Capítulo 16

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O dia de trabalho havia literalmente voado. Vítor lhe contou quase em todos os detalhes sobre o final de semana maravilhoso que passou ao lado de Cristina. Acabou também lhe pedindo desculpas por não a ter levado junto. Confidenciou a Helena que eles estavam pensando em se casar, no entanto, deixariam isso para o futuro — um futuro quase que imediato.

Quando questionada sobre o que fez, Helena apenas contornou a história e disse que havia sido um final de semana produtivo; que havia ido almoçar na casa de sua amiga e nada mais. Certamente ela se sentia envergonhada de dizer o que tinha acontecido.

Helena havia chegado em casa e viu que tudo estava escuro, sentiu um pouco de medo, pois nunca havia acontecido aquilo.

— Mãe — Chamou-a e andou para a frente, em direção a cozinha — Onde a senhora está? — Estava amedrontada, pois não sabia o que estava acontecendo.

Tateou a parede do lado de dentro e encontrou o interruptor, apertou-o e a luz acendeu. Sua mãe estava sentada a mesa e havia um bolo a sua frente.

— SURPRESA — Disse alegremente e abriu os braços, indo em direção a filha — Parabéns minha querida — Lhe deu um beijo na testa e um abraço — Não é todo dia que se faz dezoito anos — Sorriu.

— Eu achei que a senhora tinha esquecido — Retribuiu o abraço, deixando-o ainda mais apertado — Muito obrigada — Falou com a voz embargada.

Pela manhã, a jovem achou que sua mãe tinha esquecido o dia de seu aniversário, pois nem se quer lhe deus os parabéns quando acordou. O dia no trabalho foi bastante monótono, pois realmente pensou que Teresa se esquecera deste dia.

Cristina havia feito uma ligação para ela, (pelo celular de Vítor) lhe desejando feliz aniversário. Vítor logo ficou sabendo e quis lhe presentear com dos bolos, mas ela recusou, apenas aceitou o seu abraço e as suas felicitações.

— Como eu poderia esquecer? — Riu — Eu fiz um bolo para você, com certeza não ficou tão gostoso quanto os que você faz, mas, foi feito com amor e carinho.

— Não precisava — Deu mais um abraço — Vítor queria me dar um bolo, mas eu acabei recusando — Explicou.

— Deveria ter aceitado, aí teríamos dois bolos para comer — Esfregou as mãos.

Teresa buscou uma espátula, para poder cortar o bolo. Haviam dois pratos e dois copos em cima da mesa, ao lado do bolo.

— Eu estou feliz por você — Teresa lhe deu o primeiro pedaço do bolo.

Helena andou até a geladeira e tirou uma garrada de refrigerante.

— Mas para falar a verdade, eu ainda queria ter cinco anos de idade — Suspirou ao se sentar.

— O tempo passa bastante rápido, mas temos de agradecer por termos saúde e todas as coisas boas que Deus pode nos proporcionar.

— Tenho que concordar plenamente com isso!

Teresa se sentou ao seu lado, para que pudessem aproveitar. Sua mãe havia dado o seu melhor para que ele ficasse impecavelmente gostoso.

A noite havia ficado um pouco mais fria que o de costume.

Helena comeu três pedaços do bolo e sua mãe comeu apenas um. Logo que terminaram, o guardaram na geladeira e se encaminharam para a sala. Onde Teresa lhe contaria algumas coisas.

— Filha — Chamou sua atenção — Eu tenho de lhe falar algumas coisas sobre o seu pai, Josué— Respirou fundo.

— O que vai dizer sobre ele? — Se ajeitou no sofá, ficando de frente para Teresa — Eu sei somente que esse é o nome dele, mas acho que não me interessa saber tanto sobre esse homem.

Uma Chance Para Viver - Livro 1Kde žijí příběhy. Začni objevovat