-porque tinha o Dean o numero dele?- eu agarro-me mais a ele.

-eu suspeito que talvez o Dean não goste assim tanto de ti...

-ele não iria, não há nada ai que faça sentido, ele pensa que gosta de mim, mas isso não é nada.

-eu acho que não és tanto tu, eu acho que é mais...eu acho que a minha mãe.- ele suspira.

E lá está outra vez, eu juro que eu não quero ser insensível, eu sei o que a mão dele representava para ele, um porto seguro, algo feliz na sua vida até mim, mas como é que alguém morto pode apenas meter tanta desordem nas nossas vidas? Como é que isto chegou a este ponto. E não faz sentido, o Dean ainda á uma hora estava a carregar a minha mala.

-então ele está a tentar dar cabo de mim? Tu queres que eu simplesmente acredite?- a minha voz eleva-se.

-eu não sei, eu não sei quem está a tentar fazer isto contigo, mas é suspeito ele ter o numero de telemóvel do caralho do teu professor, que por acaso sem mais fotografias tuas que eu.- ele levanta-se metendo-me em pé.

-eu podia ter o numero dele, eu sou sua aluna, assim como o Dean!

-tu não estas mesmo a defende-lo, estás?- Os olhos do Harry chispam raiva, e eu não me controlo.

-eu não estou a defender ninguém, mas não podes simplesmente fazer isso, dizer que ele está a fazer uma coisa destas!

Ele não diz nada, ele procura o seu iPhone no bolso e disca um número rapidamente.

-quero o meu carro pronto e um motorista em cinco minutos.- ele desliga sem au, nem ui.

-o que estas a fazer? Vamos para casa?- ele dá a volta á secretaria e veste o seu casaco. Braços fluido a passar pelas mangas, fazendo os músculos mexer-se, e algumas tatuagens notar-se pela camisa branca sem o colete.

-não tu vais.- ele aponta para a porta.

-eu posso ir a pé.- abano a minha cabeça. Eu assisto em como a sua cara assume uma expressão rígida, perto de raiva.

-merda Sophia! Vês? Não vale a pena eu contar-te, tu pareces não ter ouvido nada da nossa conversa, alguém quer matar-te, e tu estas a fazer a porra de uma briga por não acreditares no meu suspeito.

-não é uma birra, mas tens de ver o outro lado, eu poderia ter o número dele também, isso não prova nada.

Não adianta, ele tem a mão no meu cotovelo e arrasta-me para fora do escritório, portas de vidro a abrir, e a fechar e as estupidas loiras a olhar para nós com merda de um sorriso naquela cara de plástico.

-tu estas a pôr-me fora?- sussurro.

-não. Estou a evitar gritar contigo, agora vais até lá abaixo esperas que o James vá ter contigo e te leve a casa, e não quero brincadeiras estupidas. Estamos entendidos?- eu vejo o seu maxilar contrair-se.

Mordo o meu lábio quando lágrimas se formam nos meus olhos, este é o dia mais merdoso de sempre, e agora ele está pôr-me para fora!

-estamos entendidos?- ele repete. O elevador abre as portas

-és um filho da mãe.- eu sussurro.

Com um solavanco arranco o meu braço da sua mão e entro o mais rápido que consigo dentro do elevador, as portas fecham-se com um olhar chocado do meu namorado idiota.

O interior do elevador é vidrado, e faz-me ver a minha cara de choro infinitas vezes. Não acredito que ninguém precise do elevador, mas este não para até ao piso das garagens onde um James de cara seria me espera.

Vision 2 - PrisonersWhere stories live. Discover now