Se ele não fosse meu pai eu juro que já tinha dado muitos tapas na cara dele, uma coisa que eu não suporto é traição.

L7: Eu tô no erro, eu sei. Eu juro que vou parar com essa porra! Quando eu vi ela já tava indo lá na boca todo dia, atentando meu juízo e me fazendo fazer merda. -suspirou-
- Ela te fez fazer merda? -joguei uma almofada nele- Não é vc que é o bambambam da parada? Que é o mais brabo dos brabos? E agora tá dizendo que uma VAGABUNDA te fez fazer merda?? Me poupe, pai. Isso é falta de caráter, ninguém influencia uma pessoa a nada! -ele ficou quieto- Tá rolando a quanto tempo?
L7: Duas semanas? Não sei, não tem importância pra mim
- Mas pra mim tem!! Vc tá tirando minha mãe de otária mesmo ela estando grávida? -levantei alterada- De um filho que vc vivia pedindo a ela e agora mete dessa de se envolver com outra? Vc é um babaca. Tá ligado o quanto ela vai sofrer com isso??

Nesse momento eu já tinha perdido totalmente a calmaria, já estava cuspindo as palavras na cara dele sem dó nenhuma. Aquilo doía tanto em mim.
Paranoia de mulher nunca tá errada, eu sabia que tinha alguma coisa de errado!!

L7: Heloísa, o respeito.
- Não me venha falar de respeito, pai. Minha mãe já aguentou e ainda aguenta varias merdas suas, vc não tem um respeito por ela e quer que eu tenha por vc? Que ridículo!!

Nada daquilo entrava na minha cabeça, eu tava morrendo por dentro de tanta raiva.

L7: Coe, eu já sei que errei, desculpa mas a única coisa que eu te peço é pra vc não contar nada pra sua mãe agora por causa do problema com a gravidez.
- E enganar ela durante quanto tempo? Até o bebê nascer? -disse incrédula-
L7: Ela pode perder o bebê, pelo amor de deus Heloísa. Vc não é mais nenhuma criança, se vc quiser contar vai em frente mas depois não lamenta se alguma coisa acontecer com ela!
- Quem é a vagabunda? -falei tentando ficar calma-
L7: Esquece isso..
- Eu te fiz uma pergunta.
L7: A Fabíola  -saiu quase num sussurro-

Meu sangue ferveu. Falsiane do caralho, no baile tava pagando de minha íntima descendo até o chão comigo e ao mesmo tempo saindo com o meu pai?

- Vagabunda do caralho!! -falei com raiva-

Saí batendo o portão sem dar ouvido aos gritos do meu pai, subi o morro virando em alguns becos pra chegar mais rápido na rua da Fabíola e logo avistei a vagabunda com o seu bonde de piranhas na porta dela.
Como eu já sabia o que minha mãe iria fazer se não estivesse no hospital, eu farei por ela.

Fabíola : Eai Helô?
- Heloísa pra vc, piranha do caralho.
Fabíola : Ih qual foi? Nunca te fiz nada, amor. -levantou debochando-
- Para de ser falsa. Vc acha mesmo que eu não ia descobrir que tu tava dando pro meu pai? -ela deu um risinho-
Fabíola : Isso é fofoca, linda.
- Ficou pagando de minha amiga no baile e no final da noite foi dar pro patrão né?! Como vc é ridícula, achou que meu pai ia o que? Te assusmir? -ri- Tu nunca vai chegar aos pés da minha mãe!!

Uma rodinha já tinha se formado em volta da gente. O pessoal aq do Morro não podia ver uma confusão, é era isso que eu ia dar pra eles hj.

Fabíola: Mas parece que eu consegui dar conta do recado melhor que ela né?!

Como eu já tava doida pra explodir a cara dela, não perdi a oportunidade de agarrar no pescoço dela e logo em seguida dar uma banda fazendo ela cair no chão.

- Isso é pra tu aprender a não sair com o macho dos outros, vagabunda. -falei dando tapas na cara dela-

A vagabunda arranhava meu braço como se nao houvesse amanhã na tentativa de eu soltar o pescoço dela. Eu descontava toda a raiva que eu tava dessa história nos socos que eu dava no rosto dela, que já estava vermelha de não conseguir respirar, minha mão já estava doendo de tanto bater naquela galinha.
Ninguém se meteu pq sabe que se encostar na filha do patrão o castigo era pior. Bati nela mas bati com gosto, nunca tinha me visto tão transtornada como eu estava.
Logo senti braços firmes me tirarem de cima dela e me jogarem pra fora da rodinha.

L7: Chega disso, Heloísa. Vamos embora!

Ele me arrastou pelo braço até em casa e só me soltou assim que chegamos.

L7: Qual o seu problema? O que a garota te fez? -gritou-
- Vai defender tua marmitinha?? Eu não quero nunca mais ela passando nem perto da boca muito menos perto de tu pq se eu ver vou acabar com a vida dela de tanta porrada!!

Peguei meu celular no quarto e saí em direção a casa da Mayra. Minha cabeça tava pura confusão, eu estava com um peso enorme nas costar que teria que carregar até minha mãe sair desse estado, não posso brincar com a saúde da pessoa mais importante de minha vida.
Assim que cheguei, bati no portão e gritei.

May: Qual foi, doida? Tô te mandando várias mensagens. -apareceu na janela-

Olhei pra ela com os olhos marejando e ela logo entendeu, saiu da janela e em questão de segundos já tava abrindo o portão pra mim. Ela me puxou pra dentro me dando um abraço apertado enquanto me levava pra dentro.

Ju: O que aconteceu??
May: Mãe, trás água pra ela.

A tia Ju logo trouxe um copo de água com açúcar pra mim me fazendo beber tudo, me acalmei e contei tudo o que tava acontecendo pra ela. Não tava mais aguentando guardar aquilo dentro de mim.

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Oi gente, mil desculpas por ter sumido, tô passando por uns problemas pessoais e mal tô tendo cabeça pra escrever. Espero que me entendam, amo vcs 💗

Do Asfalto ao Morro 2 Where stories live. Discover now