Capítulo 179 - Ferocidade

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Com um sorriso sádico, Aiken observava a figura colossal chamada de Sa'ezuroth. O demônio rugia intensamente, e olhava ao redor, como se estivesse analisando. Os olhos prateados de Aiken o fintavam intensamente, sem piscar.

— Vou lhe devorar, criatura dos infernos — disse Aiken, para si. Em seguida, olhou para o Dante. — Dan, o capitão nos autorizou a abater este demônio. Temos que fazer quanto antes e sem se importar com quem morra no processo.

— Isso facilita as coisas. — Dante devolveu o sorriso.

— Eu poderia ajudá-los — propôs Rafael.

— Qualquer ajuda é bem-vinda — aceitou Aiken.

— Então vamos.

— Não. O demônio tem que voar primeiro.

Meio receoso, o arcanjo ficou parado.

O demônio colossal rugia com ferocidade. Com suas grandes patas dianteiras, esmagou uma parte do Reino, matando anjos, demônio e humanos. Quando os anjos o circularam, Sa'ezuroth os aniquilou com suas imponentes garras e sua cauda. Dos múltiplos olhos da face, disparou feixes de energia vermelho-sangue, causando explosões com fortes tremores.

— Voe, borboletinha de merda — murmurou Aiken.

O Selo viu as asas do demônio começarem a se mover.

— Juntem-se comigo!

Dante e Rafael aproximaram-se.

As asas passaram a oscilar com mais intensidade, causando uma forte ventania, carregando seres vivos e poeira consigo. Sem muito esforço, Sa'ezuroth colocou seu colossal corpo no ar.

Aiken lambeu os lábios.

— Despertar: Deus da Fome. — As chamas prateadas explodiram, intensas. — Personificação da Fome. — As chamas espalharam-se ainda mais imediatamente, cada vez mais gradativamente.

Sa'ezuroth moveu-se no ar com seu pesado corpo em direção ao reino dos céus, ignorando a guerra que acontecia sob si. Ele sentiu um enorme poder surgindo poucos segundos após, e depois escutou um feroz rugido. Mantendo-se inerte no ar, o demônio levou seus múltiplos olhos para o solo, e lá encontrou uma criatura prateada um pouco menor que ele. Logo, Sa'ezuroth, deu-se conta que estrilava olhando para ele, e riu sombriamente ao perceber que estava sendo desafiado.

Máquina Mortífera, o dragão prateado, continuou no chão, alongando seu pesado e extenso corpo. Os Selos e o arcanjo estavam perto do topo da cabeça do dragão, no início do pescoço, e seguravam-se nos pelos prateados. Rafael estava atônito, com seus olhos laranjas arregalados.

— O que é isso?! — exclamou ele.

— Obviamente, um dragão — respondeu Dante.

— Mas... Fome fez isto?!

— Não é "isto". É Máquina Mortífera seu nome. E sim, eu o fiz — replicou Aiken. — Segurem-se, pois iremos confrontar aquele demônio diretamente.

No instante seguinte, Máquina Mortífera flexionou suas quatro pernas e impulsionou-se no ar, fazendo seu único grande par de asas oscilar, atingindo uma velocidade considerável. Por outro lado, Sa'ezuroth mergulhou no ar, descendo em direção ao dragão prateado.

Nenhuma das duas criaturas hesitou por um único instante, sempre indo em direção ao outro em ritmo constante. Ora, então os dois encontram-se entrelaçando suas garras dianteiras uma na outra, a pressão do impacto se alastrou no ar, e os três quase voaram. As duas criaturas rugiram, e fora possível sentir o bafo cálido e fétido de Sa'ezuroth. Pela força aplicada ser a mesma em ambos os lados, os dois mantiveram-se inertes no ar, disputando na força física. Rafael começou a se movimentar para atacar, mas Dante o impediu.

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