Eu tinha sorte por ainda ter a Caitlyn como amiga, juntamente com mais uns londrinos com quem estive na universidade. Se eu não tivesse, eu não fazia ideia como lidar com a rejeição no trabalho. Mesmo que eu ainda não tenha chegado à escola e que a rejeição ainda não existia… oh Deus, eu preciso de juntar as minhas merdas.

Felizmente, eu não fui parada pela polícia; parece que não estava a conduzir assim tão rápido. Depois de dez minutos de puros nervos, estacionei o carro e encarei a parte de trás do grande edifício vermelho, que eu sabia ser a Denmark Hill School. Eu sabia praticamente tudo sobre ela, e estava bem feliz com o meu local de trabalho e com o sistema.

As minhas mãos estavam um pouco tremulas quando fechei a porta e tentei trancar o carro sem passar nenhuma vergonha, deixar cair as chaves ou assim. Mesmo sabendo que ninguém estava aqui para me ver…

Respirei fundo e comecei a andar até a entrada. Demorei um minuto inteiro, visto que eu estava nas traseiras, e os meus joelhos estavam fracos demais para ir mais rápido. Consegui fazer o caminho até às portas duplas sem tropeçar nem nada.

A minha respiração parou quando entrei; mas que merda, foi a primeira coisa que me passou pela cabeça e eu esperava que não o tivesse dito em voz alta. Mas mesmo que eu o tivesse feito, ninguém poderia ouvir-me; o corredor estava cheio de alunos.

Devia ser algum mal-entendido; o corredor estava apinhado de alunos. Digo, eu sabia que era uma escola grande com 2,000 alunos mas eu não esperava que todos eles tivesse no mesmo sítio!

Por um bocado, fiquei parada em frente à porta, um pouco assustada para ir procurar a sala de professores. Ugh, eu não estava mesma a causar uma boa impressão; que tipo de professora sou eu se tenho medo das crianças que supostamente vou ensinar?

“Hey?” Senti alguém tapar-me o ombro e repentinamente virei-me para ver uma morena, um pouco mais alta que eu, com um sorriso simpático. Assumi que ela também fosse professora, visto que parecia ser um pouco mais velha que os alunos. Por volta da minha idade. Ela não poderia ter sido-

“És nova aqui?” Ela perguntou, interrompendo os meus pensamentos. Abanei a cabeça para concentrar-me e depois assenti.

“Sim, sou a Lorena.” Disse, mentalmente felicitando-me por a minha voz ter saído tão firme.

“Oh!” Ela prolongou a palavra. “Lorena Cloe, certo? A nova professora de Inglês?”

Assenti novamente, um sorriso de alívio formou-se nos meus lábios quando ela sorriu também. “É um prazer conhecer-te! Ugh, finalmente!” Ela disse a última parte para si mesma.

“Finalmente o quê?” Perguntei sem rodeios.

“Oh, nada, apenas… conseguiste o trabalho por causa da velha professora de Inglês, Diane Kelly, se ter reformado. Longa pequena historia, nós não chegamos a ultrapassar isso.” O flash de horror nos seus olhos assegurou-me que havia mais do que ‘não ultrapassamos’ mas decidi ficar fora disso e não perguntar mais nada.

“Hum, sou a Destiney.” Ele estendeu a mão para eu a apertar. “Podes chamar-me de Des. Ensino Artes aqui.”

“A sério?” Deixei a palavra sair, sentindo-me mais confiante. “Eu tinha A em Artes na escola secundária.”

“Também eu.” Ela disse, fazendo-nos rir. “Vamos?”

Eu olhei para onde ela estava a olhar por trás de mim, por cima do meu ombro, e vi uma larga escadaria, que provavelmente levava a algumas das salas de aula e à sala dos professores.

“Claro.” Sorri e deixei-a ir à frente. Ao contrário de mim, ela andava com confiança e acenava a alguns alunos, que a chamavam pelo seu último nome. E foi essa a história de como descobri que o ultimo nome da Destiney era Fitch.

Drama Class (Louis Tomlinson) | PortuguêsWhere stories live. Discover now