13° Capítulo

9.2K 682 21
                                    

Essa prima dele é maior vacilona, vive pra dar mancada e infernizar. Quatro filhos de um pai morto e um casado e não toma tenência, vive para farrear. Dinheiro para sair tem agora para dentro de casa nunca tem, e aí pede pro papai noel e ele muito generoso, dá. Viado, contribuindo com falha de gente otária.

Coloquei a comida no prato e me sentei.
George: Aí teu dinheiro. -Disse zombando.
Mayane: Enfia no teu cu George, tô brincando não.
George: Ó o respeito caralho.
Mayane: Vem mesmo, dá pra quem precisa, dá pra tua prima lá que mais tarde vai estar no baile de lança perfume no corpo e na mão.
George: Você é muito ruim cara, é pras crianças.
Mayane: Criança nada, sabe como ela é porra.
George: Se for ou não eu faço a minha parte, se ela deixar os menor sem nada ela vai se acertar com Deus uma hora pô.
Falo mais nada, ih.
No fim da tarde fui fazer as unhas, sobrancelhas e as madeixas, que mais tarde eu quero voltar turva!!

...

Joguei o vidro do lança perfume dentro do copão, bebi sem canudo mesmo.
Tô com um bonde lindo no reservado, minha comadre Samantha e Kelly, e algumas mulheres de chefe dos arredores da comu.
Samantha: Só porque eu ia voltar pro meu boy você me chama para essa perdição de baile, sacanagem May.
Mayane: Volta amanhã caralho, antes tarde que nunca!

Fiquei me remexendo aos poucos, batendo um papo em meio a música mesmo porque não estava firme ainda o baile. Filho da puta do George mentiu falando que o Ret ia cantar, mentiroso, falou isso só pra eu vir, que ódio!! Puto. Cretino. Desgraçado!

George entrou atrás do chefe dele e me chamou com os olhos, assim que ele se posicionou num lugar, fui indo até ele.
George: Qual foi, não é pra tu ficar doidona aí não hein, que eu vou de missão daqui a pouco, mas antes das cinco eu tô de volta. -avisou, falando no meu ouvido.
Mayane: Hum, tá bom. E se você não vir? Faço um inferno na tua vida!
George: Eu vou vir, num tô te dando o papo? Suave.
Dei uma mordidinha em sua orelha e saí de perto.

Praticamente sozinhas iremos ficar, nunca dá certo isso.
Kelly: Calor da porra, me dá um gelo aí.
Mayane: Pega aí garota, fica à vontade no furduncin...

Puxaram o bonde, Gê deu uma picadinha safada e discreta para mim, com o cavanhaque na régua, pretinho... Que tesão esse meu preto!!! Sorri fechando os olhos.
Boy gostoso, porém meu!!

O meu bonde começou a rebolar a bunda, a mulher do chefe era à que já estava mais acelerada.
— Alô May —Me chamou dançando e sorrindo, quando na montagem falaram o vulgo do George — Oêê...
Comecei a dançar com ela e as meninas. Quebrei mesmo, George nem estar aqui mesmo.

Meu copo esvaziava muito rápido e sem hesitar eu o enchia, fica vazio nada!
Peguei o vidro geladinho dentro do copo, coloquei o bico no nariz e pressionei para baixo a alavanca e repeti por umas quatro vezes. Início da onda é o melhor, quando for ver já estou em Nárnia.
Mayane: Flexiona a xereca garota na piroca do teu maridão. -cantarolei rebolando com a mão no joelho e rindo.
Eu gosto desse funk à beça, mas gosto mais de dançar com o Gê.

Aproveitei minha noite com as meninas, trebêdas, ninguém em sã consciência, as bebidas iam acabando e iam repondo automaticamente e se resultou nisso.
Kelly: Porra, tô muito bêbada!
Mayane: Quem está bêbada não fala, para de forjar; caralho tô mal. -Falo caindo na risada- Quero mijar.
Saí no role com minhas comadres, fomos no banheiro de um bar que é do primo do Gê. Fiquei na fila e aproveitei pra mexer no meu celular, conseguia ler nada, guardei.
Samantha: Bebida do mal essa, que caralho essas porra! -comentou, se referindo a bebida.
— Tá falando comigo? —Perguntou uma garota que estava atrás da gente.
Kelly: Se manca mona, ninguém falou contigo não!
Mayane: Kelly, menos mana. -a repreendi.
— Se mete não caralho, se põe no teu lugar. —retrucou a garota.
Mayane: Não é contigo não colega, fica suave!
Kelly: Sai da minha frente que eu vou botar um na cara dela. -berrou empurrando a gente.

Mil Flores -Jogadas ao morro 🔫🌹 CONCLUÍDAWhere stories live. Discover now