26° Capítulos

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Decidi ir só porque eu quero, que ninguém faz minha cabeça não!
Fui num canto passar as coordenadas para o meu bonde e aproveto e ligo para o meu filhão. Tocou papo de quatro vezes e nada, peguei o cel de um dos meus segurança e tentei novamente... Esse moleque some, tenho que ficar no pé dele direto, meu herdeiro, sou apaixonado.

Início de ligação
— Alô? —Disse uma voz de mulher, sonolenta.
Serafim: Coé, cadê o Cleyton? Quem é que está falando?
— Ele está dormindo né!? É a mãe dele, por que? Quem é, digo eu.
Serafim: O pai dele. -respondo- Fala aí Mayane, ele está aí na tua casa, então está suave!
Mayane: Está sim, pode ficar despreocupado.
Serafim: Tranquilo!
Fim de ligação.

Voz dela diferentona, nem pensei na hipótese dele está lá, já fico mais tranquilo. Meu moleque é meu alicerce, tá maluco, meu precioso! Único filho meu, o resto é boato e elas nem tenta.

...

Papo de maluco mesmo, só cria porra louca! O amigo fechou a boate só para a tropa. Sei que isso é possível pela nossa profissão, preserva a nossa imagem e liberdade, mas essa parada coisa é séria, envolve muitas coisas  principalmente nossa vida, confio nada ainda mais que esses donos aí são tudo mandado misturado com meleca e cana... Puteiro ficou só para nós, muito a vontade mesmo, quem foi de subir, subiu! Dei o aval para os meus seguranças e os fortaleci umazinha, enquanto eu estava atento a tudo, até tentava ficar tranquilo, mas prestando atenção em tudo que qualquer caô essa porra explode, mas eu não rodo!

Tomando meu velho e bom Whisky e conversando com uma mina maneirona lá de ideia, mas não fazia meu tipo não.
— Tem cinco reais para eu pôr música na maquina pra gente? —pediu a garota, tirei vinte reais do paco e a entreguei.
Passou uma loirinha baixinha de biquíni de renda e cabelo preso, o bonde todo olhou, gata mesmo.
Serafim: Chega ali naquela loira e fala que eu pedi pra chamar ela -falo com meu segurança- Quero ela!
Ele foi lá, não demorou muito ela veio e sentou do meu lado.
— Prazer! Maia. —Beijou meu rosto.
Serafim: Prazer Cleyton. -minto meu nome, igual à ela- Pega lá o que tu quiser. -Falo dando a comanda na mão dela.
— Tem cara de Cleyton não, hein — comentou rindo— Vou pegar só uma água, bebo não!
Porra, era princesinha a mina! Quando ela ficou no balcão do bar de costas, a porra da cabeça perimbolou e vieram os devaneios, ela era muito parecida com a Mayane, quando mais nova na época em que eu a conheci.

Ela sumiu da minha vista e depois se sentou, me entregando a comanda, analiso rápido e ponho em cima da mesa.
— Pô, se tu me desculpas, vou ter que subir, um amigo teu já até pagou para ficar comigo. —avisou sem jeito, eu nem entendi; perguntei quem era o safado— Ele já foi, senão me engano é o que está com um camisa do Flamerda! —contou rindo.
Fiquei PUTOOO!!!
FILHO DA PUTA!!
TALARICO DO CARALHO!
Serafim: Não pô, suave bebê! É teu trabalho, depois tu volta aí pô.
Ela saiu.

Ele quer me peitar ele? Só pode! Estouro a cara dele aqui mesmo, cuzão arrombado! Estava com outra mina lá sentado e só esperou a boa para chamar a garota que estava comigo para subir. Pau no cu!!!
O que é dele está guardado. Meu caô com ele está formado e não é sobre aqui dentro não. Tá achando que eu tô perdendo alguma coisa?
É nós.

Serafim, 35 anos

Serafim, 35 anos

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Mil Flores -Jogadas ao morro 🔫🌹 CONCLUÍDAOnde as histórias ganham vida. Descobre agora