11: deixa eu te assistir

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✾✾✾

melissa

Eu estava quente.

O sangue que corria por minhas veias parecia ser lava e uma camada fina de suor cobria todo o meu corpo.

Já devia passar das três da manhã e eu não tinha conseguido pregar os olhos. Ficava rolando na cama, de um lado para o outro, molhando os lençóis com o suor à medida em que fazia força para dormir e apagar aquelas cenas da nossa brincadeira da cabeça.

Mas eu não conseguia.

A cada vez que fechava os olhos, eu me lembrava de Sky com Liam... Sky com Niall. Lembrava de Maya com Niall... E Maya com Liam. Mas, mais do que qualquer outra coisa, eu lembrava de Harry comigo.

Lembrava-me do jeito como ele me segurou, a sensação da respiração quente encontrando os rastros da sua saliva na pele do meu pescoço enquanto ele me beijava ali. Lembrava do grunhido satisfeito que ele deu quando eu não pude conter uma arfada, entregando-me por alguns instantes à sensação de senti-lo me provando.

E, droga... aquele aperto na barriga e desconforto na calcinha continuavam bem vivos, bem acordados... Como todo o resto do meu corpo.

Harry havia tomado um banho aparentemente frio e foi direto para o sofá-cama, parecendo ter apagado no segundo em que se deitou sobre aquela coisa desconfortável, cansado demais dos serviços da fazenda, eu imaginava.

Mesmo depois de ter trocado de roupa, colocado uma camisola mais leve para aliviar aquele calor surreal, eu ainda me sentia incomodada. Em chamas. Cheguei até a beber quatro ou cinco copos de água gelada na cozinha. Mas isso não me satisfez. Não chegou nem perto... E, agora, encarando o teto deitada na cama, eu chegava à conclusão de que só tinha uma coisa que podia me aliviar.

Suspirei resignada e ergui o tronco, apoiando-me no braço para espirar a cama improvisada de Harry, percebendo que ele estava jogado de mau jeito, dormindo profundamente. O peito nu subia e descia em ritmo à sua respiração e os olhos permaneciam bem fechados, já a boca estava levemente aberta.

Voltei a me deitar, franzindo a testa e mordendo o lábio, nervosa, tentando não pensar sobre o que eu estava prestes a fazer.

Apertei os lábios, aos poucos deixando que as minhas mãos descessem pela barriga, sumindo para dentro do lençol que me cobria parcialmente. Fechei os olhos quando os dedos trêmulos encontraram o limite da minha calcinha, curiosos e ao mesmo tempo hesitantes em adentrar por ali. Separei as pernas, deixando os pés sobre a cama e guiando a mão para o meio das minhas coxas.

Franzi a testa quando encontrei o pano úmido da calcinha com a ponta dos dedos, sem saber ao certo o que fazer em seguida. Minhas pernas tremiam em excitação e o estômago se revirava enquanto desejava um toque mais experiente, pedindo por mãos maiores, mais ásperas... Mãos como as de Harry. Então foi isso que eu fiz.

Tentei imaginar que era ele quem estava me tocando quando eu comecei a me massagear timidamente, provocando que uma sensação desconhecida escorresse pelo meu torso.

Um pouco mais confiante, comecei a firmar o toque, buscando me sentir, entender o meu próprio corpo. Eu senti cada poro se arrepiar quando arrastei o meu toque um pouco mais para cima, tocando o ponto sensível. Senti meus seios endurecerem e as costas arquearem, fazendo-me gemer baixinho.

Aquilo era diferente.

Eu não tinha sentido aquilo antes. Nunca.

Era como se a calcinha estivesse derretendo, eu sentia meu próprio líquido começar a atravessar o pano, molhando os meus dedos. Respirei fundo antes de tomar coragem e arrastá-la de lado, segurando-a firmemente com a outra mão e permitindo que meus dedos curiosos agora tocassem-me verdadeiramente.

Fuck Me [HS]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora