EPÍLOGO

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Na tarde do dia vinte e um de junho, início do inverno, o ambiente estava com uma maravilhosa brisa que os fazia relaxar. Helena estava sentada na areia e Igor mantinha-se sentado em sua cadeira. Os dois estavam olhando para o horizonte, onde o sol estava começando a se pôr. A praia estava claramente deserta e somente os dois se faziam companhia e podiam ficar à vontade.

Helena estava usando uma canga florida e uma blusa bem larga, cobrindo o seu biquíni (nunca gostou de ficar tanto a mostra). Igor adaptou-se ao calção florido e uma camisa sem mangas, ao qual mostrava os seus brancos braços com alguns poucos músculos.

Igor logo falou:

— Eu a trouxe para essa viagem somente com um proposito — Sussurrou e sorriu.

— Qual? — Perguntou curiosa — Não me deixe mais curiosa do que eu já sou.

— Terá de ficar de pé e ficar de costas para mim — Falou.

— Mas por quê? — Não o entendeu.

— Você só saberá se fizer isso — Disse calmo.

Meio que contra a sua própria vontade, ela logo se levantou e ficou de costas para ele e tampou a sua visão com as mãos.

— Tem certeza que não está vendo nada? — Perguntou risinho.

— Sim! — Respondeu inquieta.

Igor aos poucos foi fazendo força e levantou-se por completo da cadeira — mesmo com todas as coisas que aconteceram, ele não se deixou fraquejar e com todo o seu esforço, conseguiu voltar a andar. Todos já sabiam, até mesmo Teresa (ela teve de se conter para não contar a filha, mas prometeu a Igor que não contaria absolutamente nada).

Ele foi dando passos lentos, de forma que não a assustasse. Igor era bem mais alto que Helena e abaixou-se um pouco até o pé de seu ouvido e falou:

— Eu vou te amar para todo o sempre... — Deu um beijo em seu pescoço.

— MEU DEUS! — Assustada bateu a mão em seu pescoço, que por uma infelicidade pegou bem em cheio na sua bochecha.

— Isso doeu! — Reclamou de dor.

Helena ainda não tinha se dado conta do que estava acontecendo e somente quando todo o susto passou, ela virou-se e o encontrou de pé, massageando o rosto levemente vermelho devido ao seu tapa.

— IGOR! — Helena gritou ao vê-lo — VOCÊ... MEU DEUS... COMO... EU... — Ela não sabia o que dizer e simplesmente correu para onde ele estava e o abraçou mais forte do que qualquer outra coisa — EU NÃO ESTOU CONSEGUINDO ACREDITAR — Ainda assustada, deixou algumas lágrimas de felicidade rolarem.

— Eu guardei essa surpresa por mais de um mês — Disse ao pé de seu ouvido e retribuiu o abraço — Obrigado por ter me ajudado — Olhou para ela e lhe deu um beijo.

Antes que o beijo fosse encerrado, Igor a suspendeu no ar, colocando-a em seu colo e a carregou até a beira do mar.

— SOCORRO! — Ela gritou aos risos.

— EU NÃO PASSEI CINCO ANOS SENTADO EM CIMA DE UMA CADEIRA ATOA! — Correu com ela e se jogaram dentro da água.

A cadeira estava desprezada um pouco atrás de onde estavam.

Igor e Helena estavam abraçados, sorrindo e beijando-se.

— Você não deveria ter escondido isso de mim por todo esse tempo...

— Mas foi preciso — Sorriu — Tem somente uma coisa... — Igor falou antes de se separarem.

— O que?

— Aqui, em meio a esse mar de tirar o fôlego; em meio a esse céu azul e em meio a sol que Deus nos deu; em meio a todas as coisas que passamos juntos e separados, eu peço você em casamento — Sorriu.

— Isso-isso-isso é sério? — Separaram-se e ela o olhou seriamente.

— Sim — Confirmou — Mas eu não tenho nenhum anel para firmar isso...

— Deus é a prova que o nosso amor é maior do que qualquer anel — Helena falou e o abraçou.

— Eu vou fazer de você a mulher mais feliz e amada desse mundo!

Em meio a um caloroso beijo, o sol por fim se pôs, levando consigo a prova de mais um amor que estava sendo concretizado. Omar estaria para provar que o amor pode ser maior que qualquer outra coisa. O céu seria a testemunha de que um amor verdadeiro pode realmente existir e, os dois eram a prova de que sempre haverá uma chance para viver...

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Uma Chance Para Viver - Livro 1Where stories live. Discover now