Na manhã de domingo, Josef havia chegado a casa de Helena. Os dois combinaram de se encontrar em sua casa (Helena havia lhe dado o número de seu telefone alguns dias atrás).
— Esse é o pai do Igor — Helena o apresentou a sua mãe — Essa é minha mãe — Apontou para Teresa.
— É uma honra conhecer a mãe dessa garota magnífica — A cumprimentou — Eu tenho uma grande estima por ela — Deu um beijo na testa de Helena e sorriu.
Teresa estranhou um pouco (em relação a tudo), mas não deu tanta importância, viu ali um gesto afetivo.
— Minha filha fala bastante do seu filho, eu acho que isso vai dar um lindo casamento! — Afirmou — Estou ansiosa para esse belíssimo dia.
Helena ficou bastante envergonhada e escondeu o rosto entre as mãos. Logo disse:
— MÃE! — Helena a repreendeu — POR FAVOR, MÃE — Pediu mais uma vez e os fez cair no riso.
Ao longe, Helena estava começando a sentir algumas coisas diferentes quando chegava perto de Igor ou mantinha um contato mais afetivo. Os dois passaram a retribuir apertos de mãos e sorrisos mais constantes logo após a jovem lhe ficar assistindo os exercícios fisioterapêuticos (mesmo que para ele fosse bastante vergonhoso — uma besteira, diga-se de passagem). Helena estava enxergando nele um verdadeiro homem, que não se deixa desistir, por mais que as coisas estejam desfavoráveis.
— Eu não vejo mal nisso — Josef tentou deixar a situação amena — Meu filho fala bastante dela — Aproximou-se de Helena e lhe deu mais um beijo no topo de sua cabeça — Eu posso dizer que sou grato por você ter aparecido.
A jovem sorriu e lhe deu um meio abraço. De longe podia-se dizer que eram pai e filha, mas simplesmente não passavam de bons amigos.
— Mas eu não fiz nada — Disse ao se afastar.
— Bom, você tem encorajado o meu filho a tentar a andar.
— Mas isso foi por sua vontade própria — Falou.
— Eu vou buscar um café para nós — Teresa disse ao sair em direção a cozinha.
— Nós vamos também — Helena o chamou para que fosse junto até a cozinha.
O tempo estava bom o suficiente para que eles não morressem de calor e pudessem conversar de uma forma confortável.
Os três estavam na cozinha e logo Josef sentou-se à mesa.
— Eu sinceramente amo o cheiro e a simplicidade de uma casa — Sorriu.
— A nossa maior riqueza é ter onde morar e também o amor que partilhamos uma pela outra — Teresa comentou ao colar três xícaras na mesa, seguidas da chaleira que estava fervendo igual brasa.
Ao colocar o café, subiu uma densa nuvem de fumaça e o cheiro consumiu todo o ambiente, arrancado suspiros.
— O motivo da minha visita repentina — Fez uma pausa ao tomar um gole do café, seguido de um elogio ele logo falou: — Na verdade eu quis vir aqui para conversamos sobre uma coisa bem séria e importante — Disse.
Isso despertou a curiosidade de Helena e posteriormente de sua mãe que rapidamente também se sentou à mesa e manteve sua atenção direcionada a ele.
— Do que se trata? — Perguntou bastante curiosa.
— Então — Fez uma pequena pausa e logo continuou: — O médico do meu filho, você já o conhece.
— Sim!
— Pois bem. Ele andou me falando que o Igor está dando uma resposta significativa e já estamos há três semanas com o tratamento.
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Uma Chance Para Viver - Livro 1
Romance- De antemão, peço desculpas a erros de digitação durante a sua leitura. Os pacatos dias de Helena Gilbert cessam ao se encontrar com Igor Thompson, recém-chegado de Londres a pequena e calma cidade de Bela Ventura, no interior do nordeste brasileir...