Capítulo 180 - Inferioridade

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Edward sobrevoava sobre a guerra que acontecia, deslocando-se com os arcanjos Miguel e Anahel para o próximo demônio guardião da barreira que protegia o pilar que mantinha o reino dos Céus no plano existencial.

Vindo debaixo, um pilar de chamas laranjas emergiu em direção ao Selo. Ainda no ar, Edward girou seu corpo ao mesmo tempo em que suas chamas azuis o envolviam, assim dissipou todo o pilar quando as chamas o alcançaram, sem nenhuma dificuldade. De imediato, sentiu um demônio se aproximando dele.

— Eu sou Jorge!

Jorge, o demônio que bebericou do sangue de Lúcifer e fora derrotado por Dante, viajava no ar com seu braço esquerdo revestido com uma espessa camada de gelo. Edward ergueu seu braço esquerdo em posição defensiva, e acabou sendo atingido pelo punho em seguida. O Selo foi arremessado até bater pesadamente contra a barreira que cercava o pilar. Os pés do demônio tocaram o chão, e ele logo atirou-se para cima novamente em direção ao Edward.

— Mooooorra! — vociferou Jorge.

Anahel segurou o braço esquerdo de demônio com ele no ar, e imediatamente o revestimento de gelo foi desintegrado. Ela girou seu corpo, e atirou Jorge em direção ao chão, fazendo-o brandir pesadamente contra o solo de costas. Em seguida, a arcanjo desceu em direção ao demônio com seu braço direito pronto para desintegrá-lo, mas parou quando viu o turbilhão de chamas laranjas em seu caminho. No entanto, Miguel postou-se em sua frente e dissipou as chamas com o balançar de sua lâmina revestida com sua luz intensa. Quando Anahel voltou seu olhar para o demônio sob, não o viu.

Jorge havia recuado para ao lado de Belphegor — o demônio que Edward matou nos arredores de Gindeon —, e os dois ficaram encarando os arcanjos em meio à guerra que acontecia lá embaixo.

— Dispersem imediatamente! — vociferou Miguel para os anjos, que logo fizeram como ordenado, obrigando os demônios a fazerem o mesmo, deixando uma área livre ao redor de Jorge e Belphegor.

— Eu cuido dos dois — assegurou Edward, aproximando dos arcanjos. — Dão conta dos demônios grandes sem mim?

Miguel fez uma careta.

— Acredita que nós necessitamos de sua fútil aju-

— Sim, Morte — confirmou Anahel, interrompendo a arrogância de Miguel. — E você conseguirá?

— Claro.

Edward girou sua foice e arremessou-a para longe, distante do confronto.

Os dois demônios seguiram com o olhar para onde a foice ia, entretanto, quando viraram novamente seus rostos, viram a palma do Selo a poucos centímetros de si. Edward agarrou-os pela face e carregou-os no ar, e, depois de uma certa distância do confronto, arremessou-os para o solo.

Os demônios rolaram pelo solo e rapidamente colocaram-se de pé, e encontraram o Selo tão rápido quanto. Mais à frente, Edward estava em pé sobre a haste negra de sua foice, onde a lâmina estava fincada no chão. Ele estava com a postura ereta e com mãos cruzadas atrás das costas, e fintava Jorge e Belphegor serenamente.

— Perdoe-me se eu estiver enganado, mas posso jurar que matei você, Belphegor, e que Dante matou você, Jorge.

— Eu sou Jorge!

— Sim, você é.

— Lúcifer nos trouxe de volta. — Belphegor abriu um sorriso sádico. — E estive ansioso para lutar com você novamente desde então. Fiquei ainda mais forte, Morte.

— É mesmo? — Ed fez uma careta. — Não parece.

— Morra, por favor! — vociferou Jorge.

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