed deixou seu indicador e riste e fintou Uriel. — Por exemplo: sabia que você fora forjada por minha irmã?
— Obviamente. Eu estava lá quando nasci, afinal.
— E que nenhum outro anjo fora forjado por ela, além de você?
— Sim.
— Então, dentre todos estes anjos, você fora a única criada pela mão de outrem. Além disso, também foi o único anjo inferior capaz de ter um poder comparável ao de um arcanjo. Não é coincidência demais você, logo você, ser submetida ao comando de Samael, o anjo que posteriormente traiu a todos e que você assumiu seu lugar de arcanjo?
Uriel parou imediatamente e fintou o Selo, séria. — Aonde quer chegar, Morte?
— Nenhum lugar, nenhum. — Ele balançou o braço em negação sem parar de andar. — Vamos, talvez estejamos atrasados.
Mikaela havia buscado todos os Selos com o seu teletransporte, e estavam agora reunidos em sua casa. Kleist estava consolando sua filha e seu neto no primeiro andar, pois estavam entristecidos pela morte de seu genro. O restante estava embaixo. O ferimento em Pietra havia sido coberto por ataduras, que estavam avermelhadas pelo sangue, mas ela já quase não sentia dor. Aiken estava sentado na cadeira, cochilando. E Dante encontrava-se junto Deckard e Miana, entregando os braceletes para eles. Ao colocá-lo, Miana estendeu o braço e o bracelete desceu para o cotovelo.
— Talvez seja um pouco grande, tio — ela disse.
— Bem... você irá crescer um dia, certo? — ele retrucou.
— Com certeza. Irei ser maior que você!
— Não exagera, querida. Olha o tamanho do seu pai e sua mãe.
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Os Cinco Selos
FantasyO mundo é um perfeito equilíbrio. Onde existe felicidade, sempre irá ter tristeza. Onde há vida, sempre há morte. Com a criação, terá a destruição. Entretanto, há aqueles que pendem demais para um lado, porém, há aqueles que irão fazer, se necessári...