50° Capítulo

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Troquei uma ideia na lógica com o meu filho, abri os olhos dele, falei só a realidade, cabe a ele abraçar ou não! Como dizem: Conselho de mãe é aviso de Deus.
Mayane: Sua namorada está procurando emprego né?
Cleyton: Maluquice dela, num vou deixar ela ir, se ela arrumar vai ficar de cara.
Mayane: Você fala do seu pai e está igual a ele em tudo, cruzes! Então ajuda a garota porra, fortalece ela, a menina tem perspectiva de vida, quer subir e você não dá uma moral, que caralho é esse?
Cleyton: Ela não aceita, fica cheia de vergonha ué, vou fazer o quê?
Mayane: Não interessa, deixa em qualquer lugar que depois ela vai usar; ai Cleyton, muda meu filho, seja um traste não. -peço encarecidamente- Mamãe não quer ver você igual a esses zero a esquerda não filho, que só presta para foder.
Cleyton: Ela não se abre comigo e fica se fazendo de vítima, a senhora acredita em tudo também ih.
Mayane: ELA NÃO PARECISA PEDIR! -exclamo- Abre essa mão, investe na menina que gosta de você, que tem um monte querendo, ainda mais que ela é bonita... Valoriza Cleyton.
Cleyton: Ah já é mãe, vou dormir. -Diz bolado, me deu um beijo e saiu.

Ele está todo sentido por causa de uma moto, é muito amor, meu filho sempre gostou de moto desde bebê, me lembro bem aos dois anos, era só ver o pai dele que fazia um escândalo para dar rolé, era um inferno ainda mais quando o Serafim estava em horário de plantão.
Hoje em dia é viciado e ninguém pode fazer nada, porque cresceu com tudo isso ao redor dele, é só questão de tempo, daqui a pouco Serafim dá uma maior para ele. Tem esse casco de durão, mas passa a mão na cabeça de Cleyton, faz uma coisa e depois volta atrás, e é aí que o respeito e a moral acaba.

Ai, como meu lábio dói.
Puto
Cretino
Sujo!!!
Aí eu fico mordendo, tirando a pelinha  para piorar.

Abro a porta e entrou George e Clarisse, já tinham me avisado em msg. Me sentei no sofá dando pouca atenção, a pessoa não se manca e resolve sentar no meu lado ainda por cima.
George: Qual foi? -Diz me olhando, estava palmeando tudo de relance.
Mayane: Qual foi o quê? Ih...
George: Toda grossa pô, me ignorando aí.
Mayane: Fiz nada cara, é impressão sua.
Ele cheirou meu pescoço, roçando o cavanhaque...
Mayane: Ih, para com isso, está doido? Que saco! Já trouxe sua filha? Beijos.
George: Está me expulsando?
Mayane: Fica me irritando, ai vai embora. -Falo com uma impaciência que surgiu de repente.
George: Brigou com o macho?
Mayane: Único macho que eu tinha me deu um chute no cu, sem nem uma explicação decente e agora está aqui perturbando o meu juízo.
George: Eu nem fiz nada maluca! Porra, vim trocar uma ideia na moral contigo.
Mayane: Pode começar a falar.
George: Vamos voltar cara, tô cheio de saudade de tu, volta pra casa? É ruinzão ficar distante de vocês...
Mayane: Se eu fosse você teria vergonha de falar isso, você alegou que estávamos afastado e agora quer voltar? Qual é né?!!! Não tem volta mais não Gê, sofri pra caralho, várias madrugadas me arrependendo até do que eu não fiz e sempre me humilhando para você sem ter errado e você ouvindo fofoquinhas de macho fodido! É sem volta! Foi você quem decidiu. -Falo o encarando, sendo sincera quase que desabafando pela milésima vez.
George: Coé cara eu me arrependo, agi no calor da emoção, eu errei loira! Poxa Mayane, me dá essa oportunidade? Todo mundo erra, sou ser humano.
Mayane: Tem oportunidade não, cabô. -Falo com convicção.
George: Faz isso comigo não minha loira... Eu errei e quero consertar, tô aqui me redimindo para você.
Mayane: Tem jeito não preto, foi você que pôs um ponto final na nossa história.
George: PORRA! -esbraveja, chutando o chão.
Mayane: Vamos parando de gritar que o meu filho estaá dormindo, a culpa é tua mesmo, achou que eu estava com o Serafim né?! Eu estou é bem, e bem melhor sem homem nenhum na minha vida.
George: Suave, esse é o preço de acreditar na palavra dos outros mesmo. -Diz num tom arrependido, andando pela sala.
Mayane: Que vire aprendizado! Dê credibilidade a quem esteve do seu lado e não o povo da rua que quer te ver pelas costa! Que bate no ombro falando que é teu fechamento só para te envenenar até te ver no fundo do poço; porque é isso que eles querem para tomar o seu lugar, você é o chefe da segurança de um dos homens mais pica, que nunca nem preso foi, acorda!
George: Podes crê, procede mesmo, mS agora somos eu e você, na moral cara coé, vamos voltar? -implorava, que dava dó.
Mayane: Não George, já te dei a minha resposta.
George: Na moral também se eu te ver com algum filho da puta, vai passar vergonha, os dois. -Disse bem sério, com os olhos vidrados.
Involuntariamente escapou uma gargalhada.
Mayane: Oi? Não ouvi, repete
George: É isso mesmo Mayane, papo só! Brinca mesmo com maluco.
Mayane: Poxa cara, a gente está tendo uma convivência amigável e você quer bancar o neurótico? Tu me conhece hein, vai fazer vergonha e vai passar também! Quem tem vergonha não envergonha os outros, nego!!!
George: Suave então, contigo mesmo.

Mil Flores -Jogadas ao morro 🔫🌹 CONCLUÍDAWhere stories live. Discover now