-esses comentários sarcásticos.- estamos virados de costas mas conseguimos ver-nos pelos espelhos. 

Sinto-me andar nos meus calcanhares e quando dou por mim estamos ambos cara a cara. Os nossos finalmente em contacto sem ser pelos espelhos. As mãos dele vão para a minha cara, e o no segundo seguinte os seus lábios estão nos meus, violentamente enquanto ele desdobra a sua lingua para dentro da minha boca e me encosta ao espelho. As minhas mãos vão para a sua cintura e envolvo-o nos meus braços, enquanto correspondo aos seus beijos. Oh céus, é sempre tão novo beija-lo. 

Ele afasta-se e ambos respiramos com dificuldade. Os seus lábios dão pequenos beijos nos cantos da minha boca, na minha bochecha e no canto dos meus olhos. 

-só quero estar contigo o tempo todo, e contigo no campus é impossivel.- e finalmente percebo o que o tem estado a incomodar. O facto de eu não ir viver com ele. 

-eu só queria ser um bocadinho independente Harry, eu ainda gosto de quando te preocupas comigo, e me dás beijos de boas noites, mas isso foi antes de tudo acontecer. Eu estava tão dependente de ti, que quando te foste fiquei parada dias sem reação. Eu não quero isso novamente, eu quero saber quem sou, contigo, e sem ti, porque antes de ser tua, sou minha percebes? 

Passo a mão devagar pelos seus caracóis desarrumados e sinto as ondulações, está tão cumprido que quase posso pô-lo atrás da sua orelha. 

-mas eu quero que precises de mim, tanto como eu preciso de ti.- a sua voz tão grave e rouca que quase me esqueço de que estamos num elevador. 

As portas abrem-se  no andar dele e caminhamos até á porta, ele abre-a em silencio deixa-me passar. 

-queres alguma coisa?- ele pergunta enquanto vai até ao frigorifico. 

É praticamente de noite, e está mais frio agora do que em novembro. Olho através das grandes janelas e surpreendo-me por ainda não ter nevado mais. Apenas nevou uma cinco vezes, e estou realmente obcecada com a neve desde nova york. 

E como uma bola de futebol a bater na minha cabeça lembro-me do facto de que nunca cheguei a festejar o facto de já estarmos em 2014. Estava tão deprimida no ano novo que nem fui capaz de me levantar da cama e ir buscar um novo calendário. 

 -o que fizeste no ano novo?- pergunto por cima da sua pergunta. 

-nada de mais, fiquei a trabalhar até tarde.- ele encolhe os ombros. 

Ele senta-se ao meu lado no sofá e puxa os meus pés descalços para o seu colo enquanto bebe um copo de agua. 

-não queres...bom tu sabes, meio que voltar para a universidade?- mordo o interior da minha bochecha. 

-não, não sinto essa necessidade, tenho boa pessoas comigo e que me ajudam, e sie tanto daquilo como provavelmente algum dos meus colegas vai saber quando acabar o curso. Não interessa se tens um curso se sabes o que estas a fazer, se tens a inteligência suficiente para perceber como ganhar as coisas. 

-mas antes podias fazer ambas as coisas.- murmuro abanando os meus pés nos colo dele 

-sim, mas não era bem que quem tomava conta daquilo, era mais o Lou e o Matt. 

-mas o Louis também anda na universidade. 

-sim, mas é mais como um aperfeiçoamento de capacidade, ele já não é bem um aluno, ele apenas gosta de se passar por um, e ir beber  para festas de putos. 

-para onde tu também foste.- relembro-o. 

-bom sim, mas tu eras chata, e eu não queria estar contigo. 

-oh doce e bonito cavaleiro.- rolo os meus olhos. 

-oh donzela escanzelada e metediça.- ele imita-me. 

-já não se fazem cavalheiros como antigamente. 

Levanto-me e espreguiço-me, estou cansada, e dormi imenso por isso posso deduzir que o Harry me esgota, definitivamente. 

-onde está a minha mala? 

-lá em cima no meu quarto.- ele diz, ligando a televisão. 

Subo as escadas de dois em dois e ouço-o gritar para ter cuidado o que me faz rir. É estranho como passamos de zangados, a idiotas numa questão de segundos, e agora percebi que o seu mau humor está assim porque não quero viver aqui. 

Mas sinceramente acho que tenho razão, os casais da nossa idade não vivem juntos, apenas andam juntos na universidade, e talvez tenha sido isso que nos fez tão unidos, mas ao mesmo tempo tão dependentes um do outro, o facto de estarmos sempre juntos apenas semeou o pensamento de termos que viver juntos, quando não precisamos, pelo menos não por agora. 

Não é como se eu não quisesse viver aqui com ele, é mais como se eu não achasse correto. E depois os meus pais não iam ficar contentes, eles iriam perceber que eu deixara a casa do campus e não me apetece explicar oque envolve uma vida 24/7 com o Harry, porque obviamente ele iriam perceber, não que tivessem percebido em casa, mas apenas é meio que estranho ir mudar-me para a casa do meu namorado ao dezoito anos. 

Quebro os meus pensamentos e visto a minha camisola e calças do pijama.Apetece-me ler qualquer coisa, mas não tenho ideia do que haverá aqui para ler. 

Atiro-me para a cama e estico as minhas pernas para o ar agarrando o fundo das minhas costas. Balanço as minhas pernas, se eu soubesse o que fazer em relação ao Harry corretamente eu iria, mas infelizmente eu sou péssima com decisões. 

A cama afunda-se e o Harry fica ao meu lado, os seus olhos de um verde abrasador. A sensação é tão boa, a de ter os olhos dele apenas em mim, faz-me sentir tão especial. 

Ele acaba a fazer o mesmo que eu com as pernas e sorri-me. 

-quero que saibas que não estou a censurar o facto de quereres alguma independência, mas quero que saibas que fazer parte de ti, e até dessa independência. E quero mais que tudo ter-te comigo o tempo todo, e sei que provavelmente vou ser uma merda boa parte do tempo, mas já fizemos isto antes certo?- receio é visível nas sua voz e tento não ceder. 

-preciso de tempo para pensar nisso, porque antes a casa também era minha, agora tudo isto é teu. E se acontecer alguma coisa? 

-pode acontecer muita coisa, mas eu não vou voltar a ficar sem ti. 

A sua cara mais perto da minha, deixo as minhas pernas caírem na cama e a seguir ele faz o mesmo. 

-ás vezes não consigo acreditar num "para sempre" sabes?- murmuro. 

-é dificil acreditar que duas pessoas vão ficar juntas a vida toda sem se fartarem uma da outra, mas já aconteceu Soph, e de tudo o que eu já senti na minha vida, isto deve ser provavelmente o mais forte. 

a sua mão acaricia a minha face, e eu sorriu devagar. 

-eu amo-te Harry Styles.- murmuro. 

-eu amo-te Sophia Black.- ele ri-se comigo. 

----------------------------------------------- 

Amanhã há mais, e vou continuar a pôr todos os dias e a dedicar todo o tempo que não dediquei e prometo que vão haver duplas atualizações em breve, vou fazer tudo para vos compensar. 

Tambem vos queria dizer que vou responder aquelas perguntas em video e talvez ainda esta semana não tenho a certeza.  

E comentem este capitulo porque, vou responder a todos, por isso depois voltem para ver as respostas, e vou dedicar este capitulo a alguma das meninas que comentar. 

Love You Girls 

Desculpem os erros, novo teclado ahah 

Vision 2 - PrisonersWhere stories live. Discover now