Quando voltou a se debruçar sobre mim, correu o nariz por meu pescoço e puxou o meu cheiro fortemente, me fazendo tremer.

Eu não tinha medo... Eu nunca tive tanta certeza de alguma coisa na vida quanto naquela noite. Mas nós nunca tínhamos ido tão longe, eu não sabia bem o que esperar. Não sabia se a sensação seria igual à péssima que eu tive na única vez em que havia tentado fazer antes.

Harry pareceu sentir o meu nervosismo, pois seus lábios macios tentaram me acalmar com beijos molhados e cuidadosos, dizendo que estava tudo bem, que ele estava ali comigo, que ia cuidar de mim.

Levei as mãos aos seus cabelos, sentindo os fios úmidos em minha palma e o abraçando com as coxas, confiando completamente nele.

Eu me sentia tão viva quando ele me beijava daquele jeito... Era como se ele exigisse tudo de mim, como se me forçasse a usar tudo de mim para beijá-lo de volta. Eu me sentia desejada, tomada, como se ele realmente me quisesse, precisasse de mim.

Sentindo que eu estava mais relaxada, Harry quebrou o beijo e colou nossas testas, me observando com atenção quando escorregou uma das mãos entre nós dois.

— Pronta para me sentir pela primeira vez? – perguntou maroto, mordendo o sorriso esperto e dançando o nariz contra o meu.

— Você está? – devolvi a pergunta, respirando fundo e abraçando com mais força.

Ele não me respondeu, acho que no fundo não sabia a resposta.

Aos poucos a expressão dele ficou séria, parecendo quase nervosa quando ele engoliu em seco.

Senti quando ele se guiou até minha entrada, os olhos afundando nos meus quando ele começou empurrar devagar, me forçando a me abrir para ele aos poucos.

Eu me esforcei para não fechar os olhos, por mais que estivesse sendo difícil naquele momento. Meus traços vacilaram em dor, a testa se franzia a cada centímetro que eu o sentia se escorregando com dificuldade para dentro de mim, me forçando ao máximo para acomodá-lo.

O incômodo era diferente da minha primeira vez... Ainda estava lá, mas menos intenso. O problema era que Harry estava atingindo pontos nunca antes alcançados dentro de mim. Ardia enquanto ele se colocava por completo, me esticando o quanto eu podia aguentar, até se estocar completamente.

Um choramingo escapou da minha garganta e eu senti todo o meu corpo tenso enquanto tentava processar aquela sensação.

Harry parecia se sentir culpado pela dor que me fazia sentir, me olhava como se estivesse aflito por baixo da sua expressão torturada, beijando o meu rosto com leveza enquanto eu fechava os olhos, tentando entender o que estava sentindo.

Ele não se moveu a princípio, me deu o tempo que eu precisava para me acostumar, até que eu balancei levemente a cabeça, dando carta branca.

Minhas unhas se afundaram em suas costas e todo ar escapou dos pulmões quando ele se moveu pela primeira vez, nitidamente se esforçando a ir com calma, a ir devagar.

Eu pude sentir cada centímetro maravilhoso dele deslizar por mim quando se retirou por completo, apenas para entrar de volta em seguida.

A sensação era absurdamente surreal. Eu ainda sentia certo incômodo, mas nada que merecesse a minha atenção frente ao prazer absurdo a cada vez que ele afundava em mim.

Sons que eu nunca me imaginei fazendo escapavam por minha boca. Meus olhos estavam firmemente fechados enquanto Harry entrava e saía de um jeito gostoso e lento.

Ele sussurrou meu nome e enfiou o rosto no meu pescoço. Grunhidos roucos sendo soprados ao pé do meu ouvido enquanto ele arrastava o corpo em cima do meu, me pressionando contra o chão e me arrastando para cima e para baixo, de acordo com suas investidas lentas, porém firmes.

Ele rebolava dentro de mim e eu conseguia sentir o quanto estava sendo difícil para ele se controlar, manter o ritmo calmo. Conseguia sentir o quanto ele queria me apertar e enfiar com força. E eu era grata por ele cumprir a sua parte e pensar em mim, saber como eu precisava dele.

Meus olhos abriram e encararam o céu escuro acima de nós. Eu tentava sentir tudo, experimentar como era ser tomada por Harry.

Processar como eu me sentia cheia, completa, sentindo-o pulsar dentro de mim.

O jeito como seu corpo estava tenso e rígido, os músculos se arrastando contra os meus seios a cada movimento que ele fazia.

Os arrepios intensos que corriam por mim a cada grunhido rouco soprado ao pé do meu ouvido.

Os batimentos enlouquecidos que faziam meu colo vibrar enquanto eu o abraçava com as pernas.

O jeito como Harry girava os quadris, me massageando por dentro, me sentindo.

Ele disse algo entre os dentes, se concentrando para não me machucar, e calou meus gemidos com um beijo molhado quando estocou com um pouco mais de força, testando os meus limites.

Eu puxei seus fios de cabelo e o beijei deliciosamente enquanto ele ondulava o corpo em cima de mim.

Tudo o que eu sentia era Harry.

Encontrei seus olhos me encarando quando eu abri os meus, ainda gemendo em sua boca. Eu jamais poderia explicar corretamente o que senti quando encontrei o seu olhar, quando ele me encarou enquanto ainda se enterrava em mim, enquanto ainda me beijava.

Tudo ficou ainda mais intenso, mais forte.

Pela primeira vez, não havia máscaras, éramos apenas ele e eu. Era Harry me tomando para ele enquanto se entregava para mim.

E ele continuou me olhando, continuou investindo, continuou esfregando o corpo molhado ao meu até todo o meu prazer se espalhar como uma onda.

Minhas costas se arquearam e seu beijo abafou o meu gemido alto. Minhas unhas afundaram em seu ombro e eu tremi à medida em que explodia ao seu redor.

Harry franziu a testa e mordeu a minha boca, me acompanhando. Ele se manteve inteiro dentro de mim enquanto também se libertava, fazendo sons roucos que me fizeram estremecer.

O peso do corpo dele era quase sufocante, mas de um jeito bom. Estava me ajudando a me sentir aquecida, me cobria da brisa fria que lambia o suor das nossas peles.

Harry se recuperou primeiro. Eu estava trêmula e dormente enquanto ele beijava cuidadosamente o contorno dos meus lábios, me dando um segundo para respirar...

Apenas para que pudéssemos começar tudo de novo.

— Ontem foi a nossa primeira noite juntos... Mas o jeito como ele me beijou... Eu não sei. Algo me diz que está longe de ser a última.

Sky e Maya continuaram me encarando, com o rosto apoiado nas mãos e olhos brilhando.

— Nunca pensei que fosse dizer isso, mas... – Sky suspirou, sonhadora. — Estou shippando esse amor de verão.

Maya brindou com o vinho e concordou com a cabeça.

Eu respirei fundo e assenti, sem entender por que meu sorriso murchou discretamente com sua escolha de palavras.

✾✾✾

Fuck Me [HS]Opowieści tętniące życiem. Odkryj je teraz