137° Capítulo - 5 Anos Depois

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Narração: Mayane

A gente só colhe o que plantamos, isso não é mentira. Quando permitimos a mudança em nossas vidas, é sinal de que estamos maduros o suficientes e abrindo o coração para novas realizações e colheitas seja ela boa ou ruim, ou ao o que merecemos.
Clarisse: Manhêêê... Meu irmão nasceu!!! -Diz afoita.
Mayane: Ai que legal! Que ele seja bastante abençoado.
Clarisse: Ai, tô louca para ver...
Mayane: Pede seu pai uma foto.
Clarisse: Joana não mandou, disse que só pessoalmente.
Mayane: Palhaçada!!!
Rayssa: Frescura! Crendices sem lógica, quer causar isso sim.
Mayane: Eu acho que não é preciso sair mostrando a cara da criança psra desconhecidos antes do sétimo dia, mas agora para os parentes, é meio sem noção.
Rayssa: Nunca fiz essas graças, já nasceu com geral vendo eu hem.
Serafim e Cleyton vieram para a sala com o Bryan, meu neto.
Mayane: Oi amor de vovó, vem cá dar um beijo.
Meu neto é a coisa mais rica desse mundo, foi a alegria da nossa casa, principalmente após os acontecimentos ruins que nos cercou. Quase perdi meu marido, o pegaram dando mole na pista e foi horrível, até hoje eu não sei como ele está vivo. Foi muito Deus. Foram muitas lágrimas, muitas provas até enfim encontrar o x9, o causador de tudo isso. Só após a execução de muitos aqui dentro, que tivemos paz.
Minha família está cada vez mais unida; o diabo até tentou, mas já era plano de Deus dar certo, mesmo com toda adversidade estamos firmes, de pé para a honra e glória do senhor!!!

O pessoal foi embora e eu dei uma ajeitada no meu lar. Peguei o celular da Clarisse e fui dar uma olhada em tudo. Esses dias andou dando mole com namoradinho de msg, eu ameacei a contar para o pai dela e rapidinho me contou a história, esfarrapada, mas foi. Ela só tem dezesseis anos e eu não quero ver minha bebê namorando, não agora. Só porque pintou o cabelo de loiro e anda de moto, acha que já se manda e que pode tudo. Comigo se arrasa e com o George então, preciso nem dizer. Já o Serafim, passa uma mão na cabeça que só e ela nem gosta. A relação deles é de muito respeito e amor, mas infelizmente minha filha, minhas regras! Se ele tivesse a liberdade de voz, ela iria amar. Mas, não é bem assim que a banda toca! Ainda bem que o pai está em liberdade para me ajudar, que tem dias que eu não aceito e nem aguento certas coisas.

Fiquei feliz por ele ter sido solto, espero que tome juízo, que noção não tem! A menina grávida, ele deixou de mandar dinheiro para ela só porque fez sei lá o quê, ela pediu a Clarisse, emprestado para poder pagar a ultrasom do bebê. Tem coisas que realmente a gente não perde, se livra!!! Eu por muito pouco deixo ele se foder sem um papel higiênico apra limpar o rabo. Antes mesmo dela engravidar mandou darem uma coça na garota, eu também não sei o que ela fez, mas independentemente, não justifica, ainda mais sem saber que estava grávida.
AFF! Tô fora, Clarisse ainda fica me contando essas coisas, eu não quero saber de problema de ninguém. Dos meus, eu me livro e me resolvo.

Sentei ao lado do Serafim no outro sofá.
Mayane: E aí meu gostoso, qual foi dessa cara estranha?
Serafim: Sei não mô, tô achando que eu vou atravessar.
Mayane: Caramba Serafim, você chegou tem dois dias. -reclamo- Agora só some, se enfia nessas favelas e esquece que tem mulher e casa.
Serafim: Poxa May, tu sabe das minhas condições né? Não está dando.
Mayane: Não está dando essa distância toda.
Serafim: Vai melhorar, vamos viajar por esses dias.
Mayane: Tu acha que viagem vai suprir a falta que você faz em casa? Isso é o que você não entende, me entope com viagens e acha que é o suficiente.
Serafim: O que tu quer?
Mayane: Quero você por perto, vivendo comigo... Antes o problema era eu, agora qual é o problema?
Serafim: O problema sou eu Mayane. -Diz visivelmente cansado- Tu sabe, está cansada de saber, não vou te comprometer.
Mayane: Quero saber até quando isso, quero ver quando a distância for inevitável...
Serafim: Para de falar besteiras, vai lá se arrumar para a gente jantar fora. -Disse, logo se levantou e foi para a varanda atender o telefone.
Ele não entende que tem vezes que bem material não faz diferença quando só querendo a presença deles, um pouco mais de atenção.

...

Acordei com o som do interfone e a campainha ao mesmo tempo, joguei um hobby por cima e fui atender.
Ao abrir a porta me assustei, estava tampado de policiais, mesmo minha vista ainda embaçada pude enxergar.
Que porra é essa?

Mil Flores -Jogadas ao morro 🔫🌹 CONCLUÍDAWhere stories live. Discover now