Bon Voyage, JUNG HOSEOK • 3

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― Tira uma foto minha. ― Tirei o celular do bolso, entregando na mão dela.

― Isso foi bem aleatório... Mas tudo bem. ― Soltamos uma risada em conjunto, enquanto eu me afastava. ― Faça uma pose bem legal! ― Assenti, pensando no que fazer, e se aquela pose faria um sorriso aparecer no rosto dela.

Comprimi meus lábios, vendo ela levantando sua sobrancelha diversas vezes, se divertindo com a vergonha que eu sentia com diversas pessoas me olhando. Apesar de me apresentar muitas vezes no palco, sempre tinha aquele nervosismo. Mas ali era completamente diferente.

Olhei ao redor, fazendo "três" com o dedo, depois dois e um. Dei um pulo, apertando meus olhos fortemente e depois sentindo meus pés baterem contra o chão. Anelise soltou uma gargalhada alta, se aproximando rapidamente e me mostrando a foto.

― Sabe, levando em conta a careta que você fez, ficou incrível. ― Senti ela me dar um cutucão e acabei rindo com isso.

― Vamos, precisamos alimentar você. ― Estiquei minha mão, bagunçando os fios sobre a cabeça dela.

[...]

Batata frita é algo que gosto muito, sempre que saio da dieta como bastante, principalmente com hambúrguer e coca-cola. Mas Anelise me puxava rapidamente para que não ficássemos em uma fila grande, ela ria dos meus tropeços e apertava meus dedos com força. Até parecia que estávamos fugindo de alguém, mas na verdade ela só estava animada demais pra me mostrar a batata frita e me fazer experimentar diversos molhos.

A mão dela estava gelada, como se tivesse enfiada dentro de um balde de gelo. E estávamos assim a um bom tempo. Ergui a mão dela na altura da minha boca, soprando ar quente e vendo ela se virar para me olhar. E sem os óculos de sol, eu conseguia enxergar os olhos dela, intensos naquela noite, fazendo meu corpo inteiro arrepiar.

― Isso é quentinho, obrigada. ― Soltei um sorriso, ainda soprando ar quente nos dedos dela. ― Okay, que molhos você já experimentou? ― Fiz uma careta.

― Não sou muito fã de molhos, no máximo ketchup. ― Ela fez uma caretinha que me fez soltar risadas.

― Ketchup é pros fracos, aqui tem muitos molhos, vamos ver se você é corajoso para coisas novas. ― Soltei um soprar em deboche.

― Eu quase vomitei experimentando aquele peixe cru.

― Daria de tudo pra ver essa cena. ― Ela me aproximou, segurando minha mão com mais força.

Nunca me aproximei de uma garota em uma viagem, é complicado essa coisa de relacionamento comigo, e sempre que eu tento algo, aparece uma viagem, e apesar de não ser aquela coisa muito grande, isso é sempre um obstáculo. Eu não gosto de namorar bailarinas, nunca tive um interesse grande sobre elas, porque parecem iguais a mim, fazemos sempre as mesmas coisas, e sempre falamos dos mesmos assuntos.

Acredite, eu já tentei.

Eu não sabia se Anelise era uma boa companhia, ou se ela pode significar algo. É como se eu realmente conseguisse me sentir à vontade com cada sorriso que ela me dá, ou com cada toque, ou... O jeito que ela fala, completamente divertida e com aquele olhar aéreo.

Não estava entendo absolutamente nada que Anelise falava, apenas olhava ela apontando para o cardápio e depois para onde tinha alguns tubos. Provavelmente os molhos ficavam ali. Logo que ela pediu tudo, eu segurei um dos dois cones grandes nas minhas mãos e ela os molhos.

― Você vai amar esse do meio. ― Apontou com o nariz, sorrindo feito uma criança.

― Hum... ― Lambi meu dedo, franzindo o cenho e vendo ela arregalar os olhos com aquele sorriso. ― Tem gosto de maionese azedo.

― Mas é muito bom, é o melhor molho que você vai provar na sua vida. ― Pendi a cabeça pra trás, soltando uma risada alta e logo depois sentindo a batata dentro da minha boca. ― Quero te levar em um lugar no domingo. ― Murmurou, remexendo a batata dentro do molho e batendo a ponta dos pés no chão.

Gravei a imagem dela com o cabelo tampando o rosto, mas me deixando permitir ver suas bochechas vermelhas e as pálpebras dos olhos um pouco baixas.

― Onde?

― Nos moinhos de vento, é... Mágico, eu amo ir lá, só pra observar. ― Enfiou mais uma batata na minha boca, não deixando que eu respondesse. ― Jimin também vai gostar. E se a gente chamasse todo mundo? ― Soltei um sorriso, aproximando minha mão do rosto dela e acariciando sua bochecha.

― Que tal só nós dois?

― Isso não seria um encontro?

― A gente está em um?

― Boa resposta. ― Me deu uma leve cotovelada, olhando ao redor e bagunçando o cabelo pra trás. ― Ah, me chama de Lise, Hoseok.

― Por que? O seu nome é legal. ― Ela afirmou com um aceno, a boca cheia de batata frita, com as bochechas arredondadas.

― Eu sei. ― Murmurou, lambendo a ponta dos dedos. ― Mas falar meu nome inteiro lembra da minha mãe gritando comigo. ― Soltei uma risada baixa, me aproximando e encostando nossos ombros.

Curiosidade:

*Por que a Holanda tem casas tortas?

O solo dos Países Baixos é movediço e trabalha tanto, que os edifícios precisam ser feitos com uma estrutura específica de madeira para aguentar tamanha movimentação. Mas isso não é perceptível a olho nu. Você não anda pela cidade parecendo que está dentro de um barco ou percebe as coisas dentro de casa se movimentarem. Passam anos e anos para isso acontecer.

Os edifícios precisam acompanhar a movimentação dos terrenos para não desabar. Ora o prédio está inclinado para um lado, ora para o outro. Antigamente as casas eram de madeira. Só que como a cidade sofreu muitas inundações e pegou fogo algumas vezes, o governo incentivou o uso da alvenaria que é mais resistente que a madeira.

 Só que como a cidade sofreu muitas inundações e pegou fogo algumas vezes, o governo incentivou o uso da alvenaria que é mais resistente que a madeira

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Fonte: Azwanderlust.

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Espero que tenham gostado do capítulo de hoje. Obrigada se você leu até aqui, até o próximo ^^

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