6° Capítulo

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Minha ex sogra foi a primeira a falar comigo assim que me viu, foi sorrindo. Ela ficou na minha mesa, já as filhas dela não falaram comigo e eu também não, não rendo para ninguém não!
Vanda: Tua menina enorme né?! Num vê Cleytinho, dezoito anos já. -comentou.
Mayane: Passa muito rápido, num piscar de olhos.
Vanda: Verdade né tempo voa... Sua mãe esteve aí hoje, almoçou com Cleytinho e tudo...
Mayane: Caramba, legal. -Digo, forcei um sorriso.

Eu olhava para todos os cantos bem atenta. Cleyton Colocou um monte de coisas na minha mesa Whisky, gelo, suco, vodka...
Mayane: Vou beber não filho, trás refrigerante pra sua irmã.
Cleyton: Vai beber sim pô, qualquer coisa dorme aí.
Deus me livreee! Só se for para acordar morta e fora dessa vida e se não for daqui, é de lá.

Preparei sim só uma dose de Whisky puro mesmo só com gelo e fiquei bebericando.
Vanda: E você como está, terminou os estudos já?
Mayane: Já sim, fiz até uma faculdade rápida na época, bastante cursos.
Vanda: Ah que legal, May e trabalha?
Mayane: Não, por falta de emprego mesmo, oportunidades.
Vanda: Pensa em abrir nada não?
Mayane: Por enquanto não, a senhora sabe que sou lenta né?! Não tenho ânimo!
Vanda: Eu hem, menina nova... Acorda May, tua menina crescendo aí...preparar o futuro dela...
Mayane: É... -respondo pensativa.

Funk rolando solto, pessoal usando narguilê, muita bebida na beira da piscina. Meu diretor está forte, está podendo! Não demorou minha comadre chegou e se juntou com a gente na mesa. Fazia tempo que eu não a encontrava, nossa amizade era só por rede social nos últimos anos.
Mayane: Quem é vivo sempre aparece né, dona Samantha... -Digo zombando.
Samantha: Se enxerga Mayane, toma vergonha nessa cara mulher!!
Mayane: Tô brincando comadre, calma! Como você está, cuma?
Nos cumprimentamos, conversamos à beça pondo o papo em atualização, foi me resumindo tudo o que aconteceu aqui durante os anos, é cada babado que eu fiquei impressionada.

Eu confesso que estava um pouco apreensiva com dona Vanda na minha mesa e tão próximo porque o filho dela assim que chegar vai vir direto aqui. Me levantei e fui ao banheiro, Clarisse estava brincando com a filha da minha comadre na borda da piscina, mas eu não tirava o olho dela. Quando saí do banheiro bati de gente com o Cleyton e o pai dele de longe, Serafim dando o maior esporro, fingi nem ver e tentei passar direto fugindo de um lado, mas fui cercada por outro.
Cleyton: Coé mãe, chega aí.
Serafim: Precisa correr de mim não Mayane. -Falou me encarando; desvio o olhar.
Mayane: Não sou obrigada a ficar perto também né?! -Falo com certo deboche, não ficando por baixo.
Serafim: O abuso é o mesmo né?! -desdenhou, me encarou tão serio, bem nos olhos que eu chega fiquei desconfortável- Não muda!
Mayane: Fala Cleyton, o que você quer?
Serafim: Dá um jeito aí no teu filho que está doidão.
Mayane: Agora é meu filho né, engraçado... Vem querer jogar pica para eu segurar não, tá!? Que na hora de não deixar ele ir embora comigo você não se importou se era meu filho.
Serafim: Meu filho não ia ficar com uma descontrolada, irresponsável, peralta!! -me insultou feito criança.
Mayane: Ah ih tranquilo, até porque já passou! -Digo dando de ombros.
Cleyton: Que isso, pau quebra entre vocês né?! -Falou rindo, embrasado- Maneirinho!
Mayane: Tu te controla também hein, respeita sua avó pelo menos.
Serafim: Só vacila esse moleque, está igual tua mãe. -resmungou num tom sarcástico.
Respirei fundo o encarando, homem sujo, sem vergonha!
Depois desse desentendimento cômico com o Serafim saí dali voltando para a mesa sorrindo após acenar para uma conhecida. Foi estranho, parece que ainda temos contato e convivência, credo! Sai encosto! Ele vai se foder se vier pôr meu filho em contradição comigo, atropelo à porra toda e mudo meu nome se eu não fizer isso.

Fiquei até de pé, bebendo o resto da minha dose. Dona Vanda se despediu e uma das filhas vieram.
Vanda: Filha, já vou embora -avisou- Tira um dia pra vir almoçar lá em casa comigo poxa.
- May eu nem sabia que era você, está diferente... -Disse uma das ex cunhadas Elaine.
Mayane: Pode deixar dona Vanda, eu irei sim qualquer dia; vá com Deus. -Falo dando um abraço apertado nela; para sempre minha sogra!
Quanto a Elaine, eu nem dei confiança, não gosto de falsidade.

Eu e minha comadre até rebolamos. Mão no joelho, bunda pra trás, jogando cabelo...
Mayane: Tô fraca não hein! -Digo, em seguida fiz um bico- Precisamos curtir um baile cuma.
Samantha: Ô se precisamos camadi! O daqui é o mundo, tá?! Aproveita que eu tô solteira!!!
Mayane: Só saudades... -Falei tendo alguns flashes na mente.

Mil Flores -Jogadas ao morro 🔫🌹 CONCLUÍDADonde viven las historias. Descúbrelo ahora