Capítulo 144 - Esperança

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A barreira mágica laranja semitransparente era grande o suficiente para proteger todos que estavam atrás dela. Com o contando na barreira, as chamas do dragão se espalhou por ela e ficou estagnada, ao mesmo tempo que as chamas dos Selos iam diminuindo gradativamente.

Mikaela estava sentada no chão com o braço direito esticado, assim mantendo a barreira sem muita dificuldade, aparentemente.

— Porra, essa foi por pouco — ela comentou, levantando-se.

Edward, Kleist e Dante também se levantavam. Aiken e Pietra começaram a alongar os braços em aquecimento. Lua e Camille estavam com os olhos arregalados sem entender nada.

— Muito pouco. — Edward jogou o cabelo recaído em seus olhos para trás. Sua foice azul já estava em punhos. Em um tom solene, disse: — Pietra, de o máximo de auxílio para que os humanos sobrevivam.

— Sim, capitão. — As chamas verde pulsaram, e Pietra saiu em disparada.

— Kleist, Aiken, obliterem qualquer demônio em sua frente.

Os dois assentiram e partiram com suas respectivas chamas ardendo em seus corpos.

— E Dante... — Ed apontou para o dragão. — Faça aquele merda parar de cuspir fogo. Agora.

Dante sorriu.

Suas chamas vermelhas espalharam — Lua e Camille sentiram o fervor, mas não se queimaram. Tomando um pouco de distância, Fúria correu e saltou em direção a torrente. A chama laranja começou a ser empurrada pela vermelha.

Confuso e tentando entender o que estava acontecendo, Bahamut viu o Selo indo de encontro com o dragão. Com indiferença, o rei dos demônios flutuou alguns metros acima do dragão. Dante se chocou contra o dragão, e os dois saíram rolando pelo chão, com a criatura rugindo. A torrente de chamas cessou.

Edward assobiou.

— Quanta eficiência! — ele disse.

— Edward, foco! — advertiu Mika. A barreira começou a estilhaçar-se quando ela abaixou o braço.

— Desculpa, desculpa. Nós de suporte, sim?

— Claro. E o que você vai fazer?

— Eu...? — Ele olhou ao redor coçando o queixo. Ao ver o seu eu daquela linha temporal lutando ferozmente contra uma jovem de cabelos brancos, sorriu. — Eu vou cuidar de mim mesmo.

Miana e Morte trocavam golpes rápidos. Não conseguindo acompanhá-lo, ela fora atingida com um chute no estômago que a fez cuspir sangue e deslizar para trás. Erguendo a cabeça, Miana viu a lâmina azul da foice se projetando em sua direção e também viu Morte sendo atingindo na cara por um chute, sendo arremessado violentamente. Agora, ela viu um segundo Morte, deixando-a confusa.

— Você é corajosa, moça. — Ed sorriu. — Agora, relaxa aí.

Morte se levantou do chão. Sua expressão sombria se manteve, não parecendo surpreso por tem um outro ele. Após cuspir sangue, avançou. Ambas as foices se encontraram, espalhando chamas azuis. Os dois começaram a voar e os golpes eram trocados sucessivamente, sem parar.

A expressão de fúria em Miana se esvaiu e foi tomada pela de confusão. A Guerreira Sagrada esqueceu completamente do combate que a cercava, tendo olhos apenas para aqueles dois seres.

Edward começou a aumentar o ritmo de ataque, e o Morte daquela linha temporal começou a não conseguir acompanhar movimentos — teve seu corpo talhado e, por fim, fora atingindo por um chute, que o fez ser atirado contra o chão.

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